Entrevistamos Thami sobre “Hoje Eu Quero” e Baile da Thami

thami
Foto: Amanda Sorato

Após o sucesso do seu primeiro EP, “Nua”, e do lançamento do Baile da Thami, na última semana, a cantora Thami chega com mais uma novidade. Na última sexta-feira (24) a artista lançou, em todas as plataformas digitais, seu mais novo single: “Hoje eu quero”.

Com uma pegada pop e o suingue do R&B, a música foi pensada para trazer movimento e fala sobre um date organizado por uma mulher decidida e livre.

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A Nação da Música conversou com a cantora sobre a criação da música, o evento Baile da Thami e também sobre com quem ela gostaria de colaborar.

Entrevista por Marina Moia.
————————————– Leia a íntegra:
Obrigada por falar com a Nação da Música! Thami, você acabou de lançar seu novo single, “Hoje eu quero”. Pode nos contar sobre o processo de criação e escrita desta música?
Thami: Eu recebi um beat do Theo (que também produziu a faixa) e pirei, achei muito swingado e pra cima. Na hora falei: Tudo a ver com a energia do baile, vou fazer uma música pra lançar lá. Tínhamos pouco tempo, mais precisamente 2 semanas para fazer, produzir, mixar, masterizar e subir nas plataformas… hahaha. Foi uma loucura, mas deu certo!

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Eu lembrei de uma conversa com uma amiga onde ela falava da dificuldade de aprofundar com alguém por ser autêntica e sempre tomar a iniciativa, ela dizia que assustava os homens. Então resolvi falar sobre date organizado por uma mulher. Estamos no século 21, não é possível que isso ainda seja uma questão. O mundo precisa normalizar mulheres poderosas, cheias de personalidade. O mundo é das mulheres.

Recentemente, rolou o seu projeto Baile da Thami! Como foi a primeira edição e quão importante é esse evento para você?
Thami: O baile surgiu da necessidade de ocupar espaços. O trabalho digital está bem bonito e estamos nos consolidando, mas sei que como artista, preciso estar mais próximo do público. Sinto a necessidade de passar mais tempo no palco.

Após a pandemia, os poucos lugares que sobreviveram estão dando espaço para os artistas mais consolidados. Como estava encontrando dificuldades de acessar os palcos e os festivais, eu decidi criar meu próprio acesso, fazer o meu show, abrir o meu espaço e consequentemente abrir espaço para outros artistas também. Por isso minha prioridade tem sido eu mesma e artistas como eu, pretos, independentes, que ralam todos os dias, incansavelmente para conseguir uma oportunidade. O baile não é só uma festa, é resistência.

Você está cheia de lançamentos e projetos agora em 2022! O que mais podemos esperar de você, Thami, até o final do ano?
Thami: Eu gosto de planejar as coisas, acho que quando a gente se organiza a probabilidade de dar errado é muito menor. Então pra 2022 idealizamos o lançamento do EP em janeiro, mais 3 singles e um feat ao longo do ano. Estou numa expectativa muito boa pra esse ano. Até o momento estamos conseguindo seguir nosso planejamento.

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Agora estou num momento de imersão, olhando pra dentro de mim, escrevendo algumas composições que gostaria de trazer pro meu público. Quero que meu trabalho vá crescendo em relevância, que as pessoas se identifiquem e queiram ouvir. É um trabalho longo e demorado, mas sei que o resultado disso é duradouro. E é isso que busco, canções que não acabem em 6 meses.

Com quem gostaria de colaborar no futuro?
Thami: Olha, tem muitos artistas que eu gostaria de colaborar. Mas hoje eu tenho muita vontade de fazer uma parceria com o Youn. Conheço eles como pessoa, conheço o trabalho e acho incrível e genial a forma como eles fazem música. Me assusta eles não terem a projeção que acho que eles mereciam pela qualidade do trabalho.

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Eu tenho esse desejo e confesso que até poderia falar com eles para fazermos algo juntos, mas eu sinto que ainda não é esse o momento. Quero me aprofundar um pouco mais, para que tenhamos uma música incrível. Então acredito que em algum momento isso aconteça.

E outro sonho é cantar com a Liniker, mas é um sonho pro futuro mesmo.
Recentemente assisti o show dela e só chorei, foi um encontro de alma pra mim. Foi importante olhar pra ela, pro som que ela faz, mergulhar nas letras. É uma artista que eu me identifico muito e tem muitas características que eu tenho buscado.

Para quem ainda está conhecendo a Thami, como você descreveria o seu som?
Thami: Eu não gosto de rotular o meu som. Eu faço música. Escrevo sobre o que sinto, sobre o que vivo, ou vivências de pessoas próximas. Geralmente a letra já vem com a melodia pronta na minha cabeça. Como ouço muita música americana, tenho muita influência do RnB. Também cresci na igreja, ouvindo kirk Franklin. A Black Music vem bem forte também. E trago o pop como uma característica própria minha, por conta da minha vivência na dança. Essas junções fazem meu som ficar com uma pegada de soul. Não é atoa que minhas músicas sempre entram em playlist desse gênero dentro das plataformas.

Gostaria de deixar um recado aos leitores da Nação da Música?
Thami: Sim! Gostaria de convidar vocês a ouvirem meu som e de outros artistas independentes! O trabalho é longo, é solitário, difícil, mas ele é consistente! E só é consistente porque é feito de forma orgânica. Então faça parte desse orgânico, ouça, compartilhe, fale sobre, se puder dar espaço, dê. Isso ajuda muito!

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Marina Moia
Marina Moia
Jornalista e apaixonada por música desde que se conhece por gente.