Samuel Rosa comenta álbum solo: “Eu acho que adiei demais”

samuel rosa
Foto: Lorena Dini

Durante três décadas, foi a voz de Samuel Rosa que embalou as canções do Skank, uma das mais importantes bandas da música brasileira. Após deixar pegadas na história e eternizar o legado do grupo, o cantor e compositor lançou nesta quinta-feira, (27), o aguardado disco solo, que foi singelamente batizado como “Rosa”.

Para expor conceitos do álbum, o músico bateu um papo exclusivo com os jornalistas através de uma coletiva de imprensa, na qual a Nação da Música esteve presente.

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Composto por dez faixas, o trabalho chega ao público regado de brasilidade, com letras cheias de instigantes jogos de palavras, marca registrada da composição de Rosa. “Estações vão passar, e pra cada fim, um começo“, canta na faixa 3, “Não Tenha Dó”.

Nesse novo começo, Samuel enfatiza a mudança para o solo. “Não cabe mais pra mim, na atual conjuntura, esse tipo de visão que há dentro de uma banda, que é normal, uma democracia. Você tem que se submeter ao gosto de todos, e eu acho que cumprido esse ciclo, está na hora de eu me resolver comigo mesmo. Me deu vontade de ter as rédeas nas mãos, ser dono das minha próprias escolhas, responder por elas, erros e acertos“, pontuou.

Passado x futuro

Se preparando para sair em turnê com o disco “Rosa”, o cantor revela que a setlist vai honrar sua estrada. “Não vou abandonar as musicas que fiz no Skank, não! Acho que é um disco muito alinhado com as coisas que eu sempre fiz, afinal, o compositor é o mesmo [risos] não quero ficar esperando ter três discos [solo] pra sair em turnê“, informou.

Dentre os sentimentos que permeiam a mudança e o medo diante do novo, Samuel disse que temia não conseguir escrever tantas canções inéditas. “A minha duvida e angústia era ‘será que consigo, ainda, fazer um álbum inteiro de inéditas?’ Estava sem a prática. Eu me impus uma espécie de regime bem disciplinado, de compor todos os dias e consegui compor 20 músicas. A gente escolheu 10“, revelou.

Acompanhado de uma nova banda, ele ressalta que a química entre os músicos tornou “muito fácil forjar uma identidade para o álbum“. “Na estética musical, é um disco um pouco mais brasileiro, trabalhado por uma banda. Não é um disco de computador, é feito pelos moldes bem raiz, com banda gravando em estúdio“, enfatizou.

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Samuel também confessou que “chegou a flertar com a infelicidade“. Movido por um impulso de tomar novos ares e se redescobrir como artista, escolhendo seus temas, sentidos e raízes, o cantor desabafou sobre o timing de sua decisão.

Eu acho que adiei demais. Eu fiz o que eu pude, o que eu consegui fazer. A gente, olhando pra trás, vê que a verbe criativa do grupo se perdeu um pouco, enfraqueceu, pelo alto nível de repetições, pelo pacto do comum, do confortável, daquilo que ampara muito mais do que o risco. Eu fui muito guiado pelo meu desejo, aflições e incômodos pra tomar essa decisão. Não foi fácil, não tem sido fácil, mas tem sido recompensador“.

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“Rosa” está disponível para streaming e você pode ouvi-lo logo após o rodapé dessa matéria. “Que bacana funcionar de um jeito novo!“, comemora o artista.

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Katielly Valadão
Katielly Valadão
Jornalista apaixonada por palavras, cultura e entretenimento.