Em entrevista divulgada na última quarta-feira (22) através do canal oficial da Philips no YouTube, o Thaíde conversou com o lendário Mano Brown sobre as diferenças no rap, a dedicação necessária para viver de música, futebol e muito mais.
O vídeo que tem uma duração de pouco mais de 42 minutos, nada mais é do que uma conversa entre amigos que se conhecem muito bem, e se inicia logo com uma pergunta sobre em qual momento ele percebeu que poderia viver de música. Brown então responde: “Viver de arte foi bem depois. Viver de sonho, começou em 88”, e relata “foi aquela coisa de primeiro concurso que eu participei, foi a primeira célula de querer ser rapper” e relembra que antes disso ele tinha um grupo de samba, e conta que ele não foi ao primeiro concurso de rap na cidade por que lhe faltou um tênis: “Eu não tinha um tênis pra cantar. É não tinha, é a realidade” e completa, “E isso era muito importante para nós, você sabe disso. Você tá apresentado com um tênis, naquele dia certo era importante” e retoma falando que passou a viver de música entre 1993 e 1994.
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Thaíde aproveita a deixa e revela que teve o “privilégio” de ter lido a letra de “Homem na Estrada” e relembra uma viagem que eles estavam vindo do sul do país, “E aí ele sacou duas páginas de letras dos dois lados. E eu ‘caramba’, e eu li o bagulho e hoje é uma das letras que as pessoas mais conhecem da sua carreira”. Mano Brown então responde falando “Essa música veio junto daquela onda político social dos anos 90. Final da ditadura, e na direção de uma outra situação política no Brasil onde o nosso povo era muito negligenciado, esquecido mesmo”…”’Homem na estrada’ retratava esse momento político do Brasil, de completo abandono da periferia e eu fazia parte, era um dos abandonados. Então a gente fazia música falando do outro, mas fazia falando de si mesmo também e vice-versa”. Assista a íntegra no final dessa publicação através do player do YouTube.
Essa publicação não se trata de um publi ou algo assim – por envolver a marca Philips – mas é um conteúdo que gostaríamos de compartilhar com nossos leitores dada a importância que traz as falas de ambos durante a conversa, e as histórias contadas.
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