Sete dias para uma eternidade… é mais um livro do francês Marc Levy lançado pela editora Bertrand. Popularmente conhecido pelo romance E Se Fosse Verdade…, adaptado para o cinema em uma versão com Reese Whiterspoon e Mark Ruffalo, ele é o tipo de autor que se destaca pelas histórias sensíveis e românticas.
Lucas é o belo agente de Satã. Zofia é a doce enviada de Deus. Com uma trama dessas, vocês já podem imaginar o que está por vir, né? Sete dias para uma eternidade… é um livro que tem como trama principal o romance entre os agentes de Deus e do Diabo. Nada de grandes missões secretas, nada de lutas sangrentas entre o Bem e o Mal. A mensagem principal do livro é o amor.
Como estamos falando de um livro de Marc Levy, uma história romântica não é lá uma surpresa tão grande assim. Assim como Nicholas Sparks, Marc Levy se destaca por sua sensibilidade na hora de relatar os relacionamentos humanos. E é exatamente isso o que acontece. Em Sete dias para uma eternidade… somos introduzidos aos contratempos do relacionamento proibido de Zofia e Lucas, que, em meio à conturbada aposta entre Deus e o Diabo, têm seus destinos cruzados.
Com uma ideia dessas, o livro tinha tudo para ser um calhamaço relatando questões políticas e religiosas sobre o embate, mostrando e detalhando cada empecilho que um relacionamento desses encontra pela frente. No entanto, a história não apresenta nada disso. Na verdade, o livro é até um pouco utópico. É tudo muito belo, tirando os ocasionais protestos de Zofia que logo são silenciados por Lucas e sua beleza de encher os olhos.
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O livro é bom? Sim. Mas tem cara de conto. Ele não tem grandes reviravoltas e nem grandes mistérios. Sua única missão é transmitir ao leitor uma boa dose de romance e sonhos. Porque sim: dependendo da sua vibe emocional, o livro com certeza te arrancará fortes suspiros. Veja este trecho da página 149:
(O amor) É a coisa mais bela que eu inventei! O amor é uma parcela de esperança, a renovação perpétua do mundo, o caminho para a terra prometida. Eu criei a diferença para que a humanidade cultivasse a inteligência: um mundo homogêneo seria triste de morrer! Além do mais, a morte é apenas um momento da vida para aquele que soube amar e se fazer amar.
Uma coisa legal que vale comentar são os diálogos entre Deus e o Diabo. As conversas entre eles me arrancaram várias risadas, porque elas são extremamente realistas. No contexto, parece que Deus e Satã são seres humanos como nós, com personalidades que não combinam, mas que, pela convivência, acabam se entendendo. Tipo um casal de velhinhos, que briga, discorda, tenta impor a sua opinião pra cima do outro… mas que no fundo releva tudo e acaba rindo da situação.
Eu gostei do livro, mas achei que a história poderia ter sido mais trabalhada. Senti falta de diálogos aprofundados e cenas mais intensas, descrições e tudo o mais. Dá para ver que esse não foi objetivo do autor. Ele só quis contar uma história de amor entre o Bem e o Mal. Nisso, ele foi extremamente bem sucedido, eu não posso negar.
Sete Dias Para Uma Eternidade… é um romance água com açúcar para quem está apaixonado, começando a se apaixonar ou querendo se apaixonar. O que você quer? :)
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