Na última semana, Rashid liberou ao público a terceira e última parte do disco “Tão Real”. O projeto conta com 18 faixas e começou a ser lançado em 2019, dividido em três temporadas. Entre as colaborações, temos nomes como Emicida, Duda Beat, Tuyo, Lukinhas e mais.
A Nação da Música teve a oportunidade de conversar com Rashid sobre a produção e criação do disco, a ideia de lança-lo em temporadas e também sobre as expectativas para o show no Lollapalooza, em março.
Entrevista por Marina Moia.
——————————————– Leia a íntegra:
Olá, Rashid, tudo bem? Obrigada por falar com a Nação da Música! Como está depois de lançar a terceira e última parte de “Tão Real” e finalizar esse trabalho tão extenso e complexo?
Rashid: Tô me sentindo leve, na real. Tô bem feliz em terminar esse lançamento, exatamente pelo tempo que levou, desde a produção até aqui, foram vários meses de trabalho sem parar. Um álbum, por mais gostoso que seja de produzir, sempre é algo complexo. Especialmente na parte da composição, em que muitas vezes a gente mergulha fundo em questões pessoais, até mesmo tabus. Então existe um cansaço mental após um trampo desse tamanho.
Como e por que surgiu a ideia de lançá-lo em temporadas? Sentiu muita diferença em relação aos seus trabalhos anteriores ao fazer “Tão Real” desta maneira?
Rashid: A ideia era ser ouvido neste período de tantos lançamentos, especialmente no Rap. Dividir o álbum em três temporadas foi nossa forma de nos adequar melhor à rotina das pessoas, para que cada fã pudesse realmente interiorizar as letras antes de partir para a próxima parte. Sinto que meu público de fato entendeu e abraçou o projeto, isso me deixa bem satisfeito. Eu adoro a ideia da construção do álbum, mas não queria passar batido e só ganhar uma nota antes de ir para prateleira. Queria conversar com as pessoas através daquelas rimas, porque tem coisas muito pessoais ali.
E como funcionou a dinâmica com as colaborações, já que são muitas, tanto na produção como no feats? Como foi o processo de escolha?
Rashid: Na maioria delas, eu tentava fazer o que a música parecia pedir. Uma voz poderosa, com aquele quê de espiritualidade, vamos chamar a Srta. Paola. Ou, a música me fazia pensar muito em alguém específico, como no caso do Dada Yute e da Duda Beat.
Eu sempre parto da música e do que for melhor para ela. Já com o Emicida, por exemplo, foi diferente. Somos amigos há 15 anos praticamente, então estamos sempre nos falando. Quando surgiu esse som, a gente já estava conversando de fazer algo mais leve juntos.
Junto com “Tão Real” completo, chegou também o videoclipe de “Pipa Voada”. Pode nos contar sobre as gravações, com Emicida e Lukinhas?
Rashid: Como falei acima, com o Emicida eu já tenho uma sintonia de mais de uma década. O Lukinhas é um artista novo, super talentoso, que conheci faz pouco tempo. O moleque tem uma história linda, cheia de garra como a nossa aqui, então a identificação foi rápida.
A ideia toda era trazer esse clima leve, mesmo sabendo que as pessoas esperavam algo “pesado” de Emicida e Rashid juntos. Queríamos subverter isso de certa forma, mas com algo que se comunicasse com todos. Acho que o som exerce bem esse papel e o clipe (com direção de Gabriel Camacho) complementou o clima, trazendo uma mensagem de autoestima, amor próprio.
Como falamos, você já trabalhou com muitas pessoas, não só neste disco como em outros lançamentos. Existe alguém que seja um sonho de colaboração para o futuro?
Rashid: Com certeza. Djavan, Caetano, Gil, Gal, Alcione, Péricles… Eita, a lista vai longe. A música é uma forma de arte extremamente colaborativa.
Ano passado, infelizmente, o show que você faria no Lollapalooza foi interrompido por questões de segurança. Agora, você terá uma nova chance de se apresentar no festival. Como estão os preparativos para este dia?
Rashid: Estamos a mil. No meio do caminho ainda temos alguns projetos, inclusive o show de lançamento do Tão Real em São Paulo, no SESC Pinheiros, dia 14 de fevereiro. Mas já estamos a todo vapor organizando os detalhes do show no Lolla, queremos aproveitar muito bem essa segunda chance.
O ano de 2020 já começa com um disco, clipes, show em festival, ou seja, sem parada. Quais são os planos para este ano no geral?
Rashid: De cara, agora é continuar espalhando o disco por aí e colocar esse show na estrada. Temos vários outros projetos, inclusive novos clipes do disco, mas ainda é cedo para falar mais porque estamos organizando.
Gostaria de mandar um recado aos leitores da Nação da Música?
Rashid: Deixo aquele salve e agradecimento a todos vocês a ao público que fortalece a música BR.
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