Entrevistamos Jamie Cullum sobre disco “The Pianoman At Christmas”

Jamie Cullum
Foto: Reprodução / Facebook

Na próxima sexta-feira (20), o cantor Jamie Cullum estreia o primeiro disco natalino da carreira, com músicas totalmente originais. O trabalho foi mixado e produzido por Greg Wells, responsável por “The Greatest Showman”, e gravado no clássico estúdio Abbey Road.

A Nação da Música conversou com Jamie Cullum sobre o novo disco festivo “The Pianoman At Christmas”, a inspiração por trás do trabalho, as gravações no Abbey Road e também sobre o amor do cantor pelo Brasil.

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Entrevista por Marina Moia

————————– Assista ao vídeo da entrevista (com legendas!):

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————————– Leia a íntegra:
Eu estava ouvindo o novo álbum esta manhã e mesmo eu estando no Brasil e está muito calor lá fora, parecia que eu estava vendo a neve cair e que eu estava num daqueles filmes de Natal que assistimos todos os anos. Como surgiu a ideia de lançar um álbum festivo?
Jamie Cullum: Bom, eu tive essa ideia de fazer o álbum natalino há um tempo e a minha esposa também estava me encorajando a fazer isso. Mas eu acho que a ideia realmente tomou vida quando eu decidi que faria um álbum festivo com apenas músicas originais. Mas com esse sentimento atemporal, elegante… Como referência a alguns dos discos natalinos que eu sempre amei como Nat King Cole, Ray Charles, Tony Bennett, sabe, todo mundo desta era clássica.

Sabe, existem muitos discos natalinos, alguns ótimos modernos que foram lançados, mas ou são apenas covers ou são músicas pop modernas. Acho que isso foi algo que eu decidi fazer que poderia ser novo e um pouco diferente e eu senti que foi algo corajoso a se fazer. Porque parte da alegria das músicas natalinas é que elas são muito familiares e parece que ouvimos as mesmas todos os anos. Então tentar agregar nisto foi realmente um desafio de compositor. Era algo que eu queria tentar fazer. E aqui estamos!

Como foi trabalhar com Greg Wells no estúdio Abbey Road? Pode nos contar sobre a experiência e o processo criativo?
Jamie Cullum: Bom, o processo criativo começou de uma maneira que eu não estava esperando. Na quarentena, em março, abril e maio deste ano, eu estava dando aulas para meus dois filhos em casa com a minha esposa estava bem quente aqui no Reino Unido e estávamos em casa, como nos mandaram ficar.

Eu estava de shorts e chinelos e escrevendo músicas num caderninho no piano na minha casa, não aqui no estúdio. Eu tenho um estúdio no jardim, mas a casa fica logo ali. E no corredor da casa, que é tipo um pequeno chalé, tem um piano assim que você entra
e eu escrevi todas as músicas ali.

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Foi bem curioso, porque estando em quarentena, uma vez que o stress do começo passou um pouco, eu de repente tinha todo esse espaço no meu lado criativo do cérebro para escrever novas músicas de uma maneira que eu não estava esperando. Eu não estava viajando, não estava de um lado para o outro, não tinha nada na agenda, sabe? Era a primeira vez em 20 anos que eu não tinha um show na minha agenda! De repente, eu tinha todo esse espaço e eu queria escrever músicas de Natal e elas simplesmente continuaram surgindo.

Minha esposa vinha e fazia comentários, me ajudava e meus filhos correndo pela casa. Foi bem romântico. E foi bem insular. Não teve influência externa de nenhuma maneira. Era apenas eu, minha esposa e meus filhos. Por isso tem esse sentimento familiar neste começo.

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E depois, como você disse, fomos ao Abbey Studios para gravar com a banda e o Greg Wells estava mixando e co-produzindo e ele teve que fazer remotamente, de Los Angeles. Trabalhar com ele é incrível. Trabalhamos juntos há 10 anos em “The Pursuit”. E depois ele foi e fez “The Greatest Showman” e agora é um dos maiores produtores do mundo.

