A Warped Tour já acabou, mas a Young Guns ainda tem muito trabalho para os próximos meses. No dia 16 de setembro, a banda britânica lançará seu quarto álbum de estúdio, “Echoes”. O Nação da Música conversou com o vocalista da Young Guns, Gustav Wood, que falou sobre a diferença do Rock nos Estados Unidos e na Inglaterra, sobre o novo álbum e também sobre a vontade da banda vir ao Brasil.
Perguntas por Rafael Strabelli e Marina Moia, tradução por Karen Davidson e entrevista feita por Veronica Stodolnik.
—————————————————————————————— Leia a íntegra
O que estão achando da Warped Tour até agora?
Gustav Wood: Estamos gostando muito. É a nossa primeira Warped Tour e a gente sempre quis fazer parte dela, mesmo sem saber como seria essa nova experiência, nova turnê. Os shows estão sendo demais, o público é muito legal, fizemos vários amigos de outras bandas. É a melhor turnê que já fizemos.
Vocês conseguiram ver os shows de outras bandas?
Gustav Wood: Sim, vários! Acho que essa é a parte mais legal da Warped, dá pra conhecer muita banda nova, música nova. Fizemos amizade com os caras do The Word Alive, Crown The Empire. Dividimos o ônibus com o Cane Hill. Os caras do Sleeping With Sirens são demais. Várias bandas incríveis.
Vocês vão lançar um álbum novo, “Echoes”, como foi o processo de criação?
Gustav Wood: Foi ótimo, bem rápido. Escrevemos em oito semanas, gravamos em cinco. Mas foi bem diferente, porque o nosso último álbum, “Ones and Zeros”, demorou dois anos pra ficar pronto, já que a gente estava em turnê e escrevendo ao mesmo tempo.
Foi muito divertido, foi o nosso primeiro CD com o novo baterista. E foi bem espontâneo e gravamos músicas que são importantes pra gente, então estamos felizes. Às vezes, você escreve uma música, grava e põe no CD. Aí, dois anos depois você ainda curte, mas não é mais novidade. E o CD novo é uma novidade completa, então estamos super animados.
Estão tocando alguma música nova na Warped?
Gustav Wood: Sim, duas.
Vocês lançaram alguns clipes recentemente, pretendem lançar outros?
Gustav Wood: A gente lançou o clipe de “Bulletproof”, que é o primeiro single. E gravamos o outro na Warped, pra uma música chamada “Mad World”, que vai sair em algumas semanas. Depois disso, o álbum já vai ser lançado e vamos fazer outros clipes.
Vocês se inspiraram em algum artista pra escrever esse álbum?
Gustav Wood: Essa é uma pergunta difícil. Como fãs de música, a gente escuta e absorve muita coisa, mas fazemos um grande esforço pra não passar isso conscientemente pras nossas músicas. Nós tentamos não fazer isso, pra criar nossa própria identidade.
Fomos inspirados por filmes, livros, mas evitamos a inspiração vinda de outras músicas.
E como foi trabalhar com o produtor David Bendeth nesse álbum?
Gustav Wood: Foi ótimo, muito bom. Ele é bem desafiador, ele faz você se esforçar para fazer o melhor que pode. Foi difícil, mas os resultados valeram a pena.
Qual é a maior diferença entre o Rock da Inglaterra e dos Estados Unidos?
Gustav Wood: Acho que o tamanho dos Estados Unidos tem uma influência na diferença, é bem mais difícil alcançar todo mundo aqui. Exige muito mais trabalho e dedicação, mas a recompensa é incrível, porque aqui pode ter muito mais gente que gosta da sua música. E também tocam mais Rock no rádio aqui, não temos isso na Inglaterra. Existe Rock na Inglaterra, mas não desse jeito.
Quando você começou a escrever músicas, pensou que um dia viajaria o mundo em turnê?
Gustav Wood: Não! Ainda não acredito. Eu estou aqui, vendo tudo isso, no calor, esperando a chuva cair, e é um universo paralelo, mas sinto que me encaixo aqui. Sou muito grato por isso, eu não quero e nem saberia fazer outra coisa.
E quais são os planos da banda depois da Warped?
Gustav Wood: Vamos pra casa daqui três semanas, passamos umas duas ou três semanas lá, promovendo o CD, e aí voltamos pros Estados Unidos pra participar de uns festivais de rádio, fazer alguns shows, e vamos estar aqui no lançamento do álbum. Aí em setembro, voltamos pra Inglaterra, e em novembro, voltamos pra cá.
E têm planos de visitar o Brasil?
Gustav Wood: Estou desesperado pra ir ao Brasil. Já tentamos fazer isso acontecer duas vezes, e alguma coisa sempre dá errado no meio do processo.
Há três anos, estávamos quase indo pra um festival e o promoter desapareceu com o dinheiro. Foi muito frustrante e todo mundo ficou bravo. Mas acreditem, a gente quer muito ir. Vamos tentar de novo no ano que vem.
É, os fãs brasileiros são bem intensos…
Gustav Wood: Sim, recebemos tantas mensagens pedindo pra gente visitar o Brasil! Fico impressionado que conhecem a gente lá, e quero muito visitar. A esposa do meu irmão é brasileira, então eu conheço um pouquinho da cultura, e seria um privilégio aprender mais sobre o país.
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