Entrevista Exclusiva: Alaídenegão fala sobre disco de estreia, carreira e planos para 2015

Alaídenegão é uma banda formada durante o carnaval de 2008, em Manaus, por Davi Escobar, na guitarra e voz, Agenor Vasconcelos, no contrabaixo e voz, Rafael Angelo, na guitarra e voz, Markito Rock, na flauta e trompete e Anastácio Jr., na bateria. O grupo não teme a mistura dos gêneros musicais e já lançou três EPs de forma independente. Em março, eles lançaram o disco de estreia pela gravadora brasileira Deck, o “Senoide Sensual”, disponível também na versão de luxo.

A Nação da Música entrevistou o Agenor Vasconcelos, que nos contou um pouco sobre o processo de gravação do novo disco, a cena musical no norte do país e revelou a história do nome da banda e o que podemos esperar do grupo para 2015. Confira a entrevista:

- ANUNCIE AQUI -

Entrevista por: Bárbara Araujo.

No site oficial da banda vocês dizem ter influências “do brega ao rock, do samba ao carimbó e outros ritmos regionais”, gêneros totalmente diferentes. Como acontece essa mistura na hora de compor as canções e produzir as músicas? Antes da gravação vocês têm tudo pensado detalhadamente como vai ser ou vocês deixam o som sair naturalmente?

Ultimamente as composições estão sendo feitas em estúdio. O processo de produção lado a lado ao processo de criação. Trabalhamos, basicamente, encaixando as ideias que vão surgindo no grupo. O básico da brincadeira é não ter limites e passear por várias influências. Um exemplo desse tipo de composição é a música “Tiroteio dos Praças”. Isso não é uma regra, às vezes a música “nasce pronta”, de forma quase que inconsciente. “Rodar na bica”, por exemplo, foi feita por Davi Escobar, guitarra e voz,  e Vicente, parceiro da Alaíde, e foi arranjada pelo grupo, a imagem que tínhamos era de uma música dançante,  cheia de balanço com um improviso de trompete “circular” no final, só pra ficar bonito. Hoje em dia, gostamos de chegar na gravação com a música super firme, para gravar ao vivo, sincero. Para isso treinamos em shows e gravações que nos servem de pré produção. Sobre esse lance da gravação, a preocupação maior agora é chegar na Deck e gravar super bem! 

Antes de lançar o álbum de estreia com a Deck, vocês lançaram três EPs de forma independente. O que de diferente vocês aprenderam e experimentaram (musicalmente falando) com a produção de Rafael Ramos? Qual a mudança que isso trouxe para vocês como músicos e na carreira?

 Foi um verdadeiro aprendizado! A presença do Rafael Ramos e sua forma de trabalhar é surpreendente. Ele admirou o trabalho musical da banda desde a primeira vez que viu ao vivo.   Na verdade encaramos como um grande desafio. O primeiro CD tem esse cheiro de “à flor da pele”, de irreverência e de superação. O que levamos para casa, em síntese, refere-se ao estado de espírito dentro do estúdio. Estamos super felizes por ter conseguido realizar um trabalho lindo  daqui de Manaus e fazer parceiros como Chuck Hipólitho e Rafael Ramos, grandes nomes da música do país. 

Qual a história por trás do nome “Alaídenegão”? Vocês já falaram que o nome da banda é um personagem criado por vocês mesmos, mas no clipe de “Rodar Na Bica” e de “A Rabeta” o Alaídenegão foi um personagem diferente em cada vídeo. Explica para a gente.

- PUBLICIDADE -

O personagem é sempre uma metamorfose ambulante (risos). A imagem da Alaíde sempre foi trabalhada da seguinte maneira: quando precisávamos de uma arte de capa para os EPs procurávamos um artista plástico e descrevíamos a Alaíde. A Alaíde seria um personagem comum do centro de Manaus, que madruga pelos bares e casas noturnas próximo ao porto. Essas lendas urbanas de áreas portuárias, sabe. Dessa forma, quando fomos experimentar o audiovisual repetimos o mesmo processo.  Alaíde sempre se reconstrói. Assim como temos que nos reinventar todo dia para seguir vivendo da música no país. De toda maneira, o mais legal disso tudo, é que quando eu (Agenor) e Davi concebemos o nome sabíamos que era tudo ou nada. Funcionou e muito bem. Entre os produtores e críticos o impacto é sempre positivo. 

 Já são sete anos de banda. Como vocês avaliam todo esse percurso e o momento atual da banda? Em que momento vocês perceberam que o som poderia ser levado mais a sério e receber maior dedicação?

- ANUNCIE AQUI -

 A partir da turnê que fizemos em 2012 pelo nordeste do Brasil. Ali percebemos que tínhamos potencial. Mais que isso, que tínhamos a possibilidade de trabalhar em rede. As novas tecnologias… essas coisas todas foram nos dominando. Rafael entrou em contato conosco por uma indicação do Ilson, do Zeferina Bomba. A turnê nos lançou na cena. Daí para Rafael ver um vídeo de um show da Alaíde no YouTube foi um pulo. Ele viu e ligou. 

Como é a cena musical no Amazonas? O que vocês fazem para conseguir que a música de vocês atinja as pessoas que moram nas demais localidades? Isso é difícil?

 Aqui o temos o problema das distâncias e dos custos que isso implica. Sair daqui para o interior, como por exemplo São Gabriel da Cachoeira, é o mesmo preço que ir para São Paulo. Esse esquema logístico inviabiliza muito a questão local. Mantemos um circuito ativo entre Alter-do-Chão, Santarém e Boa Vista. O esforço é enorme. De outro modo, depende-se de investimento privado ou público para levar o show da Alaíde para a Amazônia, por exemplo. A forma de difusão mais popular na região é a rádio. Internet tem um bom alcance, mas ainda é limitado. Agora temos que correr e colocar .

Quais os planos para o restante de 2015? Vocês lançarão algum videoclipe em breve? Há chances ou planos de uma turnê fora do norte?

- ANUNCIE AQUI -

Trabalhamos para que todas essas possibilidades estejam rolando no segundo semestre de 2015. Estamos trabalhando em um videoclipe que promete retratar essa nova fase de criatividade da banda. Os detalhes já estão sendo fechando com a Deck para que tudo fique lindo. Faremos uma circulação. Sudeste e Nordeste já estão fechados. 

Já finalizando, deixem uma mensagem para os fãs da banda e para quem ainda não conhece a música de vocês.

- ANUNCIE AQUI -

Estamos com um CD novinho chamado Senoide Sensual. Ele foi gravado e lançado pela Deck e pode ser ouvido na íntegra no youtube, spotify e outros canais. Para conhecer mais a banda e acompanhar sua temporada de lançamento nacional do primeiro full album da banda é só seguir @alaidenegao e procurar nas redes sociais Banda Alaídenegão – tudo junto mesmo. Besos

Não deixe de curtir a nossa página no Facebook, e acompanhar as novidades do Alaídenegão e da Nação da Música.

- ANUNCIE AQUI -

Inscreva-se no canal da Nação da Música no YouTube, e siga no Instagram e Twitter.

Bárbara Araujo
Bárbara Araujo
Bárbara Araujo: Carioca que tem São Paulo como casa desde 2009, estuda Jornalismo e escreve para a Nação da Música desde 2014. Passa mais tempo ouvindo música e assistindo a vídeos de shows do que qualquer outra coisa. Ainda compra CD, ama pop-punk, cachorros e é facilmente encontrada em shows.