No começo do mês, no dia 10, o cantor Limonge gravou o primeiro DVD da sua carreira, “Sobre Viver”. Durante as gravações, ele aproveitou para anunciar a nova turnê de mesmo nome, que acontecerá em setembro em Campinas, Guarulhos, Santos e Osasco.
O músico já lançou dois discos, sendo o primeiro chamado “É a nossa voz (Éramos nós, sempre seremos)”, de 2016, e o segundo “Nem todos são como astronautas”, de 2017.
A Nação da Música conversou com Limonge sobre a gravação do DVD, o que esperar da nova turnê em setembro e também sobre os próximos lançamentos do cantor.
Entrevista por Marina Moia.
————————————— Leia a íntegra:
Oi, Limonge! Obrigada por falar com a Nação da Música! No dia 10, você gravou o primeiro DVD da sua carreira! Como foi o dia do show pra você??
Limonge: Foi um mix de emoções. Um negócio que eu sonhei há muito tempo e tava acontecendo de verdade naquele momento. Então meio que rolou uma retrospectiva de tudo que eu passei na carreira até aqui. Foi um momento muito emocionante e é até difícil colocar em palavras a sensação exata. Eu acho que uma mistureba de sensações talvez resuma melhor o que eu passei aquele dia. Mas foi muito incrível, a realização de um sonho e eu ainda estou meio extasiado por conta disso. Foi muito legal e agora eu estou ansioso pra ver esse material pronto e botar ele no mundo.
O show contou também com várias participações especiais, como Criston Lucas, Felipe D’Orázio, Camis Rodrigues e GAVI e Priscilla Rocha. Como foi dividir o palco nesse dia tão especial com essas pessoas?
Limonge: Eu sou o tipo de pessoa que gosta de dividir as emoções com outras pessoas. Eu gosto que as pessoas participem do momento. Ter tanta gente querida nesse momento foi benéfico pra caramba porque meio que me fez resgatar sensações que eu tive ao longo desse tempo todo e compartilhar experiências com pessoas que eu admiro.
O Criston da Versalle, por exemplo, é um cara que eu sempre admirei e nunca me imaginei no palco, dividindo uma música com ele, ouvir ele cantando uma música minha. Foi muito emocionante. Eu gosto dessa troca porque as pessoas sempre agregam e cada artista tem uma verdade, cada artista tem um background, cada artista tem uma estrada. E eles sempre trazem isso e a música fica mais rica. Dividir é sempre o melhor formato pra gente extrair o melhor do todo. Diria que faz parte da mistureba de sentimentos. Foi um momento único que eu, graças a Deus, tenho registrado pra sempre. Eu queria poder viver aquele dia em loop, o resumo da ópera é esse.
São pessoas que eu confio, que eu admiro, que eu acho que agregam e que com certeza vão fazer desse trabalho uma coisa única e a melhor experiência possível pra todo mundo que assistir e ouvir.
Com quem você gostaria de fazer uma colaboração e/ou dividir o palco no futuro?
Limonge: [risos] Existe o sonho próximo e o sonho imaginário. Eu vou jogar aqui o imaginário porque é o cara que me fez enxergar a música como eu vejo hoje. São dois caras; um brasileiro e o outro gringo. Eu queria muito um dia poder conhecer o Lulu Santos, poder dividir o palco com ele, contar a minha trajetória pra ele. Ele foi a pessoa que mais me inspirou desde que eu me conheço por gente a seguir neste caminho. E um que eu admiro muito e que me fez ser o artista que eu sou hoje, depois de entrar nesse mundo adulto, é o Eddie Vedder, do Pearl Jam. [risos] São coisas inalcançáveis, mas quem sabe um dia. São os dois caras que meio que me botaram onde estou hoje, seja por letra, seja por experiência, seja por admiração. Eu gostaria muito de poder dividir isso com eles de alguma forma.
Agora você anunciou também uma nova turnê que acontece em setembro. O que os fãs podem esperar desses shows? Mais datas serão anunciadas?
Limonge: Eu espero que sim! Por enquanto são essas as datas que a gente fechou. Quem sabe a gente consiga aumentar e até ir para outros estados. Eu quero muito. Sobre a experiência do show, eu quero levar a mesma experiência do DVD pro máximo de pessoas possíveis. É óbvio que não sei se vou conseguir levar todos os convidados, se vou conseguir levar a mesma estrutura de banda, mas o setlist eu quero seguir com ele à risca, principalmente as principais músicas. Porque o setlist não fui eu que montei, foram os meus fãs que montaram com base nas músicas que eles mais gostam. É óbvio que as principais eu quero tocar e pode ter uma surpresa entre um show e outro, que eu gosto de experiências complementares, ainda mais se as mesmas pessoas forem, eu quero que sintam coisas diferentes. Mas eu quero ser o mais fiel possível à experiência que foi o DVD, pra todo mundo que for, sair satisfeito e feliz assim como eu estou ainda.
Com dois discos autorais na sua discografia, você pretende lançar o terceiro em breve? Se sim, a música “Cresci”, que você cantou no show, fará parte dele?
Limonge: Sim e sim! Com certeza. Essa é uma música que já estava guardada na gaveta há um tempo. Eu quis meio que experimentar isso no ao vivo, óbvio que sem uma produção, foi quase uma improvisação de última hora. Foi uma versão acústica, intimista, mais pra sentir a letra, sentir a aceitação. Mas é uma das músicas que eu pretendo lançar no próximo ano sim. Eu quero lançar um material completo em 2020. Eu tava muito na dúvida se iria lançar singles ou um álbum, mas eu sou um artista que gosta de álbuns, que gosta de contar uma história. Eu espero que a gente – é engraçado porque eu sempre coloco o todo porque eu não me sinto um só, me sinto parte de um todo – vá lançar alguns single, mas vai acabar querendo ou não em algum momento consolidando num álbum. Em 2020 vai ter bastante material inédito.
Você também lançou a música “Humanos”, em junho, no Dia Mundial do Meio Ambiente. Como surgiu a iniciativa de lançar uma faixa neste dia e com esta temática?
Limonge: Eu acho que muita coisa inspira. Coisas boas, coisas ruins. Eu acho que o momento que a gente está vivendo hoje pedia uma música mais introspectiva, olhando pra raça humana como um todo. Não vejo um momento bom que a gente encara hoje como seres humanos. Tem muita coisa errada acontecendo, muitos líderes que não são líderes, muita coisa ruim sendo considerada boa. E eu meio que queria botar a minha verdade nisso e dar um chacoalhão. A minha forma de enxergar e a forma de pessoas próximas a mim é essa, que a gente está caminhando para uma extinção em massa porque a gente não valoriza o que temos de melhor. Seja a natureza, sejam as pessoas, seja o respeito, então o intuito da música foi esse.
Eu acredito que a data veio a calhar. A princípio ela não seria lançada numa data específica, mas acabou calhando da música e do clipe ficarem prontos perto desta data e eu achei que era o melhor dia pra botar essa mensagem no mundo. É a minha verdade sobre esse assunto e eu espero que eu tenha tocado alguém e feito alguém pensar sobre isso, aproveitando esse momento como base.
Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Limonge: Queria convidar todos os leitores a ouvirem minhas músicas. Espero que gostem, que se sintam representados em algumas delas. O meu intuito como músico e como compositor é sempre fazer com que as pessoas se sintam tocadas e enxerguem a verdade delas em algum trechinho da minha história. Que ouvindo as minhas músicas, vocês consigam encontrar um pouquinho de vocês nelas. Essa é a minha verdade e eu espero que vocês gostem e curtam.
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