Entre todos os gêneros de dentro e fora do mainstream, o pop punk parece se reerguer com as novas gerações e ainda influenciado pelos artistas que marcaram época. As letras com desabafos e angústias pessoais unidas às guitarras e batidas marcadas voltam a caracterizar um lado dos jovens, mas com uma cara nova.
Na última sexta-feira (16), Willow Smith lançou o quinto álbum da carreira, “lately I feel EVERYTHING”, e assumiu suas influências do pop punk, como explicou em entrevista à americana V Magainze. “Eu queria ter aquela vibração pop-punk de festa adolescente angustiada, mas misturá-la com esse sentimento espiritual, extraterrestre e psicodélico”, comentou sobre o videoclipe do primeiro single, “t r a n s p a r e n t s o u l”.
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O repertório do disco ainda conta com Travis Barker, do blink-182, e uma faixa em parceria com Avril Lavigne, que marcou (e ainda marca) a cena do pop punk. O baterista também é um dos grandes responsáveis por essa volta do gênero ao mainstream com a produção e colaboração através de novos artistas.
Um dos casos foi Machine Gun Kelly, que também mergulhou no gênero com o álbum “Tickets To My Downfall”, o qual teve produção de Travis Barker. O projeto, que tirou o artista da cena do rap, ficou no topo da Billboard 200 e ainda rendeu o prêmio de Melhor Artista de Rock no Billboard Music Awards, em 2021.
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O britânico Yungblub, que acumula parcerias com Machine Gun Kelly, segue o mesmo caminho. Entre colaboração com Halsey e Dan Reynolds durante a carreira, foi com o álbum “weird!”, lançado no final de 2020, que o cantor levantou a bandeira do pop punk talvez sem a própria pretensão. As letras que conversam com a nova geração e abordam temas como sexualidade e saúde mental se encaixaram nos ritmos fortes e “gritados”. Confira mais sobre o disco na resenha da Nação da Música aqui.
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Até mesmo o TikTok revelou artistas que trouxeram o pop punk de volta para as gerações mais novas. O americano de 20 anos conhecido como jxdn acumula milhões de streamings no Spotify com o novo álbum “Tell Me About Tommorow”, além de um cover do hit “drivers license”, de Olivia Rodrigo, em uma versão “pesada” que passa dos 13 milhões de streams.
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O pop mainstream também anda flertando com referências do punk. A própria Olivia Rodrigo mostrou a versatilidade de gêneros com o sucesso do disco “SOUR”, principalmente na primeira faixa do repertório, intitulada “brutal”, que acompanha elementos de um típica música do pop punk, mesmo sendo uma artista pop.
Outro nome que seguiu o caminho anteriormente foi Miley Cyrus, com o álbum “Plastic Hearts”, que traz características de um “pop um pouco punk”, com instrumentos mais marcados. Além do repertório, Miley divulgou covers de sucessos do rock, como “Zombie”, do The Cranberries, e “Heart Of Glass”, de Blondie, em versões repaginadas que se encaixaram na voz da cantora.
Porém, não só de novas caras revive o gênero. All Time Low, do hino “Dear Maria, Count Me In”, lançou o oitavo álbum da carreira, “Wake Up, Sunshine”, com referências da essência original, mas olhando para as atualizações da cena. Uma das faixas que uniu dois mundos foi “Monsters”, em parecia com blackbear, que ganhou uma versão com a inclusão de Demi Lovato.
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“É muito legal ver que ainda existem muito poucas regras. Antes você tinha que ser uma coisa muito específica para atrair esse nicho de mercado. Do contrário, você foi chamado de vendido ou poser ou o que quer que seja. E agora é incrível como tudo isso é amálgama, e como você pode meio que confundir as linhas entre os gêneros”, comentou o vocalista Alex Gaskarth à Forbes.
Vale também fazer uma menção ao rapper blackbear, que, apesar de não ser propriamente da cena punk, traz grandes referências em suas músicas e diversas colaborações de peso. Além dos já destacados All Time Low, Machine Gun Kelly e Yungblud, o americano também segue trabalhando com Travis Barker.
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Como mencionado anteriormente, Avril Lavigne é um dos nomes mais representativos do pop punk dos anos 2000, e que continua marcando o gênero. Em 2021, além da forte colaboração com Willow em “G R O W”, a cantora divulgou a canção “Flames”, com o agora namorado MOD SUN. A faixa faz parte do último álbum do artista, “Internet Killed the Rockstar”, que também chamou a atenção na cena ao mostrar seu lado voltado para o pop punk, caminho parecido de Machine Gun Kelly.
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O blink-182 também tem tudo para fazer seu retorno no revival da cena. Com a forte presença de Travis Barker na produção de novos artistas, a banda também prepara um próximo álbum. Como você acompanhou aqui no NM, o baterista revelou em entrevista que o disco está “60% pronto, mas sendo lentamente terminado” e trará parcerias de Grimes e Lil Uzi Vert.
Apesar das diferentes colaborações, Travis afirmou que o blink-182 mantém a identidade do punk. “Não é como se estivéssemos fazendo uma música de rap ou qualquer coisa. É trazer o Uzi para o nosso mundo. Então, é mais um tipo de música punk com sentimento reggae”, comentou.
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O Brasil aos poucos segue o mesmo caminho, com o revival do pop punk com artistas consolidados e novos nomes que carregam as mesmas influências. O sucesso do último álbum da Fresno, “Sua Alegria Foi Cancelada”, mostrou que a cena continua viva e chegou a novos públicos. Já Di Ferrero prepara o álbum solo após o NX Zero e é de se esperar que traga a mistura do pop com as raízes punk.
E ao mencionar Fresno e Di Ferrero, chegamos à cantora Day, que está para lançar o primeiro álbum da carreira, “Bem-vindo ao Clube”, ainda sem data de estreia divulgada. Apesar de estar inserida no pop desde o começo da carreira, a artista sempre deixou claro suas influências na cena do pop punk. Os singles “Não Gosto de Mim” e “Finais Mentem”, que irão compor o disco, já mostram as referências mais marcantes.
A estética dos novos videoclipes e arranjos das faixas, mostram o mesmo caminho dos artistas internacionais, com uma nova forma do pop punk, que nunca desapareceu, mas passa por seu revival pela nova geração. Day também já confirmou, pelas redes sociais, que o próximo disco terá uma faixa em colaboração com Lucas Silveira, da Fresno, e produções com participação de Di Ferrero.
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