Formada em Paris, França, a banda Chunk! No, Captain Chunk já faz sucesso nos Estados Unidos há alguns anos e participou pela terceira vez da Warped Tour, durante os últimos três meses. O grupo lançou seu mais recente álbum, “Get Lost, Find Yourself”, em 2015, e esteve em terras brasileiras no começo de abril de 2016 para divulga-lo.
O Nação da Música conversou com o vocalista Bertrand Poncet, que contou sobre as loucuras da Warped Tour, as bandas que ele admira e também sobre como foram os shows e passeios pelo Brasil
A entrevista foi traduzida por Karen Davidson e feita por Andressa de Oliveira
—————————————————————————————— Leia a íntegra
O que vocês estão achando da Warped Tour até agora?
Bertrand Poncet: A Warped tem sido ótima. É a nossa terceira vez na turnê, então já estamos meio acostumados. Estamos nos divertindo. Agora só temos mais dez shows. Todo mundo já está começando a ficar um pouco cansado, mas mesmo assim está muito legal. É o melhor tipo de turnê, sabe, quando você toca esse tipo de música. Então estamos muito agradecidos por podermos fazer isso.
Vocês tiveram a oportunidade de ver algum show? Tem alguma banda que vocês queiram ver?
Bertrand Poncet: Sim, eu vi alguns até agora, mas estamos tão ocupados que fica bem difícil arranjar tempo pra ver as bandas. Mas eu consegui assistir Issues, Sleeping with Sirens, Yellowcard, e Sum 41. E às vezes você pensa “uau, eu estou tocando na Warped Tour com bandas tipo Sum 41 e Good Charlotte”, que são duas bandas que a gente escutava quando era criança.
Essa é a sua terceira vez na Warped Tour. Vocês acham que esse ano é diferente dos outros?
Bertrand Poncet: Acho que cada ano é diferente, tudo muda a cada ano. A nossa primeira Warped foi há quatro anos, em 2012, e eu lembro que tinha uns palcos que não existem mais. Lembro que dois anos atrás, em 2014… Eu não sei, está mudando a cada ano, mas pra nós a melhor mudança foi o palco, porque em 2012 e 2014 nós tocamos no palco pequeno, o ErnieStage, acho que ele nem existe mais, mas, pela primeira vez, estamos tocando no palco maior, então o som também é maior. É demais.
Qual é a história mais maluca da Warped que você pode contar pra gente?
Bertrand Poncet: Eu não tenho certeza, porque… Ainda não tocamos em Las Vegas. E essa vai ser a história mais maluca da turnê. Não, todos os dias são uma aventura, não consigo escolher um momento ou lembrança favorita. Ontem mesmo, tivemos o dia livre, fomos a um hotel, e acho que fizemos muito barulho lá, e alguém chamou a polícia. Os policiais subiram pro quarto e fomos expulsos. Todo mundo ficou bêbado, mas ninguém foi preso. Esse tipo de coisa sempre acontece, a Warped é demais. Mas acho que preciso de tempo pra processar tudo o que estou vivendo, não consigo escolher uma única coisa agora. E ainda falta Las Vegas.
Vocês lançaram “Get Lost, Find Yourself” no ano passado, qual é a diferença entre ele e os álbuns anteriores?
Bertrand Poncet: Tudo é diferente nesse álbum. Nós mudamos tudo. Até o nosso processo de escrita foi diferente. O processo de gravação foi um pouco diferente, nós co-escrevemos várias músicas do CD, o que foi novo pra gente. Nunca tínhamos feito isso. Foi bem interessante, uma ótima experiência, com certeza.
A gente não sabia exatamente o que queria quando começamos o álbum, só queríamos criar algo diferente, de um jeito diferente. Não sei se faremos o mesmo processo de novo, mas a experiência foi definitivamente bem legal. Tivemos a sorte de conhecer boas pessoas com quem trabalhamos, e foi um ótimo trabalho em equipe. Como diz o título, nos perdemos no processo de escrita e nos encontramos no final. E acho que esse era o objetivo do álbum, e essa é uma mensagem que todo mundo pode se identificar, de um ponto de vista pessoal, mas também como uma banda, sempre tem um momento decisivo em que você não sabe pra onde ir, o que fazer da vida. Essa é a ideia, e acho que todo mundo consegue se identificar.
Vocês são da França, mas tocam bastante no exterior. Qual é a maior diferença entre o cenário do Rock lá na França e aqui?
Bertrand Poncet: É totalmente diferente. Primeiro, porque não tem um cenário do Rock na França. O nosso objetivo era fazer sucesso aqui, já que não temos futuro em nosso país como uma banda de Rock. Infelizmente, isso é péssimo. Mas a França não é um país de Rock N’ Roll como o Reino Unido, por exemplo. Ou como a Alemanha e o Metal. Na França toca mais música Eletrônica, Rap, House, e bastante música mais preocupada com a letra. Nosso objetivo era chegar aos Estados Unidos, e tivemos sorte, conseguimos.
E como vocês se sentem fazendo sucesso aqui?
Bertrand Poncet: É demais. Nunca esperamos isso, nós começamos a banda só por diversão. Escrevíamos músicas bobas, meio que do mesmo jeito que o Bink 182 começou. E nunca procuramos uma gravadora, mas um dia recebemos um e-mail de uma gravadora americana, a InVogue Records, e assinamos contrato. Depois, assinamos um contrato com uma gravadora maior. E começamos a fazer turnês por aqui, o que foi incrível. É um sonho se tornando realidade, principalmente pra caras franceses.
E o que podemos esperar da banda depois da Warped Tour?
Bertrand Poncet: Vamos lançar uma música nova em breve, que nós gravamos bem antes dessa turnê. Ela tem uma “vibe” bem diferente, bem 2016. Tenho certeza que os nossos fãs vão adorar, e talvez nos apresente a outros públicos. E vamos voltar pra casa, descansar um pouco, e talvez escrever um novo álbum.
No começo do ano, vocês foram ao Brasil. Como foi a viagem?
Bertrand Poncet: Sim, foi incrível, demais. Foi a nossa primeira turnê na América do Sul, fomos a vários países que ainda não conhecíamos. Foi muito legal visitar a Colômbia, o Peru, a Argentina, o Chile, e o Brasil – fizemos três shows no Brasil. Foi a melhor experiência. Adoro turnês que viram experiências culturais, conseguimos ver coisas diferentes, conhecer gente diferente, é demais. Fomos ao Rio, São Paulo e Curitiba. Esses três shows foram incríveis, fizemos amigos, fomos à festas, foi demais. Espero poder voltar logo.
E qual foi o seu passeio turístico preferido no Brasil?
Bertrand Poncet: Fomos à praia. Infelizmente, não tivemos muito tempo. Também fomos a uma festa em São Paulo, e no Rio, visitamos o Corcovado. Vimos toda a baía e como toda a cidade foi construída. Foi muito impressionante, e o clima estava incrível – não estava tão quente, pudemos aproveitar bastante. É uma das melhores lembranças que temos da turnê.
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