Entrevistamos Chesca sobre amor pelo Brasil e single “Como Tu (Dirty)”

CHESCA
Foto: Divulgação

A cantora Chesca nasceu em Porto Rico e cresceu numa família que sempre incentivou a sua carreira musical, que começou bem cedo. Quando ela tinha por volta dos 10 anos, a Sony Music Latin convidou a artista para um contrato de desenvolvimento.

Mas a vida tomou um rumo completamente diferente quando ela e o pai sofreram um grave acidente de barco onde ela quase perdeu a vida, ficou em estado de coma e todo o seu cabelo ficou preso na hélice, o que resultou em mais de 15 cirurgias reparadoras e terapias para a vida toda.

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Hoje, Chesca está mais forte do que nunca e usa esta história para inspirar outras pessoas que já passaram por traumas, acidentes ou até mesmo bullying, algo que ela também sofreu muito.

A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com a cantora sobre o sucesso de “Como Tu (Dirty)”, colaboração com Offset e De La Ghetto, sobre o acidente que transformou a vida dela e também sobre o amor que ela sente pelo o Brasil e por todos os brasileiros.

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Entrevista por Marina Moia.

———————————— Assista à entrevista:

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———————————— Leia a íntegra:
Em março, você lançou “Como Tú (Dirty)” e já possui mais de sete milhões de views no Youtube. Como é ter esse feedback?
Chesca: Eu acho que o vídeo em si é tão diferente e futurista, parece que você está jogando um videogame. Eu sinto que estou jogando Fortnite toda vez que assisto. Pra mim é bem incrível porque me transformou nesta personagem. E eu amo ser novos personagens! É essa a essência da Chesca! Um dia ela pode ser uma coisa e no outro dia ela pode ser outra. E essa é a parte legal de evoluir como Chesca.

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Como foi o processo criativo dessa faixa? Como foi trabalhar como Offset e De La Ghetto?
Chesca: Offset e De La Ghetto são ambos muito incríveis, super humildes, super engraçados. Trabalhar com eles foi um sonho e foi muito fácil de trabalhar com eles. Na verdade, a Cardi B estava no Facetime com o Offset durante as filmagens falando que queria estar lá e que estava impressionada com tudo. Foi bom porque ela nos deu a energia que a gente precisava. Ela é muito engraçada e muito legal. O clipe levou horas para ser feito. A introdução precisou de 40 tomadas. Foi desafiador. Foi um vídeo bem longo. Quando você trabalha com animações em 3D, são muitos detalhes e tudo precisa ser muito perfeito. Minhas dançarinas estavam de salto alto e estavam morrendo de dor e eu pedindo desculpas! No final, o resultado ficou irado e as pessoas reagiram muito bem ao vídeo. Espero que as pessoas no Brasil e no mundo continuem gostando do que eu faço e de tudo isso que está rolando!

Qual o próximo artista com quem você gostaria de colaborar?
Chesca: Tenho uma lista grande! Tem muitas pessoas com quem eu amaria colaborar. Começando com a Anitta! Eu amaria trabalhar com ela. Ela é empoderadora e a mensagem que ela traz a todas as mulheres na indústria é super poderosa. Eu amaria trabalhar com mulheres. É meu próximo objetivo. Quero criar mais músicas com garotas! Porque todas as músicas que lancei foram com homens! Então eu tenho lançado ao universo para que eu trabalhe com mais mulheres no restante deste ano. Especialmente mulheres como a Anitta, que são exemplos de empoderamento feminino, que é o que sou. Estou jogando para o universo!

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Vai acontecer! Você conhece música brasileira? Ou só a Anitta?
Chesca: Não… Na verdade, eu moro em Miami agora, mas anos atrás, eu morei em Miami por um tempinho, e tudo que eu fazia era sair com pessoas brasileiras! Eu até conseguia falar português, mas eu me esqueci. [em português] Eu me chamo Francesca, beijos! Praia. Porque eu estava sempre na praia… Eu era realmente boa, mas sinto que quando você não pratica um idioma, você acaba esquecendo muito rápido. Porque eu também fui para a China em certo ponto e eu podia me comunicar bem. Mas é difícil manter! Você precisa praticar muito! Mas eu amo a cultura, a música brasileira, a cultura do Carnaval. Eu mal posso esperar para me fantasiar e ir até o Brasil! É incrível para mim.

E é louco para mim pensar em quantas pessoas moram no Brasil. Ai meu Deus. Nós somos uma ilha tão pequena perto de vocês. Antes éramos 4 milhões, agora apenas 2 milhões e meio que moram em Porto Rico. É incrível e eu mal posso esperar para ir e explorar essa cultura porque eu nunca fui ao Brasil. Então é um grande sonho meu poder ir e conhecer as pessoas, fazer shows, ir para o Carnaval e todas essas coisas incríveis!

