Em primeira mão para a Nação da Música, nesta sexta-feira (10), Janine Mathias divulgou a música “A Bahia Virá”, nas plataformas digitais. O lançamento chega às vésperas da data de relembrarmos a promulgação da Lei Áurea (13/05).
Com composição do produtor Rodrigo Campos em parceria com Romulo Fróes, “A Bahia Virá” chegou à cantora justamente quando ela conhecia Salvador pela primeira vez, se tornando a trilha da viagem da artista ao Cortejo Afro à convite de Mãe Nívea Luz.
“A música será lançada antes da data que deve nos lembrar da luta de nossos ancestrais. 13 de Maio não é sobre o fim da escravidão, é sobre a continuidade de uma liberdade que nos é possível exercer através de muita garra, pois nossos direitos básicos ainda são negados. A Lei Áurea é fruto de um processo de luta e início de vários outros que envolvem a emancipação do povo preto. Nosso berço, meu país, é nossa Bahia onde tudo começou e sempre nos trará luz”, explica.
“A Bahia Virá” é uma homenagem ao estado, mas também um axé aos nomes que lutaram pela liberdade como Luiz Gama, André Rebouças, Adelina (a jangadeira) e Francisco José do Nascimento, entre outros ancestrais que agora descansam. “Com certeza, é uma das canções mais lindas que tive a honra de interpretar. O Rodrigo me enviou essa música exatamente quando fui à Salvador pela primeira vez. Era pra ser minha, não combinamos nada e ele me envia uma canção tão forte e eu a escutei no mesmo lugar que ela se refere, chorei de alegria e agradeci aos Orixás por tamanha benção recebida”, conta Janine.
A identidade visual escolhida para ilustrar o lançamento é do Colletivo Design e Agência Monstro, sob cuidado das mãos talentosas do ilustrador Flávio Smile e desdobramentos de Henrique Assis. A imagem reforça o poder positivo da faixa, trazendo o black power de Janine iluminado pela luz solar.
A canção é mais um lançamento que abre caminho para a chegada do novo álbum da cantora brasiliense, “RAP do Meu Samba”. Em “A Bahia Virá”, Janine dá mais uma amostra do cuidado com que o álbum foi feito, seguindo a mesma riqueza instrumental do single anterior, a confessional “Devoção”. A faixa conta com Rodrigo Campos na guitarra e violão, Dustan Araújo Galas no Rhodes e Hammond, Thomas Harres na Bateria e Chocalho, Zé Nigro no Baixo, Allan Abbadia no Trombone e Pablo Carvalho no Atabaque e Conga.
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