Na sexta-feira (06), a banda 30 Seconds to Mars lançou seu quinto álbum de estúdio intitulado “America”. Ele pode ser encarado como um disco de extremos, há quem o ame e quem o odeie. E há quem vá defender a ideia de que o grupo está se arriscando em novos ritmos.
De fato, é nítida a tentativa de levar a banda para outros estilos. O grande problema é que foram vários de uma vez só. A impressão que passa ao ouvir “America” pela primeira vez é de uma certa confusão, pois há muita informação junta.
Há uma variedade grande dentro do disco. A principal presença é do eletrônico, que vem forte. Uma mistura de pop e até influência do trap. E para o final do álbum ainda tem espaço para algo mais acústico.
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A faixa inicial “Walk on Water” dá um bom parâmetro do que é trabalhado no disco. Um refrão forte, o vocal rasgado de Jared Leto, muitos efeitos e batidas eletrônicas no fundo. Ela não é ruim, é diferente do que a banda fazia apenas.
Um recurso que ele utiliza nesta primeira música e em outras três é o “ouô” gritado do vocalista. “Live Like a Dream”, “Great Wide Open” e “Dangerous Night” possuem isso, o que realmente fica cansativo quando se ouve ele inteiro.
Duas colaborações foram incluídas. “One Track Mind”, com A$AP Rocky, que, apesar dele, é uma das mais fracas. Ela é bem repetitiva, em alguns momentos parece que o ritmo vai mudar com o Jared Leto aumentando a voz, mas então volta para o que era antes.
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Já “Love Is Madness” pode dividir opiniões pelo instrumental forte ao fundo, mas a parceria com Halsey ficou ótima. A combinação das duas vozes é um dos grandes acertos aqui. No final do primeiro refrão há uma pausa que quebra o ritmo que vinha em alta e já muda um pouco a música.
Para o final do disco, vale destacar positivamente “Remedy”. A canção se difere de tudo que já tinha sido apresentado até então. Ela é basicamente a voz com violão, uma faixa simples, que, para esse trabalho, é algo muito bom.
A variação de estilos entre as faixas e a mistura do eletrônico colocam o 30 Seconds to Mars num mais do mesmo da música. O álbum “America” coloca a banda no mainstream, sem apresentar nada muito de diferente do padrão.
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