Na última terça-feira (14), a cantora e compositora Day Limns lançou o disco “VÊNUS≠netuno” nas plataformas digitais. Este é o segundo álbum de estúdio da artista, que traça um paralelo entre complexidade das relações humanas, abordando temas como dualidade, sacralidade, pecado e redenção.
Segundo a artista, “VÊNUS≠netuno” é alguém obcecado por romantizar, idealiza quem ama a ponto de colocá-la num pedestal, atribuindo a essa pessoa a importância “de um deus”, (no nosso caso – deusa) e que, quando de frente com a realidade nua e crua, encontra verdadeiras dificuldades para enfrentá-la ou simplesmente aceitá-la como é, levando à desilusão.
Para Day, esse disco representa o exorcismo de sentimentos que a devoravam, como o da “culpa de nunca ser o suficiente”, que ela foi ensinada a sentir por tanto tempo em sua vivência na igreja. “Estava tudo muito à flor da pele e a culpa foi desencadeada. Não me fizeram sentir assim, mas reagi baseada na minha vivência. Pensava: ‘Eu era muito ruim, eu sou um lixo, uma cruz para aquela pessoa’. Percebi que a minha necessidade de endeusar alguém vinha muito desse lugar, de crescer precisando de salvação”, explica.
Ao lado dos cinco vezes indicados ao Grammy Latino, Los Brasileros, a cantora conta com DMAX e Isadora Sartor como produtores do projeto, além de compositoras como Carolzinha e Jenni Mosello que contribuem muito para o pop brasileiro.
“Tive a ideia de falar sobre o relacionamento da perspectiva de alguém que viveu na igreja por muito tempo. Tratando essa pessoa como se fosse uma deusa mesmo, uma coisa romântica e idealista. O resultado de colocar alguém no pedestal é que você se sente inferior. É uma expectativa irreal e injusta que você coloca na pessoa e que ela nunca vai atingir porque é tão humana quanto você”, diz Day.
Ela escolheu cuidadosamente seus colaboradores para trazer perspectivas nunca antes vistas em cada faixa do projeto. Na já lançada “CINZEIRO”, a artista se une a FROID, uma figura proeminente na cena musical urbana, que emprestou seu talento a uma composição instigante. Conhecidas por sua imponência e letras fortes, Hyperanhas une forças com a cantora em “APOCALÍPTKA”, faixa que captura a essência de um apocalipse iminente, criando uma experiência musical inesquecível.
Lançado junto a audiovisual dirigido por GAFE, conhecido por seu trabalho em “Doce 22”, de Luísa Sonza, “VÊNUS≠netuno” será apresentado por meio de visualizers, criando uma jornada visual que complementa a música. Você pode ouvir o álbum no player do Spotify no final da matéria ou então pela plataforma de sua preferência.
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