Resenha: “Beauty Behind The Madness” (2015) – The Weeknd

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Você pode até não saber quem era Abel Tesfaye, mais conhecido como The Weeknd em 2011, mas tenho certeza que em algum momento de 2015 você já ouviu uma de suas músicas. Cheio de sexo, drogas e mulheres, o segundo disco de estúdio do canadense “Beauty Behind The Madness”, foi lançado no dia 28 de agosto e com duas de suas músicas, o cantor é o primeiro artista solo desde 2008 a estar em duas posições da Billboard Hot 100 simultaneamente.

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Em “Beauty Behind The Madness” podemos descobrir uma nova vibe do artista, focando mais no pop do que em seus trabalhos anteriores, mas quem acaba de conhece-lo também não vai se decepcionar, sendo introduzido de uma forma explosiva para o seu universo. Tanto em sua voz, como em seu instrumental, podemos sentir uma grande carga emocional do canadense. Por outro lado, temos um disco longo, que pode cansar um pouco, e acaba tendo músicas descartáveis.

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O disco é aberto por “Real Life” uma música que segue um formato pop já conhecido, e que fala um pouco sobre seu estilo de vida e como sua mãe dizia que isso iria destruí-lo. “Pessoas sempre me disseram para ser cuidado com o que faço e não sair por aí quebrando jovens garotas. E minha mãe sempre disse para tomar cuidado com quem se ama, e ser cuidado com o que se faz”. Junto com violinos e o piano, a voz melódica do Abel vai contando a história. Na sequência, “Losers” conta com a participação do britânico Labrinth. A faixa começa com um piano que não dura muito, sendo substituído pelas batidas que marcam o estilo do artista canadense. Com a frase “Apenas perdedores vão para a escola” o cantor vai falando sobre as vantagens de largar a escola (Assim como ele fez). Em “Tell Your Friends” temos uma faixa mais lenta e sexy. Você pode entender como um “vá falar para os seus amigos sobre isso” ser sobre uma garota ou sobre o ouvinte mesmo, para sair e falar sobre o artista. Para quem ainda não sabe, The Weeknd fez parte da trilha sonora de “50 tons de cinza”. A faixa seguinte, “Often”, apesar de não ser a que aparece no filme, é uma que caberia bem no filme. É uma faixa que já tocou repetidamente em vários lugares, e inclusive em nossas mentes, já que é realmente “chiclete”.

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“The Hills” foi lançada como single nesse ano e fala sobre deixar os seus sentimentos e os da garota completamente fora da equação. A música segue o padrão do artista, mas tem alguns diferenciais em sua letra e um refrão que a fazem se destacar. Inclusive, está em segundo lugar da Hot 100 da Billboard. Na sequência, “Acquainted” continua com sua linha de festas e sexo, admitindo que gosta da possibilidade de haver amor. A canção passou por algumas mudanças durante o processo de gravação do disco, tendo que ser regravada e ganhando um novo título, depois de ter sido vazada. E chegamos a canção que está no topo do Hot 100 da Billboard, e que também já conquistou todo mundo durante as premiações. Isso porque a faixa tem um estilo diferente e marcante. Em “Shameless” temos um início com um violão que vai acalmando o ritmo do disco, e diferente da maioria das músicas em que ele se culpa pelos erros, agora ele culpa a garota. E ao invés de parecer sem preocupação e sentimentos, ele se mostra mais preocupado. Agora chegamos na faixa que a maioria do público deve conhecer, devido ao filme em que ela aparece. “Earned it” é uma das músicas que conta com mais instrumentos no disco, é clássica, tem uma batida maravilhosa, os vocais do canadense estão no ponto, e por mais clichê que seja, é uma das minhas faixas favoritas do disco. “In The Night” já começa com agudos interessantes do cantor, e as comparações com Michael Jackson são inevitáveis. De acordo com uma entrevista, a música é baseada na história de uma menina que foi vítima de um abuso sexual na infância, o que torna a faixa toda dance meio mórbida.

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“As You Are” começa o processo de encerramento do disco, mas é uma das faixas que não marcaram muito sua presença. A música fala sobre continuar tentando manter um relacionamento que está destinado a acabar, tema recorrente em suas músicas. “Dark Times” se inicia e você já sabe, apenas pela batida do violão, que temos uma mistura de Ed Sheeran e The Weeknd. A colaboração foi feita enquanto o britânico estava em Toranto, e foi espontânea, de acordo com uma entrevista para o NY Times, e fala um pouco sobre seus vícios e depressão. “Prisioner” é uma outra colaboração (e a última do álbum), agora com Lana Del Rey. A faixa foi produzida pelo próprio cantor, e mostra uma harmonia muito boa entre os dois artistas. “Angel” é a música que fecha o disco, mesmo parecendo que ele já poderia ter sido encerrado antes. A música é sobre uma menina angelical encontrar alguém que realmente se importe com ela. Mostra aquele lado preocupado e não tão frio do cantor.

Tracklist:

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01. Real Life
02. Losers (Ft. Labrinth)
03. Tell Your Friends
04. Often
05. The Hills
06. Acquainted
07. Can’t Feel My Face
08. Shameless
09. Earned It
10. In The Night
11. As You Are
12. Dark Times (Ft. Ed Sheeran)
13. Prisoner (Ft. Lana Del Rey)
14. Angel

Nota: 8

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Andressa Oliveira
Andressa Oliveira
Metade campograndense, metade paulistana, jornalista e apaixonada por música. Escreve para o Nação da Música desde 2012, estuda música desde pequena, é obcecada por reality shows musicais, odeia atender telefone, mas não vive sem seu celular. Seriados, livros e comida também não podem faltar em sua vida.