Mas o mais importante é que apesar dele ser um grande produtor, ele é alguém que ama esse estilo de música atemporal, com grandes bandas e orquestras. Ele realmente quis trabalhar nisto, mesmo que eu não consiga mais pagá-lo, mas ele quis trabalhar comigo mesmo assim. Ele ajudou a trazer autenticidade ao som, mas também dar um toque moderno ao mesmo tempo. Espero que a gente tenha conseguido fazer algo atemporal e elegante, mas também que seja algo que pertença a 2020.

O primeiro single vai ganhar um videoclipe amanhã. Pode nos falar sobre ele?
Jamie Cullum: Ela se chama “Turn On The Lights” e é uma música que tenho certeza que você já ouviu. Esse é um vídeo em particular que foi feito durante o processo de gravação, então vocês vão poder ver a gente gravando no Abbey Road. Tem muita energia e você pode ver quantos instrumentos incríveis estão envolvidos.

Parece um daqueles clássicos vídeos com as imagens dos bastidores do disco. E em uma semana, filmamos um videoclipe com produção completa para outra música, que vocês vão poder assistir em breve.

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Eu devo parabenizar você por ganhar o prêmio Ivor Novello! Como foi para você?
Jamie Cullum: Muito obrigado! Aqui está ele! [Mostra o prêmio] Foi um grande impulso na minha autoestima! Como compositor, foi ótimo para minha confiança. Eu fiquei muito orgulhoso de recebê-lo. A votação é feita por compositores. É puramente pela música. E foi dada para uma música que não é um hit. Muitas pessoas gostam da música, mas não é como se ela tivesse sido escolhida por outro motivo a não ser pelo fato de que as pessoas que estavam votando, sentiram que esta música tinha mérito. Como alguém que quer melhorar e escrever cada vez mais músicas, foi realmente um impulso na autoestima e sou muito humilde de recebê-lo.

Você merece! Parabéns!
Jamie: Obrigado.

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Você já tocou no Brasil algumas vezes. Quais as suas memórias favoritas dos shows aqui?
Jamie Cullum: Bom, os fãs! O Brasil, como você sabe, tem fãs muito apaixonados. E eles são muito musicais também! Eles apreciam os artistas que vão além e trazem musicalidade ao palco. É pura alegria cantar para uma audiência que ama dançar e cantar e gritar! Eles realmente ouvem e amam a musicalidade no palco. É o público perfeito para mim. E eu amo ir ao Brasil! Então é uma grande desculpa para eu ir e visitar um país que eu amo tanto.

Podemos esperar uma turnê aqui quando os shows forem possíveis novamente?
Jamie Cullum: Sim, sim, sim, sim, sim, sim! Sabe, eu não tenho viajado tanto nos últimos tempos porque não gosto de viajar para longe sem a minha família porque eu sinto muito a falta deles. Mas agora as crianças estão mais velhas e é mais fácil de transportá-los. Espero ir com a minha família toda numa próxima turnê no Brasil!

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Você gosta de música brasileira?
Jamie Cullum: Sim, é claro. Eu amo música brasileira há muitos anos. Estava ouvindo Marcos Valle hoje de manhã, na verdade. Então a gente ouve muita música brasileira na minha casa. Meus filhos estão bem familiarizados com o som brasileiro, desde o mais tradicional ao mais moderno.

Por último, mas não menos importante, você gostaria de mandar um recado aos fãs brasileiros?
Jamie Cullum: Eu estou muito ciente de quantas pessoas ouvem minha música no Brasil. No Spotify, Apple Music, todos os serviços de streaming mostram os números e algumas das minhas músicas mais ouvidas, os ouvintes estão em sua maioria no Brasil! Eu sei então que minha incrível base de fãs não desistiu de mim no Brasil. Eu voltarei para visitá-los! Obrigado por me ouvirem! Vocês são maravilhosos! Obrigado!

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.