Entrevistamos Mahmundi sobre o novo disco “Para Dias Ruins”

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Foto: Hick Duarte

A sexta-feira (10) começou com disco novo da Mahmundi, intitulado “Para Dias Ruins”, que é o sucessor do homônimo de 2016, que foi lançado de forma independente. Agora com a Universal, a cantora divulga o segundo álbum da carreira, produzido por ela própria e por Lux Ferreira.

Além dos já conhecidos singles “Imagem” e “Tempo Pra Amar”, a nova música de trabalho é “Qual É A Sua?”, que também ganhou videoclipe nesta sexta. “Para Dias Ruins já está disponível nas plataformas digitais, com um total de nove faixas.

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A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com Mahmundi pouco antes do lançamento do disco sobre como foi a produção desta vez, suas músicas preferidas, o que está rolando na playlist dela e também o que esperar dos próximos shows.

Entrevista por Marina Moia.

—————————————————————————- Leia a íntegra:

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Olá, Mahmundi! Primeiro, parabéns pelo novo disco, imagino que esteja muito feliz com ele! Como foi o processo de criação e produção desta vez? O que você sentiu de diferença desde o seu trabalho de estreia, de 2016?
Mahmundi: São vários fatores que eu senti. Agora estou numa gravadora, tinha mais recursos, tinha investimento, os músicos que fizeram parte disso… A oportunidade de estar com músicos excelentes e poder investir nesse processo foi muito bom. Eu estou bem feliz com o resultado, mas como sou muito leonina com capricórnio, já acho que podia ter feitos algumas coisas melhores ou mais.

Mas acho que nesse processo de música, e de jornalismo também, essas coisas, tem que ir dia após dia pesquisando coisas novas, formatos novos. Tem coisas que a cada mistura, vem uma sonoridade diferente, um sabor diferente. Mas eu amei muito e estou super empolgada pra ir pra rua e tocar ele todo.

O primeiro single escolhido é “Qual É A Sua”? Por que e como fizeram essa escolha?
Mahmundi: “Qual É A Sua?” é a música mais comunicativa, eu diria que é a mais popular, talvez, a que fala com mais pessoas e acho que é a que tem mais frescor, mais jovem e mais atual. Eu sempre to falando com uma sonoridade que remete a canções mais românticas, eu digo que é “música de rádio”. Acredito que “Qual É A Sua?” consegue bater em todos esses lugares.

O clipe foi gravado na Bahia, com amigos, e eu tento nessas produções ter algo mais pessoal, ter uma relação com as pessoas, então o momento é muito disso. “Qual É A Sua?” fala muito dessa coisa de “e aí, o que você quer?”, principalmente em tempos de redes sociais, que as pessoas estão lá te dando like e vendo tudo que você fala. Tem opinião, outra hora não tem, fica naquele meio do caminho. Então acho que a pergunta é muito pra tudo.

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O disco passa muito por esse lugar, tem até a ver com o tema “Para Dias Ruins”, porque ele fala basicamente isso: em dias ruins, tem os seus relacionamentos, tem o amor, que apesar de tudo ao seu redor estar ruim, o amor é sempre um bom tema pra se falar.

Pode ter manifestações, protestos, várias coisas acontecendo no país, mas na sua vida você tem ainda o dilema do relacionamento, com alguém que você quer terminar ou com alguém que você quer se aproximar, todas essas nuances. “Para Dias Ruins” é meio isso. Como você resolve? Como você se posiciona em dias ruins? Não é você ignorar esses dias, mas acho que é você contornar a situação e fazer o melhor que pode, viver o dia ruim, que tá tudo bem também.

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Sei que pode ser difícil escolher, mas tem alguma faixa que você ficou mais ansiosa para que todos ouvissem ou que é uma favorita sua?
Mahmundi: Eu, como produtora musical, como muito da “Vibra” e da “Eu Quero Ser O Mar”, que são trabalhos que eu e o Lux Ferreira, que produzimos o disco, ficamos batendo cabeça, buscando sonoridades, misturando sons, trazendo uma bossa nova, tentando coisas mais sensoriais.

Já enquanto artista, “Qual É A Sua?. Acho que tem esses dois pontos. E também “As Voltas”, ambas que eu estou cantando mais, tendo aquele momento mais acústico, deixando a voz em evidência. Temos então a Mahmundi cantando e a Marcela produzindo, são dois aspectos. Eu sou muito suspeita porque eu gosto das músicas que faço, eu sou fã [risos].

O álbum, como até o título já sugere, pode ser comparado a uma playlist. Mas me diz, o que está rolando atualmente na sua playlist? Quais as suas maiores inspirações hoje?
Mahmundi: Eu tenho mergulhado muito no universo da música africana instrumental, tem vários artistas legais que eu ouço, dai vou montando as playlists. Tem pianistas contemporâneos que me inspiram muito. Tenho focado muito então no ritmo brasileiro, no ritmo africano e na música instrumental.

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Eu parei um pouco de ouvir música cantada porque eu comecei a ficar meio perdida, cada dia sai uma faixa nova, um disco novo, e essa coisa do streaming vai nos deixando meio doido.

Comecei a usar essas plataformas digitais pra estudar, então faço as minhas playlists e fico ali ouvindo pra não ter referência, porque eu não uso uma referência musical pra fazer uma música igual a que eu faço. Ou eu estou lendo um livro, ou vou no cinema, tenho umas referências mais visuais.

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Pra instigar e pra focar, quando eu quero aprimorar mais guitarra ou alguma coisa, eu faço essas playlists mais instrumentais onde eu me conecto mais com essa minha parte musical. Mas continuo ouvindo coisas bem clássicas, como Ivete Sangalo por exemplo, ou coisas mais nostálgicas, que me trazem uma memória afetiva, não é exatamente referência.

O que você planeja a partir de agora, do lançamento de “Para Dias Ruins”? Vem uma turnê por aí? O que esperar dos shows?
Mahmundi: Eu estou cada vez mais fidelizando minha relação comigo mesma, como pessoa, como ativista, como mulher, então são vários pontos, escutando mais, dizendo mais e me posicionando mais também. Nessa era da informação, a gente já está aprendendo uma coisa sem falar sobre ela, acho que é a minha maior dificuldade, de viver nesse mundo digital pra caramba. Tenho lido mais, tenho feito terapia, pra colocar tudo na rua com mais calma, quero viajar o Brasil!

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A turnê começa no dia 21 de setembro em São Paulo, no SESC Pompeia, e acho que vai ser um momento de troca bem diferente. Com o último trabalho foi bem difícil, tive que lutar muito pras coisas rolarem, e nesse eu estou mais descansada, tem a Universal que dá um super apoio e suporte. Estou bem sentindo bem melhor como artista e a minha entrega no palco é outra, então não vejo a hora de chegar logo!

Deseja mandar um recado para os leitores da Nação da Música?
Mahmundi: Quero mandar um abraço pra todo mundo! Eu conheço o site, dou sempre uma olhada por lá, e quero mandar um beijo pra todos. Que vocês gostem do disco, que tratem como uma playlist, como um disco romântico, enfim! Só não deixem de viver os dias ruins, que você aprende alguma coisa com ele.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.