Resenha: “Azul” – Zimbra (2016)

Capa ZimbraA banda Zimbra, que no último domingo revelou “saudade dos palcos”, se prepara para realizar uma turnê nacional com início em abril e que premiará os fãs com o terceiro álbum de uma das bandas independentes que mais vem ganhando destaque no cenário nacional.

Formada em 2007 pelo quarteto Rafael Costa (vocais), Vitor Fernandes (guitarra) Guilherme Goes e Pedro Furtado, que assumem baixo e bateria, a antiga “Panorama” já soma quatro trabalhos lançados – dois EPs e dois álbuns de estúdio, sendo o mais recente deles, “Azul”, lançado em 2016 com 11 faixas.

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Com belas letras, arranjos bem orquestrados e acordes bem marcados, “Azul” foi produzido por Agildo Lásaro aka Lampadinha (Charlie Brown Jr, Los Hermanos) e revela o processo de maturação em uma personalidade musical própria.

A cor azul que na Europa simboliza a morte, depressão e a melancolia foram retratadas ao longo de cada canção de “Azul”.

A faixa que abre o disco dá “Sinais claros de uma sonoridade cheia dos trompetes e trombones (marca registrada da banda) que mescla-se com batidas cadenciadas de bateria e a básica dupla guitarra e baixo guiando uma voz suave que canta passado, desilusões e uma quimera história de amor.

Em uma mistura de desinteresse e amor que sobra, “Deixa Assim” é o retrato de relacionamentos desgastados que não querem ter fim, a sonoridade equalizada do início se arrasta como a expressão do contato com o outro e a guitarra chora, em tons que lembram Oasis.

Chuva” é uma balada entre o amor que beira à porta, onde a batida do chimbal e dos instrumentos de sopro (trompete e trombone) prevalecem como as gotas de chuva.

Trem” é uma música que a banda desengavetou; os caiçaras tocaram pela primeira vez em um ensaio de 2012, porém na época acharam que não era o momento ideal de expô-la. Em meados de 2015, quando começaram a trabalhar nas músicas que viriam a se tornar o “Azul”, ela reapareceu e ganhou um arranjo novo que deixou todo “mundo feliz”, diz o baterista, Pedro Furtado.

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“Azul” faixa título do álbum é marcada por um solo de guitarra magnifico um clipe oficial que mostra uma história daquelas de deixar o coração apertado sobre o retrato da solidão em cenas gravadas na praia de Bertioga.

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“Riso Leve” é a confirmação de que além de ótimos músicos, os meninos do Zimbra são ótimos letristas. Em uma canção que reflete a maturação de quem olha pra trás, o presente e o futuro e se vê no espelho como parte de algo que não se é.

Composta pelo vocalista Rafael Costa, o single “O Redator” e “Por nós dois” segue a linha das canções apresentadas no último EP “Mocado”, de 2014, que chamou atenção pela mistura do romantismo com elementos do funk e soul brasileiro da década de 70, lembrando o sindico Tim Maia.

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“Morte e sorte”, “Não sei lidar” e “Eu te amo e nem sei” são músicas compostas e arranjadas que denotam essa aura um pouco mais melancólica e reflexiva que serviu de conceito para a conclusão do disco.

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Ao longo do álbum disponibilizado em vídeo, é possível ter a impressão de estar lendo o encarte do disco, pois as letras das músicas acompanham o design da capa e contra capa, acentuando a verossimilhança do real.

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Mariana Domin
Mariana Domin
Fé, arte e cultura. Nada é secular, tudo é sagrado.
"Azul", assim como a cor tão peculiar e cheia de emoções é o retrato fiel do disco que revela um Zimbra plural que vai além de uma banda de pop rock. Com letras bem arquitetadas, os arranjos nos traz nuances e nos leva para outro patamar. Em resumo, Zimbra se mostrou mais do que uma banda do cenário independente, mas exibiu e desfilou excelentes músicas, revelando que o cenário autoral e intimista tem poder de cativar e fincar raízes. Resenha: "Azul" - Zimbra (2016)