Entrevista: The 1975 revela expectativas para novo álbum e shows no Brasil

the 1975

Essa é a primeira vez que a banda inglesa The 1975 pisará em solo brasileiro para dois grandes shows em São Paulo: o primeiro no Lollapalooza, dia 25 de março, e depois no Audio Club, no dia 27. A apresentação, que aconteceria em setembro de 2016, foi adiada por conta do festival e deixou os fãs ainda mais animados pela presença da banda.

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A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com um Matty Healy bastante animado e na expectativa de conhecer um pouco mais sobre o nosso país. O vocalista também fez algumas revelações sobre o próximo álbum da banda.

Entrevista feita por Maria Victoria Pera Mazza e perguntas de Andressa de Oliveira

————————————————————————————————————— Leia a íntegra

Falta pouco para o The 1975 se apresentar no Brasil. Temos certeza que o público está esperando muito por isso. Como vocês estão se sentindo por tocarem aqui pela primeira vez?
Matty: Muito animados! Nós nunca estivemos na América do Sul e vai ser maravilhoso.

Vocês vão se apresentar no Lollapalooza, mas também vão fazer um show solo. O que vocês esperam dessas experiências?
Matty: Realmente não sei. Ouvi dizer que o público brasileiro é bem intenso, então, imagino que será assim nos dois shows. Eu prefiro não ter muitas expectativas quando vou para algum lugar, sei que vai ser muito bom e é o que esperamos.

O Lollapalooza é um festival cheio de diversidade musical. Tem algum show que vocês gostariam de assistir nesta edição?
Matty: Sim, claro! Mas, na verdade, eu não sei muito bem quem vai tocar. Eu sou bem ruim pra essas coisas, sabe? Poderia me dizer quem são os headliners?

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Tem Metallica, The Strokes, The XX, The Weeknd…
Matty: Vou querer assistir The XX, eu amo a banda!

O mais recente álbum do The 1975, “I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful Yet So Unaware of It”, se difere do disco de estreia de várias formas, tanto na temática, como musicalmente. Como foi o processo de produção e composição desse disco?
Matty: Foi longo. Quero dizer, nós demorar um tempo, nós os escrevemos enquanto estávamos na estrada. Eu não diria que foi difícil, mas você nunca sabe o que esperar dessa experiência criativa, ainda mais estando em turnê. A gente não tinha muito tempo de se importar 100% com aquilo. Mas foi divertido.

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Já existem comentários sobre um próximo álbum. Vocês pretendem também fazer uma grande mudança?
Matty: Assim que a gente terminar a turnê do segundo álbum, vamos começar a focar mais nesta produção. Nós anunciaremos muitas informações sobre o terceiro álbum em breve. Este terceiro trabalho será muito importante para a história da banda. As pessoas saberão que estamos trabalhando nele e saberão que ele é bom, então, iremos falar mais sobre ele ao longo do ano.

Do início de sua jornada como banda até os dias de hoje vocês tiveram grandes transformações – e acredito que também aprenderam muitas coisas. Vocês começaram fazendo covers e hoje têm um estilo definido como pop rock, indie rock, etc. O que os levou nessa direção?
Matty: Sabe que eu nunca pensei muito nisso? Nós somos dessa geração da internet, então, nós nunca sentimos muito essa necessidade de rotular um estilo, dizer que você é um tipo de banda ou um tipo de artista. Nós crescemos em uma concepção diferente que outras gerações musicais cresceram. A gente acaba que nem liga muito sobre a nossa categorização, apenas em fazer a nossa música.

O que você conhece sobre a cultura brasileira?
Matty: O que eu sei sobre o Brasil? Bom, eu sei que vocês falam português (risos), eu sei que vocês têm um churrasco muito bom, sei que vocês são muito bons no futebol, que as pessoas aí são muito legais. Então, eu sei as coisas que as pessoas contam e, às vezes, elas fazem até comentários ignorantes. É horrível, eu sei. Pra ser honesto, eu não conheço muita coisa sobre a cultura brasileira em si. Mas é bom também não saber muito sobre os lugares que eu vou, quando eu chego acabo aprendendo muita coisa.

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E você sabe alguma palavra em português?
Matty: Não. Eu sei falar um pouco de espanhol, mas o português mesmo eu não consigo. Eu sei que eles são até meio que similares, mas eu realmente me confundo ao tentar falar português.

Recentemente,  você comentou em uma entrevista que gostaria que as pessoas olhassem os discos da banda e os considerassem como os melhores álbuns lançados naquela época. Como vocês esperam criar esse legado com The 1975?
Matty: Eu não sei, gostaria de sabe também (risos). Mas acho que você encontra um tempo em que se encaixa. E acho que esses três álbuns que vão completar a nossa carreira agora fazem isso. Não sei como as pessoas se sentem a respeito disso, mas espero que eles se tornem importantes para uma boa parte dessas pessoas da nossa geração. Se eles se tornarem importantes para todos os tipos de pessoas, jovens, gays… Estaremos criando um legado. Então, essa é a nossa intenção.

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Por que as pessoas deveriam assistir ao show de vocês no Lollapalooza?
Matty: Nós somos uma ótima banda! Bom… Essa é a razão (risos).

Gostaria de deixar algum recado para os seus fãs brasileiros e leitores da Nação da Música?
Matty: Nós estamos muito animados para ir ao Brasil. Nós tentamos ir algumas vezes, mas não deu certo. Vai ser muito bom encontrar com os fãs e com certeza será divertido.

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Maria Mazza
Maria Mazza
Formada em jornalismo, considera a música uma de suas melhores amigas e poderia facilmente viver em todos os festivais. Bandas preferidas? McFLY e Queens of the Stone Age.