Na última segunda-feira (01), o nome do cantor Marilyn Manson veio à tona em meio a acusações graves de abuso e violência psicológica. A atriz Evan Rachel Wood, mais conhecida por seu papel na série Westworld, usou suas redes sociais para nomear oficialmente Manson como o autor de vários episódios violentos que a afetaram profundamente. Wood e Manson iniciaram um relacionamento em 2006, quando a atriz tinha 19 anos e o cantor, 37. Eles se separaram em 2010 após um breve período de noivado.
Em seu perfil no Instagram, Evan Rachel Wood escreveu: “O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson. Ele começou a me aliciar quando eu era adolescente e abusou de mim de forma horrenda durante anos. Eu fui vítima de uma lavagem cerebral e manipulada a ser submissa. Eu estou cansada de viver com medo de retaliação, calúnia ou chantagem. Eu estou aqui pra expor esse homem perigoso e chamar a atenção das várias indústrias que o apoiaram antes que ele destrua mais vidas. Eu estou do lado das vítimas que não vão mais permanecer caladas”. Desde o testemunho da atriz, mais quatro mulheres se pronunciaram como vítimas de Manson.
De acordo com o site Ultimate Classic Rock, após a repercussão da denúncia, a gravadora responsável por Marilyn Manson anunciou através de um comunicado que está rompendo laços com o cantor. “A Loma Vista deixará de promover o álbum atual [de Manson] imediatamente”, escreveram. “Por conta dessas revelações preocupantes, nós também decidimos não trabalhar com Marilyn Manson em nenhum projeto futuro”. Manson também foi cortado de seu papel nas séries “American Gods” e “Creepshow”.
Marilyn Manson fez uso de suas redes sociais para desmentir as acusações. Em seu perfil do Instagram, o cantor afirmou que as declarações são “horríveis distorções da realidade” e que suas relações íntimas “sempre foram inteiramente consensuais e com parceiros que pensassem igual [a ele]”.
De acordo com o portal Evan Rachel Wood Brasil, a atriz foi a responsável por liderar uma equipe que conseguiu a aprovação da Lei Phoenix (Phoenix Act Law) na Califórnia. O projeto de lei visava estender o tempo que as vítimas tinham para conseguir denunciar seus agressores de três para cinco anos, e foi motivado quando a própria Rachel Wood ouviu de seu advogado que não poderia nomear seu abusador porque o tempo legal para formalizar uma denúncia tinha expirado.
A atriz deu dois depoimentos em nome do Phoenix Act sobre sua história de violência e abuso, sem nunca nomear seu abusador. O primeiro, em 2018, foi dado em testemunho perante o Subcomitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos sobre Crime, Terrorismo, Segurança Interna e Investigações. O segundo, em 2019, foi dado em frente ao Comitê de Segurança Pública do Senado da Califórnia. Em ambos, Evan Rachel Wood descreve em detalhes algumas ocasiões em que foi vítima de tortura física, psicológica e estupro enquanto estava em um relacionamento (presumidamente com Marilyn Manson). A atriz também relata que sofreu de Estresse Pós-Traumático após o fim da relação, teve episódios de ansiedade, depressão e síndrome do pânico, e foi profundamente afetada psicologicamente.
O vídeo completo do depoimento da atriz para o Senado da Califórnia se encontra no final dessa publicação. O conteúdo é sensível e pode ser gatilho para vítimas de relacionamentos abusivos.
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