No mês passado, o grupo britânico Kaiser Chiefs lançou a música “Jealousy”. A canção faz parte do próximo álbum da banda, que deve ser lançado ainda este ano.
Este foi o segundo single desse novo disco. Em novembro do ano passado, o grupo já havia divulgado a música “How 2 Dance”.
Essas novas canções vêm três anos depois do lançamento do último álbum “Duck”. A Nação da Música conversou com o baixista Simon Rix sobre as novas músicas, o trabalho em cima do próximo disco e, claro, a expectativa sobre uma possível vinda ao Brasil.
Simon comentou sobre a produção feita por Amir Amor, do Rudimental. Para ele, esta parceria foi muito positiva, porque deixou as músicas mais modernas. O baixista acredita que o próximo disco será um pouco mais minimalista do que o anterior, com algumas faixas com a cara do Kaiser Chiefs e outras serão mais surpreendentes.
Entrevista por Henry Zatz.
————————————– Leia a entrevista na íntegra:
Vocês lançaram recentemente a música “Jealousy”. E é uma ótima música, bem animada, que realmente não sai da cabeça. Vocês já estão recebendo respostas dos fãs sobre essa música? Como eles reagiram?
Simon Rix: No passado, eu acho que a gente saía, tocava a música ao vivo, o que ainda podemos fazer na verdade, mas tinha todo o trabalho para o dia do lançamento, então todo mundo comprava o álbum. As pessoas falam que é ótima nas redes sociais, temos os números de pessoa ouvindo, as posições da música. Acho que agora é o mesmo caminho com a quantidade de pessoas ouvindo no Spotify, mas acho que mudou com relação à expectativa do dia de lançamento. Antes, o dia do lançamento costumava ser o grande dia. Mas todo mundo com quem eu falei, mensagens que eu recebi, nas redes sociais, dizendo que é muito boa. Então acho que sim, acho que é um bom trabalho. “Jealousy” é uma música bem simples, bem cativante. Estamos bem ansiosos de tocar ao vivo.
E “Jealousy” é a segunda música de um novo álbum que está por vir. No ano passado, vocês lançaram “How 2 Dance”. O novo álbum deve seguir a linha dessas duas músicas?
Simon Rix: Uma coisa sobre o álbum é que ele é bem misturado. As duas músicas são diferentes, acho que “How 2 Dance” é mais disco para mim e “Jealousy” é bem pop, o refrão é mais pós-punk, com um estilo de Elvis Costello, ou algo nessa linha. Acho que o álbum tem mais esse estilo do que os primeiros. E a gente experimentou bastante também, porque trabalhamos com o produtor Amir Amor, do Rudimental, que é ótimo. Ele chegou jogando várias ideias, tanto de coisas antigas quanto de coisas novas. Ele trouxe bastante coisa mais pesada, mais rock, então acho que vai ser um mix muito bom. Esse álbum acho que vai ser um pouco mais minimalista do que o último, sem tantos instrumentos tocando juntos. Mas acho que vai ter muita música com a cara do Kaiser Chiefs e muitas que vão surpreender.
Já que você citou o Amir Amor, como foi trabalhar com ele?
Simon Rix: Foi muito bom de verdade. Ele é uma pessoa muito ocupada, então isso é um desafio. Mas apesar disso, ele é ótimo. Ele é muito aberto com o que queremos tocar. Tiveram várias ocasiões que gravamos uma música, e ele conseguiu dar um toque para deixar com um estilo mais moderno. Como a gente faz isso há um tempo, temos nossas próprias ideias, então foi bom ter ele ao lado para trazer essa novidade. Nós fizemos o normal de ir ao estúdio e gravar tudo. Mas também fizemos de formas diferentes. Eu gravei algumas coisas em casa e depois mandamos para ele. Normalmente, a gente escrevia várias músicas, e quando a gente tinha tudo pronto, íamos para o estúdio para gravar. Mas dessa vez, escrevemos algumas, fomos para o estúdio gravar. Então, a gente não ouvia por três meses, fazíamos outras coisas, depois ouvíamos as músicas de novo, aí escrevíamos outras. Então demorou um tempo a mais em algumas partes. Então quer dizer que você pode viver com isso, ficar com a gravação. Nós também lançamos o single antes de terminar, o que é incomum. Então tem sido bom, vamos ver se ele aceita trabalhar com a gente de novo.
Você comentou um pouco sobre as diferenças entre essas músicas e o último álbum “Duck”. De onde veio a inspiração para essas novas músicas?
Simon Rix: Eu acho que “Duck” é um álbum interessante, porque estávamos um pouco comprometidos. Não tínhamos certeza se a gente ia para o pop, ficava mais no indie, tinha uns instrumentos diferentes. Dois álbuns atrás, o “Stay Together”, que trabalhamos com o Brian Higgins, que é um produtor mais pop. A ideia era um álbum do Kaiser Chiefs mais pop, mas a ideia era que se você não soubesse que era Kaiser Chiefs, você ainda iria gostar da música, a marca não iria importar. A ideia era essa, a pessoa falar “nossa que música ótima. De quem é?”. Eu não sei se funcionou, algumas músicas foram muito boas, mas a produção eu não gostei muito, acho que era um pouco fora de moda. Foi como eu falei antes, acabamos de gravar, ele já tinha sido lançado, então não tinha muito tempo para mudar nada. Já nesse álbum, a gente fez isso, fizemos umas músicas pop, com um produtor pop, mas com uma produção muito mais legal. As músicas estão mais modernas. Então acho que a inspiração foi essa, escrever e lançar ótimas músicas. Tem algumas que são a cara do Kaiser Chiefs, mas vamos ver o que as pessoas acham.
Agora queria perguntar sobre shows. Vocês fizeram turnês pelo Reino Unido. Como está a expectativa em tocar essas novas músicas aos fãs?
Simon Rix: Em novembro do ano passado, a gente fez uma turnê e tocamos “How 2 Dance” e foi muito surpreendente no bom sentido. Minha preocupação era como as pessoas iam reagir quando a gente tocasse músicas mais antigas e misturasse com essas mais modernas. Mas todo mundo gostou, todo mundo estava pulando no refrão. Ainda não estamos no período mais ocupado, mas acho que no começo do ano que vem vamos fazer uma turnê do álbum, tocar várias músicas do álbum, o que eu estou muito ansioso para fazer. Gosto de fazer essas turnês, porque temos os fãs do Kaiser Chiefs mesmo. Em festivais, temos fãs do Kaiser Cheifs, mas tem de outras bandas também. Então temos que misturar um pouco mais para garantir que todo mundo goste do show. Então, quando você faz uma turnê para seus fãs, você pode aprofundar um pouco mais, o que sempre é divertido. A ideia é terminar o álbum e fazer a turnê para ver o que todo mundo acha. Obviamente, vamos para a América do Sul, sempre é uma experiência maravilhosa. Então espero que a gente possa tocar aí de novo.
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