Se tem uma coisa que todo mundo sabe é que Marilyn Manson tem um carreira no mínimo polêmica. Ele já foi declarado grande culpado de ataques em escolas, não segura nada quando o assunto é religião e, inclusive, já usou da imagem de anticristo. E quer mais choque do que, após vinte anos de carreira, fazer um álbum diferente de tudo o que produziu antes?
“The Pale Emperor” foi lançado no início de 2015 e é o nono álbum de estúdio de Marilyn Manson. O artista deixa pra trás muito de sua agressividade musical, nos dando um álbum mergulhado em blues, ainda que faixas como “Deep Six” nos lembre que a tal agressividade, no que diz respeito ao instrumental, não está tão longe assim.
O disco foi produzido por Tyler Bates, a quem Manson conheceu a não muito tempo atrás no set da série “Californication”, onde o artista fez uma pequena participação. Tyler é responsável por trilhas sonoras de filmes como “300” e ele embarca, ao lado de Manson, numa metáfora sobre a vida do cantor, utilizando o conto de Fausto e Mephistopheles.
Acho que o grande barato do álbum é ver o quanto Marilyn está animado. Em entrevistas, o artista vem dizendo que “The Pale Emperor” é uma forma de voltar ao que tinha na época do álbum “Holy Wood” e de se reencontrar também.
Melhor música: “Deep Six”, “Killing Strangers” e “Cupid Carries a Gun”
Ponto Forte: Acredito que o fato de Marilyn ter conseguido, de certa forma, se reinventar sem perder a essência. As letras sarcásticas, intensas e sombrias e as metáforas tanto utilizadas continuam por lá e os temas abordados não destoam muito do que vem sendo trabalhado a tanto tempo por Marilyn. E ainda assim é tudo bem diferente. O cantor correu um risco apostando em outro som, utilizando influências do blues e de bandas como The Doors. E quem poderia dizer que o som mais blues lhe cairia bem?
Ponto Fraco: A tanto tempo ouvimos músicas mais instrumentalmente agressivas de Manson que em “The Pale Emperor” ficamos meio órfãos. Como mencionado anteriormente, ainda temos faixas como “Deep Six” e até a ótima “Slave Only Dreams to Be King” que tem um olho no passado, mas que certamente tem o pé no futuro… E talvez em alguma hora eu tenha sentido falta de algo mais “The Beautiful People” ou “(S)Aint”.
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