Na última sexta-feira (14), a banda Lagum liberou nas plataformas de streaming o segundo trabalho de estúdio da carreira, intitulado “Coisas da Geração”. Direto de Minas Gerais, o grupo traz 14 faixas, sendo que uma delas conta com a participação de Jão.
A Nação da Música conversou com o vocalista Pedro Calais sobre a produção do novo disco, a geração atual de bandas e cantores brasileiros e também sobre parcerias musicais.
Entrevista por Marina Moia.
————————————– Leia a íntegra:
Olá, tudo bem? Obrigada por conversarem com a Nação da Música! Como estão as expectativas para o lançamento do novo disco, que saiu agora no dia 14?
Pedro: Uuuhh to animadaço! Espero que todo mundo curta. Espero que a gente alcance as expectativas dos nossos fãs e estamos loucos pra rodar o Brasil logo com esse álbum!
Poderia contar sobre como foi o processo de produção de “Coisas da Geração”, trabalhando com o Paul Ralphes? Foi muito diferente do primeiro disco que vocês lançaram?
Pedro: A gente já tinha várias músicas compostas e mais ou menos pré-produzidas, que a gente fez no nosso estúdio. Quando o Paul chegou foi um alívio porque as coisas pareciam muito bagunçadas e ele soube organizar muito bem, soube gerir o processo muito bem. Então acabou que foi um processo muito leve. A gente tinha muita ideia e conseguiu colocar tudo em prática graças à organização esplêndida do Paul.
E sim, foi bem diferente do primeiro álbum. Acho que cada produtor trabalha de uma maneira e a gente, no primeiro, era muito imaturo com algumas coisas e demos uma amadurecida até começarmos a produzir esse novo álbum.
Ouvi o disco e achei que ele está bem coeso. Vocês falam de diversos assuntos, mas as músicas casam entre si de uma maneira muito legal. É algo que vocês pensaram conscientemente ou simplesmente aconteceu?
Pedro: Isso simplesmente aconteceu, mas a gente não acredita no acaso. Talvez essa fosse nossa missão no momento, de falar sobre esses assuntos e com essa visão, que é uma visão da geração, sobre todos esses temas. Tudo que a gente fez até hoje sempre foi muito natural e pareceu que foi muito pensado, mas no final a gente começou a amarrar as pontas disso tudo e aí sim foi uma parte realmente pensada. Foi onde a gente começou a amarrar o conceito na parte visual.
“Coisas da Geração” conversa muito com os jovens adultos, 20 e poucos anos, com temas bem universais. O que vocês acham da maneira como as pessoas se relacionam hoje? Como foi transpor isso nas composições?
Pedro: Eu acho que a geração de hoje se relaciona de uma maneira completamente diferente de como nossos avós se relacionavam e como nossos filhos vão se relacionar também vai ser diferente. Acaba que a gente se comunica por outros meios e as coisas acontecem numa outra velocidade. Então as relações são completamente diferentes. Não é dizendo que é melhor ou pior nem nada assim, mas é simplesmente diferente. E o que a gente quis passar nesse álbum é justamente a visão sobre essas relações e a partir dai cada um tira sua conclusão [risos].
Como surgiu a parceria com Jão, em “Andar Sozinho”? E como foi trabalhar com ele em estúdio?
Pedro: O Jão tinha feito um convite primeiro pra gente participar de um trabalho dele e aí a gente começou a compor junto. Quando a música ficou pronta – a gente já estava gravando nosso disco – mostramos pro Paul, ele ouviu e disse “caraca, essa música tem que estar no álbum!”. Ela tinha ficado muito legal mesmo. Aí a gente inverteu o convite: “Jão, e ai, o que acha da gente botar [a música] no álbum?”. Ele topou, veio pra Belo Horizonte, gravou e ficou fenomenal. Ele mandou muito bem, gravou super rápido, improvisou em algumas coisas com a voz. Sem palavras pra esse artista!
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Aliás, vocês já colaboraram com outras pessoas antes, como Ana Gabriela e Cynthia Luz. Com quem vocês sonham em fazer uma colab no futuro?
Pedro: Várias pessoas! Acho que primeiro a gente quer fazer música com cada um dessa geração nova que está surgindo na música brasileira. Seria muito doido. Se eu pudesse realizar um sonhar de fazer um feat com alguém… [pensando]. Nossa, não sei, é uma pergunta muito difícil. [Ele pergunta pra uma amiga, que sugere Iza”]. É, seria bem legal fazer um feat com a Iza!
Falando em parcerias, sinto uma união bem bacana das bandas brasileiras hoje em dia. Lagum, Hotelo, Anavitória, Jão, Melim, Vitor Kley, enfim, muito talento jovem que a gente sempre acaba vendo junto de uma forma ou de outra, pelas redes, em colaborações… Como vocês enxergam essa cena musical brasileira? Vocês se inspiram uns nos outros? Trocam dicas e conselhos?
Pedro: Eu acho que é muito importante essa união. Não só pelo lado de fazer música, expansão e tal, mas a troca que acontece quando encontra é muito grande. De falar sobre estrada, sobre produção, sobre composição. Acaba que a união faz a força, de todo jeito.
Algumas semanas depois do lançamento do disco, vocês entram em turnê novamente. O que estão preparando para os próximos shows? O que os fãs podem esperar?
Pedro: A gente já está preparando nossos shows. Inclusive estou aqui respondendo enquanto meus companheiros estão dentro do estúdio trabalhando nisso. A gente está construindo uma identidade visual muito forte. Musical também. A gente vai misturar as músicas novas com os clássicos já. E fãs: não esperem nada! Porque vocês vão ver! [risos]
Tá bom, podem esperar sim. Mas esperem ser surpreendidos!
E vocês estarão em Portugal em outubro! Como estão as expectativas pra essa viagem?
Pedro: Vai ser a nossa primeira vez fora do Brasil e a minha mãe está muito orgulhosa. E ela tá querendo ir pra Portugal também [risos]. Sei lá, dessa eu não sei o que esperar. Não sei se vai ter gente pra ver, mas espero que sim porque a gente recebe algumas mensagens há um tempo nas redes sociais e estou animado! Nunca fui pra lá.
Gostariam de mandar um recado aos leitores da Nação da Música?
Pedro: Leitores da Nação da Música: sejam maneiros, tamo junto pra caramba e é nóis!
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