A cantora Kell Smith está prestes a lançar o seu segundo EP. Cheia das novidades, a dona dos hits “Respeita as Mina” e “Era Uma vez” também está trabalhando em seu novo álbum, que deve sair em breve.
A Nação da Música conversou com a artista sobre o que os fãs podem esperar do conteúdo que vem por aí e ela ainda revelou sobre suas principais inspirações na música.
Entrevista por Maria Victoria Pera Mazza.
————————————————————————————————————— Leia a íntegra
Você está para lançar o seu EP, certo? Poderia falar um pouco mais sobre ele?
Kell Smith: Esse novo EP tem a minha cara como segundo. É uma mistura de ritmos, tem a presença do rap, do hip hop. Também tem músicas mais MPB como “Era Uma Vez”, tem reggae. Tem aquela mistura de sempre, ele está muito rico. E tem uma parte que é mais conceito, eu abordo temas como preconceito, diversidade, algo mais sério. E tenho músicas mais clean, que são reflexivas sobre a vida, sobre o amor. Tá muito rico musicalmente e com a sua mensagem também.
Sua música “Respeita as Mina” aborda um tema muito recorrente na vida das mulheres, que é a questão do machismo, do assédio… Mas é difícil a gente encontrar canções com letras que tocam nessa ferida. Em algum momento você achou que seria difícil falar sobre? Porque muita gente ainda é bem reativa na questão do feminismo, por exemplo.
Kell Smith: A história de “Respeita as Mina” foi uma música feita para falar a respeito de um caso de violência em um relacionamento abusivo da minha amiga e assessora na época, a Luciana, que ainda é minha amiga e assessora. Ela é militante do movimento feminista e ela estava passando por um relacionamento, um casamento abusivo. “Respeita as Mina” foi uma maneira de conversar com ela, de conseguir trocar essa ideia pra que ela me passasse esse conhecimento e, através dessa música, ela fosse liberta e que essa música pudesse libertar outras mulheres de algo que fica preso na garganta, que é não conseguir falar a respeito porque já foi tão distorcido o conceito do feminismo que até nós mulheres temos medo de falar a respeito. Então, ela veio pra deixar mais objetivo esse discurso, pra deixar mais simples.
Você começou tocando em barzinhos e festas e hoje seus dois clipes divulgados no YouTube ultrapassam mais de 5 milhões de visualizações juntos. Como você se sente ao perceber que tem tanta gente apreciando o seu trabalho?
Kell Smith: O sentimento é de gratidão porque para o artista é uma honra compartilhar dessa arte. Fico muito contente que as pessoas estejam recebendo essas músicas e sendo tocadas tanto quanto eu, porque da mesma forma que eu as faço para que eu ouça e elas me toquem primeiramente, eu faço também para que o público seja tocado, pra que haja essa conexão e pra que essa nossa conexão seja arte. Então, a palavra que me define nesse momento sabendo da repercussão tanto de “Respeita as Mina” quanto de “Era Uma Vez”, enfim, do trabalho em si, é gratidão.
E por falar em videoclipes, você tem uma participação ativa nos dois. E por trás das câmeras, curte ficar por dentro da produção também?
Kell Smith: Em ambos os clipes foi o mesmo diretor, que é o Mess Santos da Movie 3. Eu já tenho uma relação muito legal profissional com o Mess, ele também é meu amigo, então por confiar no trabalho dele, apesar de dar a minha opinião sempre e de ser pedida a minha opinião, eu fico mais contemplando a arte dele. É uma cumplicidade tão boa que eu me pego contemplando o que ele tá fazendo. É muito bacana.
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Quais são as suas inspirações na hora de compor as músicas? Tanto em relação a experiências quanto em relação a artistas que você gosta de se espelhar e se inspirar.
Kell Smith: Eu não componho sobre mim, não componho ao meu respeito diretamente. Eu componho sobre o que as pessoas sentem em comum, falam, componho sobre pequenas realidades que são tão grandes e a gente acaba deixando em um lugar que não seja tanto de destaque. Então eu falo de vida, eu falo de amor – por mais que pareça clichê -, eu me inspiro nas pessoas, no que as pessoas sentem e que elas compartilham comigo.
Musicalmente falando, na hora de compor eu tenho muita influência do gospel porque eu vim do gospel, então eu tenho bastante referências na hora de compor, eu ouço muito o Leonardo Gonçalves, Coral Kemuel, Jhour Bayron, Kim Burrell também é uma pastora que eu ouço bastante. De música secular eu ouço muito Elis Regina, muito mesmo porque foi ela quem me iniciou no mundo da música. Ouço o que veio da safra dela, ouço Caetano, Ney Matogrosso, Wilson Batista, Dalva de Oliveira, Maysa Matarazzo, essa galera mais antiga. Gosto também de samba, bossa nova, de jazz, ouço o pessoal do rap também, ouço bastante Criolo, Mc Marechal, Emicida, Rael… Eu acabo misturando tudo isso na hora de fazer a minha música.
Depois do lançamento do EP, quais os planos que você tem para o resto do ano?
Kell Smith: Nós estamos agora com o lançamento desse segundo EP mais a turnê de shows que já está sendo organizada e iniciando-se, nós temos o projeto já pra sair o CD subsequentemente e a música não para. Eu falo sempre com o Rick que nós começamos com uma música que foi “Viajar é Preciso” e hoje nós temos dificuldade de encontrar a música pra colocar no CD, é muito gratificante. Provavelmente daqui pra frente seja na mesma fluidez que aconteceu pela música mesmo.
Poderia deixar um recado para os seus fãs que curtem a Nação da Música?
Kell Smith: Gostaria de dizer o quanto eu estou grata por poder compartilhar da arte, por viver essa proximidade, por saber que essa relação entre o artista e o público ainda possa ser real e não efêmera, montada, maquiada. Eu tô adorando ver isso com o meu público e também quero avisar que as novidades estão vindo, tem muita música boa chegando por aí, tá muito pertinho de chegar e eu espero muito que eles gostem.
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