A banda inglesa Metronomy veio ao Brasil, onde realizou shows neste sábado (07) em São Paulo, e ainda passa por Curitiba, na Ópera de Arame. A turnê é para divulgar o novo disco “Metronomy Forever” que foi lançado em setembro de 2019 e contou com singles como “Lately“.
Conversamos com Joseph Mount (voz, teclado e guitarra), e Oscar Cash (backing vocal, teclado e saxofone) sobre a vinda ao Brasil e a produção do novo disco. Confira!
Entrevista por Camila Gallate.
——————————————- Leia a íntegra:
Vocês já vieram ao Brasil anteriormente para o Lollapalooza e agora fazem shows solo. Como tem sido a experiência?
Joseph e Oscar: Sim, é quinta vez que nós viemos ao Brasil. E o Brasil é o um desses lugares incríveis que eu não sei se teria a oportunidade de conhecer se não fosse pela banda.
O fãs brasileiros são conhecidos por serem muito entregues. Como vocês tem sentido essa relação?
Joseph e Oscar: A primeira vez que viemos já foi muito incrível e empolgante, e os fãs eu sinto que vieram muito com a popularização do MySpace. E desde então tem sido muito especial, nós realmente amamos o público, são muito divertidos e generosos.
E o que vocês levam consigo desta turnê? Que mensagem carregam da viagem?
Joseph e Oscar: Quando nós viemos anteriormente foi para um festival, havia muitos outros artistas que ficamos nos mesmos hotéis, como por exemplo Marc Demarco. Mas agora somos nós que estamos aqui, então podemos tocar por muito mais tempo que tocamos no Lollapalooza, tem um novo disco para tocarmos, então é uma situação mais especial, somos apenas nós e nossos fãs. Espero trazer uma performance mais intimista.
E sobre o novo disco, a indústria da música mudou e com isso, o jeito como as pessoas consomem música. Como isso afeta no trabalho da banda, e na forma como vocês produzem e entregam música?
Joseph e Oscar: Sim, as pessoas utilizam o streaming para ouvir música, não costumam mais comprar música. Mas as pessoas ainda amam muito música, e enquanto quiserem ouvir, ainda sinto que nada mudou. Talvez estejam mais interessadas em músicas ao vivo, por exemplo.
Como isso afetou na forma como você produz novos discos, ou vocês ainda sentem que nada mudou?
Joseph: Acredito que faz parte da música, como quando criaram o vinil e mudou o jeito que pessoas fazem música. Acho que a mudança é positiva. Para esse novo disco, eu o criei como se fosse uma playlist.
Que mensagem você buscou trazer com o novo álbum?
Joseph: Eu não sei se tem uma mensagem (risos). Eu acho que é sobre essa certeza para nós, de que é o que queremos fazer para o resto de nossas vidas. Isso é o que podemos fazer. E é um momento de reflexão sobre como a música é o que fazemos e sempre será. É sobre um momento especial, então acredito que seja sobre essa percepção de que isso é o que eu faço e não somos só uma banda do hype. Nós temos muita sorte de ser considerados uma banda legal e não simplesmente desaparecermos e nos tornarmos uma banda de meia idade.
Em uma entrevista você (Joseph) disse escutava muito grunge e punk na adolescência, e bandas como Nirvana, Green Day, Weezer foram uma influência. Você busca sempre alguma nova inspiração para compor um novo álbum? Como é o processo de produção?
Joseph: Quando eu estou escrevendo uma nova música eu realmente sinto isso. Muitas bandas quando ensaiam, costumam gravar e a partir daí desenvolvem o som. E nós gostamos disso, porque soa muito bem, mas tomamos a decisão de não fazer mais isso. Só performaríamos e acho que é aí que trazemos uma influência mais grunge. Então toda noite é diferente, uma nova experiência.
Você gostaria de gravar com algumas dessas bandas? Além do Nirvana, claro!
Joseph e Oscar: O Green Day veio de uma banda punk bem presente e se tornaram uma banda de rock de meia idade bem estabelecida. Mas não sei se seria estranho gravar com eles (risos). Talvez uma colaboração, mas acho que eles estão mais no mundo pop. Acho que seria muito divertido conhecer o Weezer, talvez!
E tem alguma mensagem que vocês querem deixar para os fãs brasileiros?
Joseph e Oscar: Eles vão receber muitas mensagens de nós (risos). Talvez eu tenha esquecido minha escova de dentes! (risos). Mas acho que queremos voltar para mais festivais. Nós realmente amamos vir pra cá, e sempre que nós viemos para cá nós sentimos uma conexão muito boa com o lugar. Eu gostaria de vir pra cá de férias também, então talvez a mensagem seja, me empresta uma casa (risos) ou recomendações de lugares!
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