No começo do mês, Rodrigo Alarcon liberou o seu primeiro EP da carreira, intitulado “Parte”. Com um total de sete faixas, o cantor traz colaborações com Liniker e os Caramelows e Renata Éssis.
A Nação da Música conversou com Rodrigo sobre como foi o processo de criação deste trabalho de estreia, como surgiram as colaborações e as amizades com Liniker e Renata e também sobre o show de estreia do EP.
Entrevista por Marina Moia
——————————— Leia a íntegra:
Gostaria de perguntar primeiro sobre seu novo EP “Parte”. Como foi o processo criativo deste trabalho? Como foram os momentos em estúdio?
Rodrigo: Grande parte das minhas canções eu escrevo com coisas que eu vivo ou presencio, então o processo foi de compilar o que eu acho que valeria a pena contar naquele momento, o que seria verdadeiro naquele momento da gravação pra mim.
Como essas músicas eu vinha escrevendo desde 2015, foi um processo de seleção. Tinha um monte de música e a gente foi escolhendo, junto com o Fábio Gomes, que é o produtor. Fomos escolhendo a dedo mesmo quais seriam as faixas que entrariam e como a gente contaria essa história, que é todo esse processo de como eu me descobri como artista na verdade. “Parte”, antes de ser um EP”, era um “não-projeto” que eu tinha numa página do Facebook onde eu postava poesias e onde eu postei pela primeira vez “O Lado Vazio do Sofá”, que mudou a minha vida [risos].
Foi todo esse processo de transformação do “Parte”, que antes eu achava que era uma parte de mim, mas agora é Parte no imperativo mesmo, de “vai, vai pro mundo! Deixa nascer, deixa fluir”. Porque foi um grande susto que aconteceu em 2015 quando uma música minha viralizou na internet e eu falei “caraca, e agora, o que eu faço?”. Vamos trabalhar! E ir pra cima, entendeu?
Recentemente foi lançado o aguardado clipe de “Amor Acidente”, com a Liniker. Como surgiu essa colaboração entre vocês?
Rodrigo: Uma vez eu fui tocar um pocket show que a Liniker e os Caramelows tocariam. Eu fiquei muito feliz, muito empolgado porque eu sou muito fã. E aí no camarim a gente descobriu que era vizinho e desde então eu comecei a frequentar a casa. Ela me chamou pra conhecer a Renata Éssis, que na época morava com ela também e que faz participação no EP.
Nessa época a gente se conheceu e eu toquei a música um dia, vi que ela gostou, porque ela pediu pra repetir e fez uns improvisos junto comigo. Só que a música nem tinha sido escolhida pro EP ainda, eu só tinha escrito. Quando ela entrou pro repertório, eu pensei “poxa, vou convidar, vai que sim né?!”. E aí aconteceu!
Gravar com a Liniker é uma honra. Ela é uma das maiores vozes do Brasil e não tenho como eu estar mais feliz e mais satisfeito e mais empolgado com o resultado de tudo. Está incrível.
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Como foram as gravações do clipe? Você gosta de participar bastante da parte criativa também?
Rodrigo: Eu sou designer, então tento acompanhar de perto tudo que for visual além de musical, porque acho que é essencial pro meu trabalho. Sempre acompanho de perto e quero participar de tudo que for possível.
Gostei muito de trabalhar com o pessoal do Estúdio Primavera, que fez o clipe, com Margherito, com a Paty. Além de todo o pessoal do figurino, o Leopoldo, a Suy da maquiagem, todo mundo que trabalhou lá foi muito incrível. Eu gosto sim de estar bem perto do trabalho. Acho que não tem como um artista transmitir verdade sobre o seu trabalho se ele não acompanhar de perto. Então eu gosto de estar dentro desse ambiente.
Além da cantora Liniker, “Parte” também traz Renata Éssis. Como foi fazer essa parceria?
Rodrigo: Eu conheci a Renata Éssis porque ela falou que queria fazer backing vocal pra “O Lado Vazio do Sofá”. A primeira coisa que ela falou pra mim foi “quero fazer backing vocal pra essa música!”. E aí uma grande amizade se criou, eu tenho o privilégio de chamá-la de amiga.
