Entrevistamos Viktor Murer sobre primeiro single solo “Raiz”

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Com exclusividade para a Nação da Música, o músico Viktor Murer acaba de lançar nesta quarta-feira (27) o lyric video de seu mais novo single, “Raiz”. Você pode assistir ao resultado no final deste post!

A faixa antecede o lançamento do seu primeiro EP “Verdades Cítricas”, que será divulgado no dia 10 de abril e conta com mais duas músicas. Viktor fez parte da banda Trankera e agora se aventura em carreira solo.

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A Nação da Música conversou com Viktor Murer sobre a estreia de “Raiz”, a produção do novo EP e também sobre influências e parcerias musicais.

Entrevista por Marina Moia.

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———————————– Leia a íntegra:
Imagino que esteja muito animado com o lançamento de “Raiz”! Fala pra gente sobre a faixa? Como foi o processo de criação e gravação?
Viktor:
Raiz é uma das minhas composições que mais gosto. Eu a compus primeiramente apenas com voz e violão, em 2016, quando dividia um apartamento com uma amiga na Praça Roosevelt, centro de SP, e me lembro que a melodia se manteve a mesma até hoje. Quando decidi lançar meu primeiro EP solo inclui Raiz na lista de músicas que integrariam o “Verdades Cítricas” e apresentei ao Gabriel Olivieri (produtor do disco), ele me sugeriu que seria interessante escrever algumas linhas de teclado/piano, e assim o fiz, basicamente chegando ao resultado que vemos hoje com a música lançada.

A música foi inteiramente gravada no Cavalo Estúdio e totalmente produzida pelo Gabriel Olivieri, que foi o responsável por escrever a bateria, o baixo, e  deu cara a a introdução do som.

A música vai ganhar videoclipe? Já tem algo definido e/ou que possa nos contar?
Viktor:
A música vai ganhar videoclipe sim! O lyric video vem antes, ainda não contamos com uma data certa. Mas posso adiantar que os responsáveis pela produção e direção de arte serão Keops e Raony de Andrade (Medulla), grandes amigos que me aconselham e me auxiliam em várias decisões que tomei no meu caminho até aqui.

O EP “Verdades Cítricas” também está pertinho de ser lançado. Como foi a escolha das músicas que entraram no trabalho? E como você descreveria esse EP?
Viktor:
Pra mim o “Verdades Cítricas” é um pequeno disco de rock orientado para adultos e semi adultos. As verdades são cítricas, pois podem ser doces ou azedas, como a doce paixão retratada em raiz e o amargor de algumas verdades que carregam sentimentos adversos, as vezes mais mastigadas como em “Enjaulados em Si”, ou mais agressivas como em “Vida Longa”.

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A escolha não foi fácil, era pra ser um EP mais longo, porém como todas as músicas desse disco são extremamente pessoais e sentimentais ficou difícil de lançar tudo, pois algumas situações retratadas no som eu já não conseguia ver na realidade, coisa minha mesmo. Mas no fim estou feliz com o conjunto, acho que as 3 músicas juntas estão conseguindo fechar a conta do significado desse EP pra mim.

“Verdades Cítricas” foi produzido por Gabriel Olivieri. Como foi trabalhar com ele neste EP?
Viktor: 
Trabalhar com o Gabriel Olivieri nesse EP foi incrível. Além da excelência técnica que ele possui, dividimos vários pensamentos e posicionamentos com relação a forma como cenário underground se desenrola em SP. Conheci ele num show onde a primeira frase que ele soltou antes de começar a tocar basicamente resumia toda a existência da Trankera, que tocaria ali no mesmo palco umas duas bandas depois. Nessa época a gente já se esbarrava, mas a partir desse dia começamos a nos aproximar. Foi a primeira vez que os dois assistiram os projetos um do outro ao vivo, e pelo jeito ambos gostaram do que viram [risos].

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Comecei a ensaiar no Cavalo Estúdio, com a Trankera mesmo, e em algum momento veio a ideia de lançar meus sons pessoais, tinha o objetivo de lançar um projeto mais focado no som mesmo, não na energia e no humor. Apresentei as músicas com voz e violão para ele sacar a ideia, e ele topou entrar nessa.

Ano passado, você fazia parte da banda Trankera. O seu trabalho solo traz algo da banda? Tem alguma influência?
Viktor: 
Eu sempre digo que a Trankera não é e nunca quis ser uma banda digital, o negócio era o ao vivo mesmo. A única coisa que vem da Trankera nesse projeto é o parentesco dos dois front mans, o Vitão da Trankera é um personagem caricato, que o tempo inteiro no palco trazia o lado irônico/sarcástico/humorístico a tona. O Viktor Murer no palco é o Megazord formado por um primo distante desse Vitão Trankera (mais “chato”, que escuta Ed Motta e Cassiano tomando um aperitivo de papete) junto aos músicos convidados para incorporarem a banda.

Falando em influência, quais artistas e bandas que você mais ouve e se identifica?
Viktor: 
Tem um tempo que eu escuto quase que sagradamente alguns discos do Ed Motta, os álbuns “A.O.R” e “Criterion of the Senses”. Escutei muito também o “Cedo ou Tarde” do Cassiano durante o ano passado e o “6 Feet Beneath the Moon” do King Krule. Ressaltando que não tive essas obras como influência direta ou referência para escrever os sons do “Verdades Cítricas”. Não tenho esse costume quando vou escrever, vou meio deixando rolar, claro que uma coisa ou outra entra por osmose e a gente acaba nem percebendo.

E com quem você gostaria de fazer uma colaboração musical no futuro?
Viktor: 
Acho que faria bastante sentido fazer algo com o Novato (Raça). Gosto muito da sensibilidade das letras dele, vem lá do fundo. Falo com propriedade pois somos amigos há um bom tempo; eu ele e o Thiago Barros (Raça)  temos uma empresa de confecção juntos e ele ta na formação da banda pros primeiros show desse meu trabalho de estreia. Há umas semanas comentamos um com o outro que nunca sentamos para escrever/produzir nada juntos, e que seria interessante testar algo. Vai que sai coisa boa.

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Gostaria de mandar um recado aos leitores da Nação da Música?
Viktor:
Espero que gostem de “Raiz”, faixa que estreia meu projeto solo. Se gostou ótimo, se não, volte a ouvir depois de sair daquele primeiro encontro que dá vontade de jogar tudo pra cima [risos]. Talvez faça mais sentido.

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.