Entrevista: Jack Johnson fala sobre novo disco e amor pelo Brasil

Jack.Johnson

O último lançamento de estúdio do cantor Jack Johnson foi longínquo ano de 2013, com o disco “From Here To Now To You”, e agora ele se prepara para divulgar seu mais novo álbum, intitulado “All The Light Above It Too”, no dia 08 de setembro.

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Jack produziu a maior parte do trabalho no seu estúdio em Oahu e finalizou em Los Angeles, no Solar Powered Plastic Plant. A Nação da Música entrevistou o músico, que falou sobre o processo de criação de “All The Light Above It Too”, o primeiro single do álbum – que você pode ouvir no final do post – e também sobre o amor que sente pelo nosso país.

Entrevista por Marina Moia.

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————————————————————————————————————— Leia a íntegra

Já faz um bom tempo desde que você lançou seu último disco. O que você pode me falar sobre “All The Light Above It Too”?
Jack: 
Ele foi muito divertido de fazer. É a primeira vez que faço um álbum em que eu fui ao estúdio praticamente sozinho e simplesmente comecei a trabalhar nas músicas. Normalmente, quando faço isso, eu uso rascunhos e, depois, trago todo mundo para o estúdio e fazemos o disco de verdade. Mas dessa vez foi a primeira que eu fui ao estúdio e todas as músicas estavam bem frescas. Eu criei [as músicas] e elas se tornaram o álbum. Um amigo meu veio e me ajudou bastante, para manter tudo bem “cru”. Foi muito divertido. Para mim, é o sétimo disco e tem suas diferenças, mas ao mesmo tempo, eu não sinto muita pressão para fazer algo super diferente. É uma coleção das músicas que estiveram na minha cabeça pelos últimos anos.

Você fez praticamente todo o disco sozinho, mas teve a ajuda de Robbie Lackitz e Simon Beins. Como foi trabalhar com eles em estúdio?
Jack: 
Ah, foi ótimo! Simon é um grande amigo que se mudou para a minha rua. Nós fizemos uma música juntos para um documentário [“The Smog of the Sea”] e trabalhamos em algumas outras coisas, com amigos que estavam fazendo outros filmes. Nós nos divertimos muito trabalhando juntos, então começamos a gravar e a trabalhar nas músicas que estariam neste próximo disco. No começo, achei que eu estava apenas fazendo demos para o ano que vem, mas tudo se juntou muito rapidamente.

Meu amigo, Robbie Lackitz, que produziu o disco, veio ao Havaí de última hora para passar um tempo com a sua família e nós começamos a ir muito ao estúdio. É, simplesmente se transformou num álbum e foi divertido. Foi legal não sentir nenhuma pressão. Isso foi bom…

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Eu acabei de ouvir seu novo single, “My Mind Is For Sale”, e está muito bom, eu realmente gostei bastante…
Jack:
Muito obrigado! Você é uma das primeiras pessoas com quem eu falo que já ouviu o single!

É? Que legal! Eu realmente gostei dessa música. Por que você a escolheu como primeiro single?
Jack: 
Sabe, quando o álbum está pronto, tem a minha esposa, meu amigo Emmett, meu amigo Kizzy… tem algumas pessoas que me ajudam a lançar o disco. Nós quatro meio que decidimos quais músicas são as escolhidas. Tem também a gravadora que nos ajuda a distribuir tudo, com as rádios e tudo isso. Eu confio nestas pessoas, então, quando elas escutam as músicas e têm a primeira reação é importante. Eu sou muito próximo delas [das músicas] e elas são como bebês para mim, então não gosto muito de escolher uma ou outra, por isso eu confio tanto nas pessoas que me ajudam.

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Muitas pessoas acreditaram que esta [“My Mind is For Sale”] seria a certa para ser um dos singles e todo mundo acabou decidindo por ela para ser o single de estreia. É meio óbvio sobre o que ela fala se você a escuta mais de uma vez. É sobre barreiras em geral, para mim, e é sobre qualquer um que queira construir muros para dividir as pessoas por raça ou religião e coisas do tipo. É uma coisa horrível, então eu queria escrever uma música sobre isso.