Foi um processo fácil. A gente vivia um na casa do outro conversando, tocando, então quando chegou na hora de gravar foi fácil, foi tranquilo, foi gostoso demais. Trabalhar com a Renata é muito bom.
Quais artistas e/ou bandas mais tem ouvido atualmente? Pode nos falar quais nomes mais te inspiraram na hora de conceber o EP de estreia?
Rodrigo: Eu tenho me dedicado muito a ouvir coisas novas e procurar artistas novos e a não ficar preso numa coisa só. Toda vez que eu percebo que estou ouvindo uma coisa só, eu vou fuçar e procurar artistas relacionados de artistas relacionados nas plataformas de streaming e chegando cada vez mais longe onde eu nunca imaginei que fosse chegar. Seja música latina, música brasileira, música americana. Eu gosto muito de descobrir coisas novas.
É óbvio que algumas se repetem. O que eu gostei muito ultimamente e tenho escutado bastante é Gorillaz, acho muito bom, e Wolfpack, que é uma banda que eu não sei muito bem a origem, mas vale a pesquisa pra todo mundo porque eles são muito bons e fazem um groove muito legal.
Pra EP, tudo que eu escutei na minha vida veio à tona ali. Não consigo enumerar os artistas que foram essenciais pra isso. Óbvio que alguns artistas foram essenciais e até se você escutar os arranjos, você percebe muito da influência, tipo Chico Buarque, em “Amor Acidente” por exemplo. Tem influências de rock que eu vim de um passado do rock, então se pegar “Sinusite”, aquela parte das guitarras distorcidas, acaba trazendo um pouco disso também.
A EP é uma grande mistura de tudo que eu escuto, de tudo que eu vinha escutando naquele momento, e acho que isso tem que ser preservado ao longo da carreira para que tudo soe verdadeiro.
No dia 09, aconteceu o show de lançamento de “Parte” em São Paulo e imagino que tenha sido muito incrível se apresentar. Como foi o show pra você?
Rodrigo: O show foi incrível, não poderia ter sido melhor. Eu fico muito feliz de ter visto a quantidade de pessoas que foi e a altura que as pessoas cantaram. Pra mim é surreal, como artista independente, enxergar o trabalho andar da forma como ele está andando, ver as pessoas gostarem, receber o feedback de todo mundo.
Poder trocar experiências de palco com artistas tão incríveis; a participação da Liniker, da Renata e do pessoal do Abacaxepa. Sempre uma honra, uma responsabilidade imensa, mas que é muito bom e muito gratificante poder trocar essas experiência com eles em cima do palco.
Pra mim foi uma experiência incrível que não poderia ter sido melhor. Espero que cada vez mais pessoas compareçam para que sempre o próximo show seja ainda melhor do que o anterior. Deixo aqui o convite pra quem quiser vir, por favor, e aparecer no próximo show.
Quais são os seus planos para 2019? Onde poderemos ver e ouvir Rodrigo Alarcon?
Rodrigo: Lançar as coisas no tempo certo, sem afobação, tudo tem seu tempo. Mas será um ano de muitas novidades, quero tocar! Você pode me ver nos meus shows, se quiser, e ficar de olho na agenda, nas redes sociais, que é Rodrigo Alarcon Oficial em basicamente todas. Podem me seguir lá tanto pra acompanhar meu trabalho e saber das agendas, quando eu vou estar passando por tais cidades e nas plataformas de streaming. Joga “Rodrigo Alarcon” lá, salva, compartilha, manda pro amigos e vamos fazer esse 2019 ser muito bom e muito melhor que 2018, que já foi um ano incrível.
Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Rodrigo: Se eu posso deixar algum recado pros leitores da Nação é que nunca ache que a música chegou no limite dela. Nunca subestime o poder que a música tem e pesquise sempre coisas novas. Tem muita coisa acontecendo. A música brasileira e mundial é fenomenal, então a gente não pode ficar refém e escutar só aquilo que mostram pra gente. Pesquisem! Vamos viver! E outra coisa: vamos consumir artista vivo. É isso, valeu! Obrigado gente, obrigado Nação!
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