NM Apresenta (Especial Entrevista): Conheça a Mango Trip

O NM Apresenta desta quinta (09) tem entrevista com a banda Mango Trip, grupo de São Paulo que não nega o bom e velho Rock n’ Roll e que promete para 2015 o lançamento do “Coffeebreak”, disco de estreia que deve tomar lugar na sua playlist muito em breve! A banda é formada por Henrique no vocal, Fabiano na guitarra, Bal na bateria e Birú no baixo. Para variar, abaixo da entrevista você pode conferir o som dos caras, e seguir o grupo nas redes sociais.

A entrevista, feita pela Nação da Música, você confere agora!

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Nação da Música: Qual a história da Mango Trip? Como ganhou formação de agora? Quando vocês viram que o som de vocês poderia ser levado adiante e quando perceberam que a música poderia se tornar mais do que um hobby, virar uma carreira?

 Mango Trip: Há poucos anos atrás começamos a nos reunir para longos ensaios de garagem onde a intenção era simplesmente de fazer um som juntos. Desde o começo pensar em um som que pudesse ganhar uma identidade única. A formação sempre foi a mesma desde o começo, e até podemos afirmar que sempre será a mesma. Pode soar pretensioso, porém não imaginamos nenhuma outra pessoa substituindo qualquer um de nós, devido ao grande entrosamento já formado e uma química entre as influências musicais de todos. Isso tudo somado a horas de ensaios e as influências certas de cada um, conseguimos fazer com que o som começasse a tomar forma, e neste momento percebemos que poderíamos levar adiante a música como mais que um hobby, devido a identidade que conseguimos formar em nosso som e acreditar que muitos se identificariam com este universo que propomos.

Nação da Música: A pergunta é clichê, mas precisa ser feita: por que Mango Trip?

 Mango Trip: A manga teve (e tem) uma grande influência na nossa carreira. Nos primeiros ensaios que realizávamos, onde a banda ainda não possuía nome, nos alimentávamos de manga e os ensaios eram de horas e horas ininterruptos. Um belo dia no ensaio após horas entorpecidos pela manga resolvemos nomear nossa viagem em homenagem a esta bela fruta.

Nação da Música: Quais as influências que a banda leva para tocar o “good, gold and old” Rock N’ Roll? Há algum artista de um ritmo musical totalmente diferente do grupo no qual a banda se apoia para criar as letras e as melodias? Como eles influenciaram vocês e qual foram os rastros que esses grandes nomes musicais deixaram no som do grupo?

 Mango Trip: De uma maneira geral para tocar utilizamos uma grande parte do espectro da música negra americana, muito Blues, muito Funk, Soul, até Jazz. Não há um artista específico em que nos apoiamos na hora de criar, gostamos justamente dessa mistura que se torna homogênea e ao mesmo tempo indefinida, como algo que já está inconsciente, porém nunca foi ouvido. A influência desses artistas passam para nós não só o universo musical, mas como uma ótica do mundo escancarada e visceral.

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Nação da Música: Já que falamos em inspirações, como é o processo criativo da banda na hora de fazer as canções? Alguns artistas se isolam, outros precisam viajar para conseguir criar. Vocês possuem algum ritual, algo que sempre fazem na hora de compor as músicas?

 Mango Trip: Procuramos deixar que as canções nos atinjam ao invés de “correr atrás” de uma composição específica. As letras surgem do nosso cotidiano, de frases soltas que ouvimos ou das situações que passamos, interpretadas diversas vezes até dar forma a uma letra. As composições são geralmente Riffs que começamos a trabalhar em cima e desenvolvemos toda a música, ou algum mapa completo de alguma música composta geralmente nas guitarras. Depois encaixamos o baixo e bateria e então toda a banda trabalha nessa base até extrair o máximo de cada música, para então gravar ou tocar ao vivo, por exemplo.Também deixamos que nossas influências e nosso acervo musical não guie a música para um estilo específico, deixando fluir as ideias de forma espontânea. Nunca pensamos “essa música é pra ser funk, ou pra ser mais blues”. Nem na letra “vamos escrever sobre tal assunto”. Aliás nem nunca tentamos isso, pois sabemos que travaríamos e não desenvolveríamos da mesma forma.

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Nação da Música: A agenda de 2015 já está certa? Podemos esperar uma turnê para esse ano? Quais os próximos passos agora pra banda?

 Mango Trip: A Agenda de 2015 está se acertando, podemos dizer. Nosso próximo passo é fazer com que o “Coffeebreak” e seus derivados, como o clipe, cheguem para todos do “Oiapoque ao Chuí”. Queremos realizar pequenas turnês em regiões específicas do Brasil, ainda mais onde o Rock N’ Roll se prolifera cada vez mais há um bom tempo, e a tendência é só continuar crescendo, então onde for possível a Mango Trip tocar ao vivo, nós iremos.

Nação da Música: A Mango tem um novo disco agora em 2015, o “Coffebreak”. Contem pra gente como foi a produção do álbum, inclusive do single “Doctor G”. O que podemos esperar desse trabalho? Se vocês pudessem deixem um recado pra galera que está conhecendo a banda agora e pros fãs de vocês, qual seria?

 Mango Trip: O single “Doctor G” surgiu do primeiro Riff que a Mango Trip improvisava apenas, e então transformamos em uma música com a adição das outras partes e da letra. A produção do “Coffeebreak” foi feita em um ano. Teve a gravação de um “pré-Coffeebreak” onde nós mesmos gravamos todas as faixas antes e mixamos, para depois ir para um estúdio profissional e finalizar o processo todo da melhor forma. Com uma captação do baixo e da bateria simultânea, foi criada a base para as demais guitarras e vozes se estabelecerem com fluidez e uma dinâmica quase que “live”. Prezamos isso na hora de captar e o resultado no fim foi o melhor possível. Esperamos atingir o mais diversificado público com este trabalho e nosso recado da banda toda é que esperamos estar cada vez mais perto desse público, compartilhando ideias e fazendo com que tudo isso se dissipe cada vez mais. É como diz o nome: é “apenas” o “Coffeebreak”, nosso material de estreia. Temos muitas músicas já prontas que queremos mostrar para todos em breve além de outros projetos, aguardem, a Mango Trip chegará na sua residência de alguma forma!

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Lígia Berto
Lígia Berto
Lígia Berto: Aspirante a jornalista que dormiu demais e perdeu a hora para nascer durante a Geração Beat. Desde que entrou na faculdade, não sabe para qual lado atira: literatura, política ou cultura. São 19 anos de indecisão. Para tentar descobrir, escreve sobre os três assuntos em diferentes veículos, entre eles o Nação da Música. Irritantemente obsessiva por sagas literárias e constantemente envolvida por alguma banda britânica.