O menores atos lançou no dia 8 de junho de 2018 seu segundo disco de estúdio, “Lapso”, que segue a estreia com “Animalia”, de 2014. Com 12 faixas, os cariocas Celso Lehnemann (baixo), Cyro Sampaio (voz e guitarra) e Ricardo Mello (voz e bateria) trazem um despertar ao rock alternativo nacional.
Com uma pegada hardcore e um pouco da melancolia, que eram bastante usados pelo emocore lá por 2005, a faixa-título, “Lapso”, abre o álbum. A linha de baixo tem partes bastante demarcadas, assim como o riff que dita a melodia. Os vocais não são pesados e chegam até à suavidade, juntamente com os backings.
“No Espelho” já começa em sequência, sem pausa alguma que denuncie o fim de uma música e o começo de outra. Em questão de trabalho instrumental, a construção é a mesma da antecessora, talvez aqui a guitarra base seja até menos “suja”. “Amanhã” é bem parecida, ela fala um pouco sobre a necessidade da solidão e em como isso não é algo ruim.
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A quarta canção é “Devagar”, que, de fato, tem uma pegada mais lenta. A bateria leva o compasso com um dedilhado de guitarra e alguns toques de baixo na maioria da música, ela cresce no refrão para depois voltar para a área mais devagar. Ela é seguida por um “Interlúdio” instrumental que puxa “O Que Te Trouxe Até Aqui”, uma faixa que exemplifica muito bem o tom pessoal que “Lapsos” tem. Um dos versos marcantes: “hoje eu morri por dentro, mas amanhã eu volto a rir”.
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“Karate” é a que se diferencia em elementos sonoros com a presença de truques, aparentemente, com a guitarra, mas que também deixam impressões de sintetizador. Ela começa mais calma, com uma levada comandada por bateria e baixo, e vai crescendo com o passar da música, ganhando viradas.
O baixo de “Labirinto”, próxima canção, ganha uma batida com um estilo bem CPM 22 nos tempos áureos, mas essa passada fica escondida pela guitarra e só aparece em momentos pontuais. Em “Miopia” os efeitos são usados de fato de maneira eletrônica, mas ainda sim acompanhados fielmente por guitarra, bateria e baixo. Essa música é sobre despedidas e parece ser uma das mais tristes do disco.
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“Dorme” traz à tona um lado que lembra demais Los Hermanos, até mesmo nos vocais. A temática das músicas também demonstram semelhança clara com os conterrâneos cariocas, mas essa faixa em específico parece que tem a assinatura dos caras. É também, particularmente, a faixa que mais me chama a atenção em “Lapsos”.
“Quando Você For”, a penúltima do álbum, tem a mesma pegada da maioria dele, mas “Contramão”, a que encerra, se diferencia. Uma guitarra distorcida e voz comandam de forma suave a canção até ela explodir. Aqui existe também um pouquinho do DNA de Marcelo Camelo e sua turma, inclusive, mais uma vez, nos vocais.
O menores atos teve uma estreia muito aclamada, trabalhou por quatro anos e voltou com “Lapso”, um excelente trabalho da cena underground do rock alternativo brasileiro. Vale ressaltar que os pontos fortes que se destacam são as faixas que lembram os Los Hermanos, e isso é positivo. A mistura dessa base mais hadcore com o romantismo e a autenticidade parece ser o caminho a ser seguido.
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