Resenha: “Collab” (2015) – Strike

strike (1)Depois de três anos e um período de muitas mudanças, o Strike se reinventou e está de volta com um novo álbum de estúdio. Os rostos por trás da batera e do baixo (Cadu e Fabio, respectivamente) deixaram a banda, que agora se apresenta com uma nova formação junto de Bruno e Léo, prometendo muitas novidades. O grupo já surpreende numa sonoridade um pouco diferente, guiada pelo vocalista Marcelo Mancini. “Collab” é uma mistura louca porém genial do rock energético já apresentado pelo Strike com muita influência do reggae e até do rap. O caminho tomado pelos mineiros demonstra muito amadurecimento, coisa que fica ainda mais clara nas letras.

A trajetória da banda começou em Juiz de Fora, no começo dos anos 2000. Até que em 2007, tomaram proporção nacional com o álbum de estréia “Desvio de Conduta”, ano em que o single “Paraíso Proibido” foi tema da novela adolescente Malhação. Desde então, o Strike tem formado uma grande base de fãs, que foram peça importante na produção deste álbum, feito de forma independente através de um projeto de crowdfunding. Dessa forma, os músicos tiveram uma maior liberdade para compor, arriscando e experimentando coisas novas. O nome “Collab” vem de colaboração, essa que se concretizou pela ajuda dos fãs no processo, e as parcerias presentes nas 11 faixas do disco, que conta com Helio Bentes, Alexandre Carlo e Rael, artistas influentes do cenário Reggae, deixando mais forte essa veia jamaicana.

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A nova cara do grupo já se mostra na abertura de “Rolo Compressor”, que tem um cunho político bastante forte, incentivando uma revolução por parte da sociedade contra a corrupção, alienação e até o comodismo dos brasileiros, através de um instrumental que revesa uma melodia mais pesada com uma mais descontraída. Após sintonizar a rádio, “Acende o Isqueiro” assume por completo a atmosfera praiana, flertando com o rap através das participações especiais, bastante diferente do som punk rock dos trabalhos anteriores.

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Em um caminho mais melódico, chega a romântica “Qualquer Lugar”, em parceria com o vocalista do Natiruts. A banda se mostra bastante confiante nesse estilo, criando um som despreocupado e envolvente, sem perder aquele jeito Strike de ser. Esse toque pessoal está bem forte em “Grafitando a Trajetória (Relíquia)”, com uma guitarra mais evidente e referência a diferentes tribos e estilos, pedindo “menos ódio e mais amor”. A junção do reggae e o rap é chamado de New Roots, estilo trabalhado em “Luz”, que acrescenta características do rock somado a elementos eletrônicos, criando um ar sofisticado e inovador a mistura.

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Para passar aquele dia tranquilo na praia, “O Impossível Me Atrai” é a música perfeita, em uma melodia que envolve a quem ouve e te faz esquecer dos problemas por alguns minutos. Se os fãs mais antigos estão estranhando um pouco esse novo estilo, “A Coisa – Babylon Remix” é uma injeção de ânimo, que traz de volta a ferocidade com uma batida rápida e energética, porém que logo se apaga e da novamente lugar a tranquilidade de “O Mar Levou”.

No mesmo estilo, “Lei da Atração” cria uma vibe leve e romântica, ligando o amor aos planos do destino. “Biografia 2” resgata o rock que conquistou o Brasil, lembrando que em meio a experimentações e riscos tomados pela banda, o DNA do Strike continua ali, porém mais tranquilo e desacelerado. Uma nova versão de “Sol de Paz”, primeiro single divulgado do projeto, encerra o álbum, que marca o inicio de uma nova fase para os mineiros, nos deixando ansiosos para que o futuro nos reserva.

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Tracklist:

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01 – Rolo Compressor
02 – Acende o Isqueiro
03 – Qualquer Lugar
04 – Grafitando a Trajetória (Relíquia)
05 – Luz – New Roots Remix
06 – O Impossível Me Atrai
07 – A Coisa – Babylon Remix
08 – O Mar Levou
09 – Lei da Atração
10 – Biografia 2
11 – Sol de Paz – Calitown Remix

Nota: 7

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