A banda indie Post-Modern Connection possui membros de diversos países e culturas diferentes: Nigéria, Líbano, Taiwan e Canadá. Eles começaram em 2017 e no mês passado divulgaram a faixa “Drowning”, acompanhada de videoclipe.
A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com o vocalista Tega sobre o novo single, as influências da banda e também sobre o conhecimento deles em música brasileira.
Entrevista por Marina Moia.
—————————————- Leia a íntegra:
Olá! Obrigada por falarem com a Nação da Música! Como vocês descreveriam a Post-Modern Connection para alguém que está conhecendo a banda? Quais são suas maiores influências atualmente?
Tega: Obrigado você por falar com a gente! Somos todos uma estranha mistura de coisas, então não espere uma vibe em particular [risos]. Somos fortemente inspirados por Soul e R&B, mas também por Jazz, como a maioria das bandas indie, e somos inspirados por outros músicos indie.
Nós gostamos de tocar com sons estranhos de sintetizadores e temos muitas tendências psíquicas. Para realmente nos conhecer, você teria que ouvir um pouco da música que gostamos. The Districts, Cosmo Pyke, Alabama Shakes, Nick Hakim, The F16s, Hot Flash Heat Wave, Summer Salt, Se So Neon, Hyukoh, HONNE e a lista continua!
Os membros da PMC vêm de diferentes países. Como essa junção cultural influencia o trabalho da banda?
Tega: Acreditamos que o fato de que todos nós termos sido criados em lugares de culturas dominantes bem diferentes nos ajuda porque nós trazemos uma perspectiva diferente para a música e como boa música deve soar. Realmente nos permite que tenhamos a mente aberta para sons diferentes. Também afeta qual conhecimento musical nós trazemos para a mesa. Alguns de nós são tecnicamente treinados, estudaram jazz e tudo isso, então são capazes de colocar tudo numa perspectiva técnica. E alguns de nós não, então trabalhamos puramente na vibe que estamos tentando criar.
Vocês acabaram de lançar “Drowning”! O que pode nos falar sobre o processo criativo desta música e também sobre o videoclipe?
Tega: Ah sim! “Drowning” foi escrita no ano passado. Começou comigo sendo inspirado por “Old Friends” do Pinegrove, “Gutter Girl” do Hot Flash Heat e algumas outras músicas. Uma vez que a vibe foi decidida, ele fez o refrão com aquele padrão swing/doo wop. A vibe da música tem um papel importante. Porque é bem “swingy” e melancólica e realmente destaca o fluir das letras e combina com o que Tega canta.
A música inteira foi literalmente construída para fazer você sentir como se estivesse flutuando ou num barco que está balançando gentilmente [risos]. Nós geralmente não fazemos músicas com a ideia de “é assim que queremos que as pessoas se sintam quando ouvirem”, nós geralmente fazemos músicas com a ideia de “é assim que eu espero que você se sinta e eu espero que você entenda”. Então isso faz com essa música seja única neste sentido.
A direção do vídeo pode ser atribuída ao diretor [Teaghan McGinnis]. Ele surgiu com o conceito. É realmente uma coleção de cenas poderosas versus uma grande história. Tem um tema central! Fazer o vídeo foi divertido. Nós tivemos um longo dia com cerca de 10 a 13 pessoas no set, o que é o maior que já tivemos! O diretor se inspirou muito em técnicas de câmera old school e conceitos de vídeo peculiares [risos]. Bem Wes Anderson/The Districts.
Como é lançar música nova neste período em que estamos vivendo? A quarentena afetou a música de vocês de alguma maneira?
Tega: Tem sido interessante! O lançamento foi bom! Nós não planejamos, mas parece que se encaixa nos tempos em que estamos vivendo [risos]. É um momento estranho porque as pessoas pensam “oh então todo mundo está ficando em casa então eles provavelmente escutam mais músicas”. Mas isso não é necessariamente verdade e estamos bem preocupados em nos perdemos no barulho. Com tudo que está acontecendo, lançar algo parece mais uma distração do que um lançamento.
A quarentena não afetou tanto a nossa música. Agora nós finalmente temos tempo para finalizar todas as nossas demos! [risos]. Nós não fizemos tantos shows, mas tudo bem porque não estávamos planejando muitos porque temos muito a escrever ainda.
Para alguém que nunca assistiu ao shows de vocês, o que essa pessoa pode esperar?
Tega: Pode esperar muitas bolhas! Nós amamos bolhas [risos]. Nossos shows ao vivo possuem uma energia muito maior do que a maioria espera porque somos muito melancólicos nas gravações. Mas quando tocamos, nós nos perdemos na vibe! Nós tentamos relaxar e nos divertir. Você talvez até veja algumas pessoas dançando. Você com certeza pode esperar brincadeiras no palco. Nós todos temos certos níveis de nervosismo quando se trata de falarmos, o que é engraçado, porque quando se trata de tocar, não temos problemas.
Um álbum estaria no planos da banda? O que podemos esperar do futuro da PMC?
Tega: Talvez não um álbum ainda, mas vamos começar a trabalhar no nosso primeiro e segundo EP! Nós esperamos lançar o primeiro no ano que vem. Temos muitas músicas diferentes que nós estamos tentando finalizar. Mas antes, temos um projeto divertido em que estamos trabalhando e que lançaremos muito em breve! Junto com mercadoria da banda!
Vocês conhecem música brasileira? Se sim, quais artistas e bandas?
Tega: Nós conhecemos algumas! Nosso amigo nos apresentou a Flerte Flamingo uns anos atrás e desde então fomos sortudos de conhecer caras como Chico e o Mar, Qairo, Anemone, The Baggios e Trombone de Frutas, que realmente gostamos.
Gostariam de mandar um recado aos fãs brasileiros?
Tega: Obrigado por ler e ouvir a nossa música! Significa muito para nós que fizemos alguns fãs de verdade foram da nossa bolha. Pessoas como vocês são as melhores! E espero que algum dia em breve a gente vá ao Brasil!
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