Com os últimos clipes lançados, não são poucas as polêmicas que cercam a cantora pop Sia a respeito de seu último disco, o “1000 Forms of Fear”, e é por isso que nessa quarta (22), o álbum ganha resenha aqui na NM, mesmo sendo mais antigo.
Depois de muito tempo favorecendo o cenário musical estadunidense, seja compondo músicas para grandes nomes como Beyoncé, ou fazendo parcerias com David Guetta, Sia lançou – depois de cinco álbuns e mais de quatro anos sem novidades – o “100 Forms of Fear” no meio de 2014, e em pouco tempo conseguiu alcançar grande fama, com direito a 1º lugar na Billboard 200. O disco apresenta – de forma fragmentada e criptografada – a história pessoal da cantora, e apresenta isso com força, com hits profundos e cheios de significados que o ouvinte precisa estar atento para perceber.
Sem dúvidas uma das músicas mais impactantes de todo o disco, seja pela sua letra ou por seu clipe, é “Chandelier” que abre o álbum e mostra, logo de cara, todo a força de Sia, tanto na letra quanto na voz da cantora. Ao ouvir a primeira vez, já fica claro que o álbum será recheado de possíveis hits, e “Chandelier” marca isso, com uma letra complexa, e um pop underground ao fundo que torna a faixa impossível de ser ouvida uma única vez. O clipe, que hoje já alcançou a marca de mais de 678 milhões de visualizações, ajudou a “viralizar” a música no cenário musical mundial e apresentou pela primeira vez a dançarina Maddie Ziegler, que pela sua idade acabou se tornando pivô de muitas das polêmicas que acompanham o disco.
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Uma das faixas a ganhar clipe recentemente (também estrelado por Maddie Ziegler) , “Big Girls Cry” é mais uma música que marca a personalidade ambivalente da cantora, com uma letra sofrida (adjetivo que acompanha quase todo o disco)com o refrão “big girls cry when they hearts are breaking” (algo como “garotas grandes choram quando seus corações são quebrados”) e com uma melodia melancólica ao fundo. Na sequência da faixa temos “Burn The Pages” e “Eye Of The Needle” que são faixas mais animadas do que sua antecessora, porém ainda carregam temas pesados como relacionamentos complicados e dramas da cantora.
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“Hostage”, por sua vez, é uma das músicas mais animadas de todo o álbum (lembrando o último álbum da cantora, o “We Are Born”, de 2011) e de todas as faixas, é a que apresenta um contato maior com o rock. A faixa não destoa de todo o álbum, mas tira um pouco daquela melancolia apresentada nas quatro faixas anteriores. o refrão “tudo começou com um beijo, sou refém do seu amor” chama a atenção já que de todas as músicas, ambienta não um final feliz, mas alguns pontos positivos na história da cantora.
Voltando para a melancolia, segue a “Straight for the Knife”, que é quase uma balada e mostra uma continuação ( e possivelmente o final) do amor apresentado na faixa anterior. “Fair Game” também fala de relacionamentos, e é uma faixa no mínimo interessante, já que mostra a voz poderosa de Sia duplicada ao fundo com uma melodia simplista e quase inexistente em alguns momentos ao fundo.
Chegamos na oitava faixa do álbum e provavelmente na música que trouxe mais polêmicas para Sia. “Elastic Heart” tem uma letra impecável assim como uma melodia crescente (e também melancólica), que mostra de forma bem ampla a personalidade ambivalente da cantora. Para exemplificar de forma direta esse lado ambivalente, o clipe (mais uma vez estrelado por Maddie) colocou a garota numa jaula junto o ator Shia LaBeouf , ele apenas com um shorts da cor da pele, e foi aí que as críticas começaram. Muitos acusaram o clipe de fazer alusão à pedofilia (já que Maddie tem 12 anos e Labeouf, 28) e Sia chegou a se desculpar pelo vídeo. Porém o sucesso dele é inevitável e a música se tornou uma das favoritas de muita gente em todo o álbum.
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Seguindo temos “Free The Animal”, com uma melodia que remete aos anos 80 e letra que, mais uma vez, fala sobre relacionamentos. A música é bem animada e por essa característica, dá uma boa quebrada em toda a intensidade apresentada na música anterior. Depois temos “Fire Meet the Gasoline”, que também beira a balada, e embora tenha uma letra boa e uma melodia bem pop, é uma das faixas mais comuns do álbum. É boa, mas não tão incrível quanto as apresentadas anteriormente.
Depois temos “Cellophane”, e o arzinho de novidade (e de melancolia, claro) retorna! Sia começa cantando sem acompanhamento no início e a melodia vai crescendo depois. A música beira a desabafo, passando um sentimento de tristeza eminente. É boa (muito!), mas é triste.
Finalizando com uma balada, “Dressed In Black” termina o disco de forma carregada, cheia de sentimentalismo e instrumentos, mas um pouco mais animada. Liricamente, a faixa mostra quase que um resumo de todas as músicas as do álbum, passando o sentimento de que a cantora estava para baixo, mas que alguém conseguiu salvá-la. Um final feliz, em meio toda a melancolia.
Tracklist:
- Chandelier
- Big Girls Cry
- Burn The Pages
- Eye Of The Needle
- Hostage
- Straight For The Knife
- Fair Game
- Elastic Heart
- Free The Animal
- Fire Meet Gasoline
- Cellophane
- Dressed In Black
Nota: 9
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