Desde 2015, Maria Gadú trabalha com o projeto “Guelã”. Primeiro com o lançamento do disco, depois com a gravação do DVD, no Centro Cultural de São Paulo, e agora ela continua com a turnê por todo o Brasil e até pelos Estados Unidos.
A Nação da Música conversou com Gadú sobre a jornada do “Guelã” e sobre como será seu próximo disco.
Entrevista feita por Marina Moia.
————————————————————————————————————— Leia a íntegra
O CD “Guelã” é de 2015, o DVD Ao Vivo é do final de 2016 e agora em 2017 você continua com a turnê dele. Como você mesma já descreveu, “Guelã é mutação”. O que mudou em você nesse processo todo, desde o lançamento do álbum até hoje? A forma que você enxerga esse trabalho está diferente?
Gadú: Continua mudando. Estamos nos despedindo desse show muito satisfeitos. Fomos muito felizes ao longo desses dois anos em digressão. O que está em constante mudança é o conhecimento, a profundidade e o caráter do som que está feito. Música evolui com pratica. Nós fomos aperfeiçoando nossas personalidades sonoras, fazendo cada show transportar as canções para um nível de unidade cada dia mais claro. Hoje ouço o álbum, assisto ao DVD e vejo com clareza que conseguimos atingir intimidade com “Guelã”.
Como foi o processo de direção do DVD com a Lua Leça?
Gadú: Foi absolutamente claro entre a gente. Lua está no processo criativo de “Guelã” desde o início. Sabe o show de cabo a rabo com detalhes captados pelos olhos de quem observa. “Guelã” é um trabalho caseiro que não poderia deixar de ser. Nasceu em casa e continuará sendo assim. Lua soube transportar as câmeras pelo olhar dela, atenuando coisas que nem sempre se observa quando está na plateia ou até mesmo no próprio palco.
Você já anunciou também que esse trabalho ao vivo é o fechamento de um ciclo. O que vem por ai na sua carreira? Podemos esperar um novo álbum em breve?
Gadú: Um álbum pra 2018 está em meus planos. Pretendo entrar em processo criativo quando a tour acabar, fazer algumas imersões e residências artísticas. Tudo à moda antiga. Tenho amigos escritores e artistas plásticos que ainda preservam esse momento especial de residir em algum lugar em busca de desconforto (mental) e novas experiências, onde o preparo do novo trabalho passa por um processo de auto conhecimento e de aprendizado. Não pretendo nunca fazer algum trabalho paliativo, apenas pra cumprir função de conteúdo, com medo de esquecimento, geladeiras, ostracismo. Quero fazer música.
Você esteve nos Estados Unidos recentemente, para vários shows. Como foi a recepção do público lá fora?
Gadú: Foi muito legal. Já havia feito alguns concertos com uns amigos por lá. Havia uma demanda reprimida, acho, porque fazia realmente muito tempo que não ia. A recepção foi amorosa.
Quando se trata de parcerias musicais, você tem uma lista bem extensa de colaborações muito legais que rolaram nesses anos de carreira, como Caetano Veloso, Tiago Iorc, Ana Carolina, Chitãozinho e Xororó, e por aí vai. Com quem você gostaria de fazer uma parceria hoje em dia?
Gadú: Nossa! Tanta gente! Geraldo Azevedo, João Bosco, Karina Buhr, etc.
Quais bandas e artistas você tem ouvido ultimamente?
Gadú: Tenho ouvido o álbum “Cantoria 2” com Geraldo Azevedo, Vital Farias, Xangai e Elomar, Mariana Aydar, The XX e Gilberto Gil.
Em maio, você vai participar do Festival Bananada, em Goiânia. Está animada? O que os fãs podem esperar deste show?
Gadú: Animadíssima. Muito legal poder participar de um festival com tanta representatividade. Vamos apresentar “Guelã”, meu último álbum e também músicas antigas com nova roupagem.
Qual a melhor e a pior parte de estar na estrada, em turnê?
Gadú: Melhor parte é a parceria com meus amigos que compõe nossa equipe, chegar na cidade e rever ou conhecer pessoas. Pior parte é alimentação. Às vezes, com horários trocados, ficamos reféns de fast food.
Tem alguma música que é sua preferida de tocar ao vivo? Qual?
Gadú: Ultimamente tenho gostado de “Lounge” e “Há”.
Gostaria de deixar um recado para seus fãs?
Gadú: Deixo sempre um beijo carinhoso e a esperança que nos veremos em breve!
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