Disco do Dia #15 – The Last Shadow Puppets – “The Age Of The Understatement”

“The Age Of The Understatement” é o tipo de álbum que você espera que seja bom só pelos integrantes que participaram da sua composição. De um lado, nós temos Alex Turner, compositor, guitarrista e vocalista de uma das bandas mais adoradas da atualidade, o Arctic Monkeys. De outro, Miles Kane, ex-vocalista e guitarrista do The Rascals, banda conhecida pela sonoridade britânica inconfundível. A produção  foi feita com James Ford. Tinha que dar sucesso. E deu. Os vocalistas de ambas as bandas criaram o projeto “paralelo” The Last Shadow Puppets e fizeram um dos álbuns mais reconhecidos no Reino Unido no ano de 2008.

As letras possuem aquele “quê” inconfundível de uma composição que já ficou caracterizada por Alex Turner. Não dá pra ouvir e não associá-la ao moço. O ritmo, no entanto, não é bem o que podemos chamar de inovador: o álbum pode ser considerado um reeleição do pop dos anos sessenta. Fica notável a influência dos Beatles em algumas das faixas, por exemplo. Do The Kinks também. A diferença mesmo fica nos assuntos abordados nas faixas (seria esse álbum o início do amadurecimento musical do frontmen do “Macacos do Ártico”?), no incrível duo de Miles e Alex, que cantam tão bem juntos que fica difícil imaginar as faixas com outros vocais que não sejam os deles, e na sonoridade do álbum em si, que não só faz com que você goste das músicas, mas se identifique com elas.

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Dá pra dizer que foi um trabalho – muito – bem feito.

Melhor Música: “The Age Of Understatement´”

Ponto Forte: Os assuntos abordados nas faixas. Temos a busca pela liberdade, temos amor, temos a perda do amor e a morte, tudo isso envolvido em uma balada sessentista.

Ponto Fraco:  Até então, esse foi o único trabalho feito com essa parceria. Quem gostou da dupla terá que continuar, pelo menos por muito tempo, com o álbum.

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Lígia Berto
Lígia Berto
Lígia Berto: Aspirante a jornalista que dormiu demais e perdeu a hora para nascer durante a Geração Beat. Desde que entrou na faculdade, não sabe para qual lado atira: literatura, política ou cultura. São 19 anos de indecisão. Para tentar descobrir, escreve sobre os três assuntos em diferentes veículos, entre eles o Nação da Música. Irritantemente obsessiva por sagas literárias e constantemente envolvida por alguma banda britânica.