Sei que é difícil de escolher, mas tem alguma outra música que você está empolgado para que as pessoas ouçam?
Jack: 
Sim, tem uma outra que seria o primeiro single – eu meio que pensei que fosse – e, como disse, confiei nas pessoas ao meu redor. Ela se chama “Big Sur” e é uma música sobre acampar. É totalmente diferente, muito pessoal e não é política como a outra. É sobre o sentimento de quando você tem seu porta malas carregado e todos os seus amigos no carro, ou sua família, e você finalmente está partindo e dirigindo para o acampamento. Esse sentimento de que vocês terão um tempo maravilhoso juntos. Tem um verso seguinte que é tipo “estou carregando a van” e é sobre sentar ao redor da fogueira e o sentimento de estar com todas as pessoas com quem você quer estar ali. É uma dessas canções sobre escapar de tudo daquilo de “My Mind is For Sale”.

Quais foram suas inspirações para este disco? O que tem ouvido?
Jack: 
Estou sempre ouvindo todos os tipos de artistas… sou um grande fã de música. Quando escrevo as músicas, eu não tenho necessariamente algo em mente, mas claro que muitas coisas me influenciam bastante. Tenho ouvido muito esse cara chamado John Craigie, que está em turnê com a gente atualmente e é um amigo. Ele é um ótimo contador de histórias e um grande compositor. Algumas de suas músicas são bem engraçadas… Tenho ouvido ele e outro cara chamado Todd Snider. Muitos contadores de histórias e até mesmo comediantes também. Tenho ouvido Demetri Martin também, coisas assim.

Você está nesta carreira há quase 20 anos. O que acredita que mais mudou na sua forma de criar música?
Jack: 
Eu me sinto muito sortudo porque o tipo de música com a qual fui criado, no Havaí, era sempre os músicos no canto, reunidos, sem palco e sem luzes chiques neles. Era muito acessível e sem barreiras entre as pessoas que estavam ali celebrando e os músicos de fato. Às vezes seria pessoas trocando de guitarra ou na percussão, trocando bastante… Eu acho muito parecido com a cultura musical que já vi no Brasil. Não tem uma divisão forte entre as pessoas que estão dançando e cantando junto e quem está tocando a música na banda. É intercambiável. É sempre divertido quando vou ao Brasil e toco música lá. Parece que estamos todos juntos.

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Eu cresci com esse estilo de música. Quando comecei a compor canções, eu acho que isto sempre esteve na minha mente, imaginando as pessoas cantando junto. Todas as músicas que eu aprendia eram do Bob Marley e Cat Stevens, coisas do tipo, que todos cantávamos juntos. Então, quando comecei a escrever músicas, no fundo da minha mente, eu as imaginava com músicas para serem cantadas juntos.

Com o tempo que passou, eu acho que enxergo a música de uma maneira diferente. Para mim, elas são uma maneira de limpar a minha mente. Às vezes, quando tenho muita coisa na minha cabeça, eu escrevo uma música e isso realmente me ajuda a organizar meus pensamentos. Parece que não preciso mais guardar aquilo na minha mente. Está na música agora e posso me libertar daquilo. É quase como um diário para mim agora.

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Podemos esperar shows da nova turnê no Brasil?
Jack: 
Sim, eu definitivamente quero voltar ao Brasil! É meu lugar favorito para tocar música. Como eu disse, eu e todos na minha banda amamos todos os dias livres para viajar e até visitar as lojas de músicas. Tem tantos instrumentos de percussão legais ai… Muitas coisas no meu estúdio são coisas que comprei quando passei pelo Brasil. Às vezes de lojas e às vezes de presentes que nos deram. Muitos instrumentos diferentes, muitos instrumentos de percussão diferentes, que agora fazem parte do meu estúdio e que realmente influenciam muito a minha música.

Eu acho que o Brasil é um lugar que tem uma grande mistura de músicas, com um sentimento soul e funky, mas também muito acústica e orgânica. Isso é algo que aprendi com todas as minhas viagens ao país e que tem grande influência na minha música.

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Eu amo tocar música ao vivo aí. Parece que tudo na minha música faz sentido no Brasil. Simplesmente parece certo. É, eu realmente mal posso esperar para tocar aí. Eu ainda não tenho nenhuma data, mas nós com certeza voltaremos ao Brasil para tocar ainda neste ano.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.