Neste sábado (09), o cantor, compositor e multi-instrumentista Junior embarca na estreia da turnê “Solo”, cujo primeiro show acontece na sua cidade natal, em Campinas (SP). A turnê é finalização do ciclo que se iniciou com seu primeiro disco homônimo como artista solo, lançado entre o fim de 2023 e início de 2024. Com o início da turnê “Solo”, Junior convocou uma coletiva de imprensa para uma conversa sobre os preparativos e a nova etapa da carreira, contando com a presença do Nação da Música.
Durante a coletiva, que também contou com ouvintes de diversos fã-clubes do cantor, Junior conversou com diversos jornalistas, muitos acompanhadores de longa data, respondendo diversas perguntas cujas temáticas variavam desde a trajetória de sua carreira, planejamentos de novas datas ou sua lista de exigências para camarim:
“Esses dias eu fiz uma listinha de itens de camarim. Geralmente, peço água e café, e algo um pouco mais específico, como Drip Coffee, que já vem prontinho e eu preparo na hora. Para a refeição, gosto de uma massa com molho de tomate, algo simples, ou talvez um omelete ou ovo mexido, só pra garantir uma fonte de proteína e carboidrato sem ser muito pesado.
Às vezes peço umas castanhas, mais por ter algo leve para beliscar e também para oferecer caso meus filhos apareçam ou alguém da família esteja por perto. Também coloco algumas frutas, só pra ter algo disponível para quem quiser. Fora isso, não tenho muitas exigências, eu levo boa parte do que preciso, tipo proteína em pó e até secador de cabelo, numa case com minhas coisas pessoais […] São detalhes que ajudam no dia a dia e deixam tudo mais prático, mas nada de extravagante.”
Ao ser perguntado sobre o que o Junior de início de carreira – aquele menininho de cinco, seis anos – diria ao cantor que leva aos palcos seu novo projeto: “Cara, se o meu “eu” mais jovem pudesse me ver agora, nessa jornada, nesse show, e com as pessoas com quem estou construindo tudo isso, acho que ele ficaria muito orgulhoso. Talvez eu, na época, não tivesse maturidade ou profundidade para entender completamente o que está acontecendo agora, mas acho que ele se sentiria imensamente feliz e orgulhoso ao ver que estou vivendo o que acredito, que estou fazendo o que realmente me completa”, ele responde pensativamente.
“Hoje, consigo ver claramente que criei um universo onde posso existir como artista em totalidade, um lugar onde me sinto valorizado e não subestimado como criador. Isso era algo que já me incomodava lá atrás, e fico feliz em perceber que consegui transformar isso. Todo esse projeto carrega coerência com minha trajetória desde o início, e até mesmo o “eu” mais jovem poderia sentir esse orgulho, mesmo que talvez ele não compreendesse cada detalhe. De fato, estou muito orgulhoso agora”, ele completa.
Quando perguntado sobre uma mensagem que gostaria de passar para os fãs, Junior responde: “Eles estão vendo o “eu” verdadeiro. Estou completamente presente em cada etapa do processo, desde o momento em que as luzes acendem até o detalhe de cada cor no palco. Não poderia ser mais autêntico do que neste trabalho, e isso é especial para mim. Independentemente dos resultados, já me sinto realizado por conseguir transmitir minha mensagem e me expressar de forma tão completa e verdadeira.”
Em períodos de redes sociais, é comum o registro de momentos mais internos, nos bastidores, junto com detalhes do processo da turnê. Mas um dos pedidos mais comuns de fãs e acompanhantes dos artistas é um registro audiovisual dos projetos e turnês. Ao ser perguntado se um documentário ou algo semelhante está nos seus planos futuros, Junior responde: “Sabe como é, tem muita coisa para fazer ao mesmo tempo, e isso torna tudo um pouco desafiador. Mas acho que esse tipo de conteúdo é sempre interessante e enriquecedor.”
“Hoje em dia, acabamos registrando bastante dos bastidores por conta das redes sociais, mas esse material fica diluído em pequenos conteúdos e pílulas que vamos soltando. Quem sabe, no futuro, possamos criar algo mais abrangente e estruturado. Porém, fazer tudo de forma completa exige tempo, dedicação e investimento. Por isso, vamos devagar, priorizando o essencial. Para mim, é muito importante que esse primeiro passo seja especial, então vou tentar registrar o máximo possível”, completa.
A nova fase de Junior, que começou com o lançamento de “Solo” e continua com a turnê, trouxe diversas mudanças no artista conhecido pelo Brasil inteiro. Essa mudança sonora se reflete também no visual do cantor, que inaugura seus shows com o cabelo azul e a tatuagem “SOLO” em sua nuca: “A mudança no visual foi pensada justamente para marcar essa nova fase e tem tudo a ver com a estética do show e com o som. Mais do que uma simples vontade de mudar por mudar, essa transformação vem para conectar todos esses elementos. Quando surgiu a ideia, achei que tudo fazia sentido e que uma coisa amarrava a outra de forma agradável, então acabei curtindo bastante”, contou.
“Acredito também que esse novo visual ajuda a trazer um tom mais provocativo, refletindo melhor o estilo do meu som, que tem uma pegada mais rock. Senti que essa mudança me deixa mais alinhado com o momento que estou vivendo agora”, completou.
Para finalizar, quando questionado sobre a razão de esperar alguns anos para finalmente embarcar nos projetos solos, Junior respondeu: “Eu levei o tempo que achei necessário, mesmo sem saber explicar exatamente o motivo. Fui vivendo, deixando as coisas fluírem naturalmente, sem forçar a barra. […] No processo, percebi que precisava viver intensamente cada fase. Sempre fui curioso, buscando explorar novos universos e enfrentar desafios inéditos. Mas, ao longo do tempo, acabei desenvolvendo bloqueios, especialmente nas partes mais sensíveis da vida, e isso me fez me fechar. Precisei de um longo período para entender que, na verdade, todos esses desafios eram necessários para que eu me sentisse completo.”
“Acredito que as coisas levam o tempo que têm que levar. Cada experiência que vivi contribuiu para o som que faço, para as conversas que trago e para a maturidade que tenho hoje. Esse percurso foi essencial para que eu me entendesse como artista, principalmente porque minha trajetória não é convencional ou linear. Não segui um único estilo ou gênero; fui explorando diferentes facetas de mim mesmo, buscando formas diversas de expressão. Foi um processo necessário, apesar de confuso. Minha vida tem muitos fatores complicadores, coisas intensas que mexem com a mente e podem nos fazer perder a perspectiva. Demorei para processar tudo isso, e a terapia foi fundamental nesse caminho. Mas no fim, foi o tempo certo”, conclui.
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