Lítera é uma banda de rock de Porto Alegre, no sul do Brasil. O grupo é formado André Neto (vocal e guitarra), James Pugens (baixo) e Rodrigo Bonjour (bateria). Em agosto de 2013, iniciaram o Projeto Domitila, inspirado no romance registrado na troca de cartas de amor entre o Imperador Dom Pedro I e a Marquesa de Santos. Depois de lançarem 2 EPS, divulgaram o seu segundo disco, intitulado “Caso Real”, que apresenta músicas inéditas e faixas já divulgadas nos EPs.
Recentemente, nós da Nação da Música, tivemos a oportunidade de falar com André Neto, que contou um pouco sobre essa fase da banda, suas inspirações e os próximos passos da banda.
A entrevista foi feita por Andressa Oliveira.
————————————————————————————————————— Leia a íntegra
Como surgiu a ideia de levar para a música a história do romance de Dom Pedro I e sua amante?
Em 2012 eu fui numa cafeteria em Porto Alegre chamada Domitila. No cardápio, o nome das comidas eram inspiradas nos personagens do Império do Brasil e, entre uma página e outra, tinham as cartas trocadas entre Dom Pedro I e Domitila. Ao ler a primeira delas já fiquei super interessado pela história. Cheguei em casa e comecei a pesquisar, me deparei com o Livro “Titilia e Demonão” do escritor Paulo Rezzutti, que me inspirou pra compor o single “Domitila”, depois os EPs e agora o disco.
O projeto iniciou com o lançamento dos EPs (“A Marquesa” e “O Imperador”), certo? Como que foi feita a pesquisa sobre a história?
Certo. Conversando com o Rodrigo e o James após o lançamento do single “Domitila”, vimos que apenas uma música não dizia tudo que precisava ser dito sobre esse romance, então surgiram o EP1 – O Imperador e o EP2 – A Marquesa, que com mais quatro músicas novas completaram o disco Caso Real, que lançamos em novembro de 2015. A pesquisa se deu através da trilogia dos livros do Paulo Rezzutti, que depois me indicou outros artigos e textos sobre o assunto também.
Como foi o processo de produção e composição do “Caso Real”?
A gente queria fazer um disco conceitual, mas era um formato muito novo pra gente, então precisávamos de alguém que nos guiasse na pré-produção das músicas. Encontramos o Marcelo Fruet, produtor musical de porto alegre, que nos fez conseguir materializar aquilo que tava na nossa cabeça. Ele é um dos melhores do Rio Grande do Sul e do Brasil, então passar por esse processo com o Fruet foi muito importante pra gente.
Dá para notar que o som do novo álbum é mais maduro do que o do primeiro. O que mudou para vocês de uma época para a outra?
Não gosto de falar que “agora nos encontramos”, por que acho que a gente tá sempre nessa busca, mas posso afirmar que fizemos esse disco com a sonoridade que a gente queria. Apesar de termos estilos musicais bem diferentes (eu, Rodrigo e James), o pop é um dos nossos pontos em comum.
Vocês começaram a divulgar o álbum com mais intensidade agora em 2016. Como foram esses shows e a recepção do público?
Foram shows em um estilo diferente do que estamos acostumados. Saímos em uma turnê acústica, apenas nós três (geralmente um guitarrista nos acompanha), com voz, violão, escaleta, bumbo leguero e meia lua. Foram incrivelmente ótimos. A gente não esperava tanta satisfação pessoal com esse formato e nem a recepção do público ser tão grande da forma que tem sido.
Como tem sido a jornada desde o início do grupo até os dias de hoje? Muitas lições?
Tem sido de muito aprendizado. A gente conheceu muitas pessoas, muitos artistas. Trocamos experiencias o tempo todo. Tocar em muitas cidades diferentes faz com que a gente conheça muitas culturas e isso é extremamente enriquecedor. Vai refletir com certeza em nossos trabalhos futuros.
Quais serão os próximos passos para a banda Lítera?
Agora eu estou participando do programa Batalha dos Cozinheiros, que passa na Record e no Discovery Home & Health. Então, quando acabarem as gravações, vamos retomar a turnê, que começou em São Paulo. A gente quer fazer todo o Brasil, levar esse trabalho para o maior número de pessoas possível. Nossa pretensão é focar no mínimo uns dois anos no Caso Real, pra levar essa experiência para todo o país. Estamos tentando angariar patrocínio para fazer essa circulação.
Gostariam de deixar alguma mensagem para a galera?
Quero agradecer a esse espaço em que a gente pode trocar uma ideia legal. Peço também para as pessoas que se identificarem com a gente, que ajudem a divulgar a banda. Elas é quem são as multiplicadoras de todos os artistas independentes, não só da Lítera. Peço para que apoiem a cena e acessem sites como esse, por que essas é que são as fontes que realmente mostram o que tem sido produzido na cena nacional. A gente sabe que a grande mídia mascara e mostra só o que ela quer, então esses sites são muito importantes para que a gente saiba que o nosso país tem sempre artistas novos na cena e que são ótimos.
Ah, e também podem pedir stickers pra gente! Realizamos uma intervenção urbana de colar adesivos com a frase “Vc já viveu um amor impossível?” pelos postes, muros e tapumes das cidades. Se encontrar com algum pelo teu caminho, posta com a #CasoReal que a gente reposta no nosso instagram (@literarock). E se quiser ajudar a gente a espalhar amor por aí, manda mensagem que a gente te envia uns bem bonitos e coloridos.
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