Eu acho que você vai amar! Os fãs podem esperar shows aqui então? Você recebe muitas mensagens dos fãs brasileiros?
Chesca: Na verdade, eu tenho um amigo próximo, o nome dele é Kaysar e ele é um ator no Brasil e ele apoia demais a minha música. Então muitos dos fãs dele viraram meus fãs também. Ele ficou famoso por causa do Big Brother. Ele encontrou uma das minhas músicas, me mandou uma DM e contou que amou a minha música. E isso foi em 2019, quando lancei essa música, e ele vem apoiando a minha música desde então. Muitos fãs da Anitta comentam nas minhas redes também! Isso é bem legal. Até os fãs estão jogando para o universo para que essa colaboração aconteça.

Chesca, você começou na música bem nova e ano passado foi um ano ótimo para você. O que passa pela sua cabeça quando você vê tudo que conquistou até agora?
Chesca: É um sonho que se tornou realidade porque comecei a cantar com nove anos com meu pai e com 10, 11 anos eu já era parte da banda dele. Minha história é bem longa, mas vou tentar resumir. Aos 11 anos, eu recebi uma oferta da Sony Latin. Eles iriam me contratar como uma estrela em desenvolvimento, iriam me treinar, me dar aulas e me lançar quando eu fosse adolescente. Mas no feriado do Cinco de Mayo, eu saí com meu pai para celebrar porque estávamos muito felizes. Meu pai estava muito feliz porque ele também é músico, mas é um hobby para ele, não é o trabalho principal. Então era o sonho dele estar na indústria musical. Quando aquela oportunidade com os grandes executivos da Sony aconteceu comigo, a gente não acreditava.

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Mas no dia cinco de maio, eu sofri um acidente. Eu estava com o meu pai. E realmente colocou tudo em espera. Eu quase morri, eu fiquei em coma, meu cabelo ficou preso na hélice. Desde então eu já passei por mais de 14 cirurgias reparadoras para ter meu cabelo de volta, passei por terapia física e mental. Foi muito difícil sair daquela situação porque era muito visível. E era muito dramático. Para alguém que não entendia o que estava acontecendo, era um choque. Infelizmente, para mim, na escola, ao lidar com essa situação, você sabe como as crianças são… elas podem ser malvadas às vezes. Eu passei por muito bullying. Foi bem intenso.

Acredito que o que me salvou foi a música porque eu sempre fui capaz de ser uma personagem. Sabe quando você simplesmente quer ser uma personagem porque você consegue escapar da realidade? Quando eu era mais nova, adolescente, não pude ir na minha formatura, na cerimônia que eles fazem na oitava série, eu fiquei sentada dentro do carro com a minha mãe, chorando, vendo todo mundo arrumado. Foi muito difícil. Mas acho que isso fez com que eu me tornasse a mulher forte que eu sou hoje e criasse a minha vida ideal. Eu acredito que tenho essa missão de compartilhar essa história e ajudar outras pessoas a alcançarem os sonhos. Se você me visse com 14 anos, você nunca iria acreditar que eu estaria aqui hoje falando com você e lançando músicas com Pitbull, Offset…

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Para mim é super importante falar sobre isso porque eu vivi, é real, é genuíno e autêntico que a música literalmente me salvou. É algo que eu quero fazer desde que eu tenho 3 anos. Tenho vídeos no meu Instagram de quando eu tinha 3 anos, cantando músicas do Michael Jackson no microfone! Eu acho que eu tenho uma missão que eu preciso alcançar e é muito incrível para mim que tudo isso esteja acontecendo.

O que pode nos contar sobre os planos futuros? Singles, álbum?
Chesca: Espero que o público peça por um disco! Por enquanto ainda estou começando. Lancei meu primeiro single em 2019. E é ótimo porque sinto que eu estou evoluindo lentamente. Sinto que cada música fica melhor, os conceitos melhoram, eu ganho mais experiência, eu fico mais próxima das pessoas. Eu surgi quando a pandemia ganhou força no mundo. Para mim tem sido difícil ter essa conexão porque eu ainda não tive a chance de fazer shows e é tão importante ter essa relação com as pessoas. Isso é algo que eu sinto falta, então eu quero que a gente saia logo dessa situação para eu sentir a energia das pessoas e para que elas possam sentir a minha energia também e assim me conhecer melhor.

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Espero que até o final de 2021 tenham muitas músicas novas! E tomara que uma dessas músicas se torne um hit mundial! Porque eu acredito que seja um processo demorado. Não acho que ninguém vira um hit da noite para o dia. Acho que isso já era. Tipo a Britney Spears, N Sync, que o primeiro lançamento virava um hit mundial! Mas agora com as redes sociais e com tantos artistas, acredito que seja mais difícil para um artista se lançar com um hit logo de cara. Então agora eu estou fazendo o que eu amo, criando novas músicas, novos conteúdos, e deixando as pessoas decidirem o futuro da Chesca!

Por último, mas não menos importante, gostaria de mandar um recado aos fãs brasileiros?
Chesca: É claro! [em português] Oi Brasil, eu me chamo Chesca. E estou muito feliz de estar com todos vocês aqui. Espero que vocês conheçam minha música. Eu amo o Brasil. Eu amo cada um de vocês. E eu mal posso esperar para ir até o Brasil! Espero que gostem da minha música “Como Tu”. Ouçam! E amo vocês!

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.