Disco do Dia #31: Adele – “21″

O cenário musical é sempre marcado por acontecimentos pontuais que são responsáveis por marcar a história da música de alguma forma. Esses acontecimentos podem vir em forma de uma música que ultrapassa as barreiras da criatividade, de um clipe que possui um conceito forte aliado a uma direção, edição e fotografia marcante ou até como um álbum tão icônico que eleva o patamar de qualidade musical do cenário como no caso do “21” da Adele.

Sendo seu segundo álbum de estúdio e sucedendo o “19” – seu disco de estréia – a cantora assume a criação lírica do álbum para contar praticamente uma história sobre o quão afetada ela foi por um relacionamento mal conduzido que fez seu mundo desabar. O primeiro single “Rolling In The Deep” é responsável pelo estopim do grande CD que o “21” se tornaria.

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Adele vendeu mais de 10 milhões de cópias do álbum apenas nos Estados Unidos e impressionantes 25 milhões de cópias ao redor do mundo com seu lançamento promissor, quatro vezes mais do que o padrão de vendas de um álbum bem sucedido que gira em torno de 6 milhões de cópias, mundialmente falando.

Além do sucesso comercial, Adele também conquistou uma legião de fãs além da crítica especializada que a condecorou como artista vencedora nas 6 categorias do Grammy Awards as quais havia sido indicada, empatando com a cantora Beyoncé como a artista mais premiada em uma única noite.

Melhor música: Destaque para as canções “Take It All” por ser uma confissão declarada de uma Adele assumidamente arrasada em um relacionamento sem esperanças, “One and Only” por ser o ápice do romantismo do álbum e fugir um pouco da temática melancólica da cantora e “Someone Like You” por ser um sucesso inigualável elevando ainda mais a força do álbum.

Ponto Forte: O ponto forte do álbum está na qualidade sonora com a qual a cantora uniu todas suas mágoas e transformou na obra de arte que conhecemos. Sua voz impostada e marcante faz com que a verdade por trás das letras atinja os ouvintes de uma forma bastante real e tangível.

Ponto Fraco: O álbum é tão impecável que fica difícil falar sobre um ponto fraco mas talvez o tom melancólico dele crie uma atmosfera muito pesada fazendo com que as canções tenham o poder de mexer no fundo dos corações decepcionados, o que nem sempre é algo ruim.

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Guil Anacleto
Guil Anacleto
Arquiteto e Urbanista por opção, cantor e amante de música por vocação. Uniu seu gosto por música e por escrita quando viu no Nação da Música a oportunidade de fundir ambos. Não fica sem um bom livro, um celular e um fone de ouvido. Amante de séries, televisão, reality shows, gastronomia, viagens e tenta sempre usar isso a seu favor para estar reunido com família e amigos. Uma grande metamorfose ambulante reunida em um coração sonhador com um toque de humor indispensável.