A montagem dessa playlist só foi possível porque 2020 me forçou a tirar um ano sabático do pior jeito possível. Recém-formada na faculdade e sem emprego, ficar parada não era uma escolha. E foi exatamente a única coisa que se tornou uma necessidade.
Eu queria poder dizer que aproveitei a quarentena para me jogar em vários cursos, mas isso não é verdade. Eu passei 90% do meu tempo chorando. Quanto aos outros 10%, eu usei para me dedicar a outros passatempos: tentei retomar meu hábito de leitura (ainda é uma luta), me ensinei a tocar o ukulele (porcamente), e finalmente aprendi a passar um café (não tão gostoso quanto o da minha mãe, mas engatilha a ansiedade que é uma beleza!).
Um dos poucos talentos que me surpreenderam foi a habilidade de montar playlists. Essa era uma arte que eu nunca tinha conseguido dominar, mas decidi que não tinha nada a perder tentando mais uma vez. Conversei com uma amiga que é fantástica nisso e aprendi algumas dicas ouvindo as dezenas de compilações que ela faz por diversão. E descobri que eu também me divertia muito montando as minhas. Por isso fiquei muito feliz quando o nosso editor-chefe, o Rafa, me pediu pra montar essa.
É importante ressaltar que em um ano como 2020, eu recorri aos meus artistas-conforto para não enlouquecer. Durante a primeira parte do ano eu dei play repetidamente nos mesmos álbuns, o que fez com que o “Manic” da Halsey e o “CALM” da 5 Seconds of Summer fossem parar em sua totalidade na minha lista de As Mais Tocadas do Spotify. Quando eu já tinha memorizado cada segundo da discografia das minhas bandas favoritas, eu decidi explorar novos horizontes.
Isso me levou a ouvir o “Hotel Diablo” (2019) do Machine Gun Kelly em um loop maníaco que se estendeu por meses. Eu não parei até que a letra de “FLOOR 13” estivesse gravada no meu cérebro. Depois, eu me dediquei a nomes aos quais eu nunca tinha prestado muita atenção. Fiquei obcecada por Bring Me The Horizon e inflamei a chama da minha paixão pelo YUNGBLUD. E, felizmente, meu algoritmo me proporcionou a descoberta da VUKOVI, que entregou um dos meus álbuns favoritos desse ano, o “Fall Better”.
Eu fugi de músicas tristes como o diabo foge da cruz, mas o lançamento do “folklore” da Taylor Swift me puxou pelo calcanhar e me forçou a confrontar meus sentimentos. Chorei mais um pouco… Mas dessa vez com trilha sonora!
A mistura desses nomes e mais alguns você confere no final dessa postagem, na playlist com as músicas que me ajudaram a manter minha sanidade mental. Se ouvir, por favor, saiba que ela foi feita para ser ouvida na ordem. Eu tentei fazer algum sentido dessa salada de artistas do melhor jeito possível, mas, ei… Quem é que consegue controlar qualquer coisa em 2020?
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