Ao ouvir o nome de Luciano Garcia, alguns podem reconhecê-lo de imediato como guitarrista do grupo de hardcore CPM22. Mas, quando ele lançou na sexta-feira (7) o EP de seu projeto paralelo, Porto Laguna, surpreendeu a todos.
Distanciando-se completamente do punk, a sonoridade que predomina nas faixas de “Olympéa” pode ser descrita como uma mistura de blues e folk, com algumas influências no country, e traz letras que falam sobre sentimentos como amor, tristeza e saudade. Ouça o EP completo através do player do Spotify no final desta publicação, ou na plataforma de streaming de sua preferência.
Segundo a nota de sua assessoria, Luciano já pensava em iniciar um projeto solo desde 2006. Até 2014, ele se influenciou fortemente por estilos de artistas como Eddy Arnold, Ray Price, June Carter, Johnny Cash, Loretta Lynn, Elvis Presley e Chuck Ragan. Cada vez mais certo da ideia de expandir sua carreira musical para além dos 21 anos que faz parte do CPM22, ele acabou decidindo, enfim, seguir seu plano diferente e colocá-lo em ação. “Sou guitarrista do CPM 22, tenho muito orgulho disso, faz parte da minha história e continua fazendo parte de mim, só que eu também queria fazer algo diferente. Foi um grande desafio, mas saiu de uma forma bastante natural”, contou Luciano em entrevista ao Terra.
E assim nasceu o Porto Laguna, que tem seu nome baseado na ideia da paz e segurança que o porto oferece, e na região de Laguna, localizada na parte sul de Santa Catarina, e onde ele viveu por um tempo. À princípio, o grupo teria como foco a voz e violão de Luciano, que seria acompanhado pelo guitarrista Thiago Brisolla.
No entanto, surgiu a ideia do acompanhamento de uma voz feminina, que não fosse tão potente como as das cantoras de blues, nem aguda e leve demais. Após ver um vídeo de Kamille Huebner cantando na internet, Luciano fez o convite à ela para fazer parte do grupo, que foi aceito em seguida. Apesar da presença dos três músicos e também Pedro Pelotas (teclados), Thiago Cerveira (gaita), Tomás Gleiser (contra baixo acústico) e Michel Kuaker (produção, guitarra e baixo), Porto Laguna não é uma banda fixa; o grupo conta com a participação de convidados especiais.
Lançado pela Ditto Music, “Olympéa” conta com 7 faixas (incluindo o singles “Grandes Mares”, “Blues 66” e “A Culpa”), que, apesar de terem sido gravadas no final de 2019, no estúdio Wah Wah, em São Paulo, foram lançadas apenas esse ano, na tentativa de trazer paz e uma mensagem de esperança em meio à realidade que estamos vivendo por conta da pandemia do coronavírus.
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