A Magia do Ano 4 e a Fábrica de Hits; “Dookie” e “American Idiot”

Mesmo aqueles que são fãs mais radicais e “anti-mainstream” não podem negar a importância dos álbuns “Dookie”(1994) e “American Idiot” (2004) na carreira do Green Day. Os dois discos, presentes na primeira edição do livro “1001 Discos para ouvir antes de morrer” e na lista dos “500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos” da Rolling Stone, foram divisores de águas para o trio californiano. Recheados de sucessos, os dois revolucionaram gerações a sua maneira.

Seguindo a cronologia, começaremos por “Dookie”, que completou 20 anos no dia 1º de fevereiro. O terceiro disco da banda liderada por Billie Joe Armstrong foi o debut da banda em uma grande gravadora. Ao lado de Rob Cavallo, que ainda é o produtor responsável pelos lançamentos do grupo, o Green Day lançou um álbum que ganhou oito vezes a certificação de Disco de Platina após vender aproximadamente 1.250.000 apenas no Reino Unido e no Canadá. Seus singles, “Longview”, “Welcome to Paradise”, “Basket Case”, “When I Come Around” e “She” estão próximos de chegar à maioridade universal, mas ainda estão presentes na programação de rádios e influenciando novas bandas.

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O mesmo pode-se dizer do irmão mais novo de “Dookie”, “American Idiot”. Lançado em setembro de 2004, o sétimo álbum de estúdio do trio talvez não esperasse, quase que literalmente, explodir como uma granada. Depois de quatro discos que não chegaram ao mesmo sucesso comercial do trabalho de 1994, a ópera-punk poderia ser apenas mais um como seus antecessores. Mas não foi. Dividido em atos que contam a história de “Jesus of Suburbia”, e com um clamor quase autobiográfico, Bille Joe cantou as angústias de uma geração mergulhada na televisão e sem muitas esperanças no futuro que a aguardava. “American Idiot” foi responsável pelo segundo Grammy dos californianos e rendeu um filme, um musical, um ao vivo e, talvez o ponto mais importante, um hino para jovens que não queriam ser mais um americano idiota.

O Green Day chegou em 2014 como uma das bandas mais importantes do cenário pop-punk. Com 11 álbuns de estúdio, sendo os mais recentes a trilogia “¡Uno!”, “¡Dos!” e “¡Tré!”, o grupo foi responsável por influenciar bandas como Yellowcard, Taking Back Sunday e New Found Glory. Sem nenhuma novidade à vista, o grupo recentemente se dedicava a promover seus últimos lançamentos. A possibilidade de uma turnê em comemoração as duas décadas de seu filho responsável pela entrada do trio nas paradas de sucesso está mexendo com a cabeça dos fãs: mesmo sem nenhuma confirmação, já foi criado um link na Wikipédia para uma suposta série de shows chamada “Dookie: 20th Anniversary World Tour”. É aguardar e torcer para que aqueles que só tinham 3 anos em 1994, como eu, tenham a oportunidade de presenciar uma apresentação com “Dookie” na íntegra.

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