Entrevistamos o Judas Priest sobre o sucesso do novo disco “Firepower”

judas priest
Foto: Divulgação

Uma das maiores bandas do Heavy Metal mundial, a Judas Priest irá completar 50 anos de carreira no que vem e acaba de lançar seu 18º disco, no começo de março, chamado “Firepower”.

O recente trabalho dos britânicos rendeu críticas muito boas e é considerado como um novo clássico do gênero, além de ter conseguido entrar no Top 10 do Reino Unido e da Billboard 200, após anos sem realizar este fato.

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A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com o baixista da Judas Priest, Ian Hill, sobre como foi a produção de “Firepower”, os planos futuros e também sobre o fato dele ser o único membro original do grupo.

Entrevista feita por Marina Moia

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——————————————————————————- Leia na íntegra:

Primeiro de tudo, parabéns pelo sucesso de “Firepower”! Vocês estão nas principais paradas, as críticas estão muito positivas… Como tem sido essas últimas semanas para você e para o restante da banda?
Ian: Tem sido ótimo, muito obrigado! Já fizemos quatro shows nos últimos dias, temos o quinto nesta noite, em Newark (EUA). Recebemos ótimas críticas dos shows e o álbum está indo muito bem. Então, estamos ótimos! [risos]

Alguns veículos classificaram o disco como um “novo clássico”, um álbum que não será esquecido. Vocês tinham essa noção quando estavam no estúdio, produzindo e gravando? Havia algum tipo de pressão nessa época?
Ian: Nós de fato tínhamos um sentimento bom sobre o disco. Nós abordamos o trabalho de uma maneira diferente do que fizemos nos últimos álbuns. Na verdade, nós tocamos ao vivo no estúdio! Na hora de gravar a bateria, por exemplo, não usamos aquela faixa eletrônica como base, que é tão mecânica. Nós tocamos ao vivo e dispensamos essa base.

Pra gente, ficava muito perceptível, o jeito que a música se eleva e abaixa em partes diferentes. E fizemos isso com todas as faixas. Simplesmente sentimos que ficou mais natural, mais real. Tudo isso alinhado com o time de produção, que fez um trabalho tremendo, produzindo o disco. Eles fizeram com a gente soasse bem, melhor do que nunca.

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Foi assim que fizemos e obtivemos um trabalho de grande qualidade no final. Nós sabíamos que tínhamos um bom álbum desde então. Afinal, depois de 50 anos na ativa, nós conseguimos reconhecer isso mais facilmente [risos].

As pessoas estão gostando, comprando o disco, ouvindo as músicas. Isso não é só bom para nós, mas para o gênero musical também, para o heavy metal.

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Neste disco, vocês voltaram a trabalhar no estúdio com Tom Allon. Como foi?
Ian: Foi ótimo! Nós amamos Tom até a morte e temos uma longa história. Ele continuou trabalhando com nós, nos bastidores, mixando coisas ao vivo e masterizando alguns discos antigos, nos introduziu a diversos instrumentos anos atrás. Então, ele tem trabalhado com a banda, mas nós só não produzimos um álbum juntos desde então, nos últimos anos.

Nós decidimos retomar essa parceria e todos ficaram muito felizes. Na verdade, nós tivemos uma equipe dos sonhos trabalhando em “Firepower”! Tínhamos o Tom, que conhece a banda até do avesso e ninguém nos entende melhor do que ele. Também, claro, Andy Sneap estava lá também e ele é um cara incrível.

Andy também é alguém novo na equipe. O que ele trouxe de diferente para o trabalho?
Ian: Você quer saber sobre ele no estúdio ou ao vivo, nos palcos? [risos]

Ambos! Ele está em turnê com vocês também, substituindo Glenn Tipton…
Ian: Sim! Ele tem feito um trabalho tremendo, das duas maneiras. Ele trouxe modernidade para as ideias do trabalho e, na verdade, foi ele quem sugeriu que gravássemos o disco ao vivo no estúdio. Ele e Tom trabalharam juntos e fizeram com que tudo acontecesse da melhor maneira, mas foi Andy quem surgiu com a ideia. Ele também é um ótimo engenheiro, assim como produtor. Andy foi o responsável por fazer com que nós e nossos instrumentos soassem da melhor maneira que fosse possível. Além disso, ele sempre tinha sugestões de mudanças aqui e ali, assim como o Tom fazia. Ele foi de grande importância para o disco.

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No palco, ele está com a gente agora e, claro, foi um grande acontecimento para ele [risos]. Poder tocar as músicas ao vivo depois de passar tanto tempo na produção… Mas ele já está se sentindo mais confortável no palco do que nas primeiras noites, está ganhando confiança e fazendo um trabalho incrível.

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O disco anterior, “Reedemer of Souls”, é de quase 5 anos atrás. O que mais vocês sentiram de diferença ao fazer “Firepower”?
Ian: Acho que a maior diferença mesmo foi ter gravado o álbum ao vivo. Antes a gente gravava um instrumento de cada vez e depois íamos mixando e juntando essas partes, basicamente. Em “Firepower”, nós quisemos voltar um pouco no tempo para fazermos coisas que fizemos em “Ram It Down” [1988]. Mas antigamente não tinha esse sentimento natural que tivemos agora. Claro que é um ótimo álbum, mas acredito que “Firepower” o ultrapassa em qualidade.

Eu tenho que perguntar isso agora! Você é o único membro da formação original do Judas Priest. Como é ser a pessoa que está na banda desde o início?
Ian: Oh, eu nem gosto de pensar nisso! [risos] A única hora que percebo e penso nisso é quando puxam esse assunto mesmo [risos]. A banda teve muitos membros com o passar dos anos, pessoas que vieram e foram embora, na bateria, nas guitarras… Eu nunca quis fazer nada além disso, sabe? Estou perfeitamente feliz. Mas de fato, suponho que seja um grande feito, passar 50 anos na mesma banda…

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Podemos esperar Judas Priest no Brasil em breve?
Ian: Sim, sim! Estamos trabalhando nisso agora! Agora estamos em turnê pela América do Norte até maio, depois de junho até agosto iremos para a Europa, tocaremos em alguns festivais lá. Depois, provavelmente voltaremos para tocar na América. Mas, claro, a seguir precisamos ir para a América do Sul e lugares como Japão, China, Austrália… Tudo isso será encaixado em algum lugar da nossa agenda [risos]. Talvez a gente vá somente no ano que vem, mas estamos muito empolgados para que dê certo!

Vocês sentem diferença ou se preparam de maneira diferente quando vão tocar em festivais?
Ian: Às vezes nós temos que ser diferentes. Principalmente por causa do tempo, então acabamos cortando algumas músicas da setlist. Mas em termos de show, nós lidamos da mesma maneira. Em festivais ou não, é sempre uma ótima atmosfera. O legal de festivais é que você acaba tocando para um público que possivelmente não iria te assistir em outra ocasião. Algumas bandas vão para assistir uma banda, outros para assistir alguma outra. E todo mundo acaba assistindo a todo mundo! É bom para todo mundo.

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Gostaria de mandar uma mensagem aos fãs brasileiros?
Ian: Claro! A gente mal pode esperar para voltar ao país! Todos nós temos memórias incríveis de nossas passagens pelo Brasil. Amamos muito todos vocês e espero poder vê-los em breve! Sejam pacientes porque ainda voltaremos! [risos].

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.