Resenha: “No. 6 Collaborations Project” – Ed Sheeran (2019)

Ed Sheeran
Foto: Rafael Strabelli / Nação da Música.

No dia 12 de julho, Ed Sheeran lançou seu mais novo projeto “No. 6 Collaborations”, que consiste em 15 faixas apenas de colaborações, como o próprio nome já sugere. Provando que consegue migrar entre vários gêneros musicais, o britânico continua quebrando recordes e mostrando o motivo de ser um dos maiores nomes no cenário pop atual.

A faixa que abre o projeto, “Beautiful People“, é uma parceria com Khalid e trata um assunto sempre abordado por Sheeran: se sentir deslocado em uma festa. A pegada é leve e por mais que não apresentem muitas distinções, remete muito mais ao som habitual de Khalid, que inclusive é o que torna a canção de fato interessante.

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Comparações são sempre delicadas, principalmente quando um dos lados é um single de extremo sucesso, porém escutar “South Of The Border” e não ter mesmo que uma breve lembrança de “Shape Of You” é bem difícil. Nesta, Camila Cabello e Cardi B são as convidadas, e fica por conta da rapper a tarefa de quebrar o paradigma de “canção que já ouvimos antes”.

De um lado, “Cross Me” coloca Chance the Rapper, um dos rappers mais populares atualmente, e de outro temos PnB Rock, não menos talentoso mas ainda desconhecido pelo grande público. A informação é importante a nível de se compreender como a música é desenrolada e PnB é quem fica com os trechos de destaque.

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Take Me Back To London” reúne Ed e Stormzy novamente, uma vez que já haviam performado juntos um remix de “Shape Of You” no Brit Awards, de 2017. A mistura é eficiente e os versos são bem trabalhados, sendo no disco, o primeiro contato que temos com Sheeran e suas rimas rápidas.

A balada romântica “Best Part Of Me” nos revela Yebba, cantora americana que já trabalhou com Mark Ronson e ganhou um Grammy, mas ainda não é um nome popular no Brasil. Também compositora, esta pode ser uma maneira interessante de chegar aos olhos do público geral.

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Esta é sem dúvida a mais popular do disco, que apesar de ter batido recordes e alcançado o primeiro lugar nas paradas, continua fraca. “I Don’t Care” é a tão falada parceria com Justin Bieber, que novamente trata o fato de se sentir deslocado em eventos sociais. O sentimento é de que a colaboração poderia ter sido aproveitada de maneira melhor.

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Antisocial” é divertida e meio irônica, onde Sheeran pede para que as pessoas não lhe toquem justamente por ser anti-social. Esta é provavelmente uma das mais fortes da produção, novamente se leva bastante em consideração o artista convidado, que desta vez foi Travis Scott.

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Revivendo uma outra parceria feita em 2017 com “The River”, Eminem aparece em “Remember The Name“, na companhia de 50 Cent, onde eles, bem, basicamente rimam. A faixa tem uma pegada mais característica de Eminem, o que é bem recorrente no disco, sempre levando em consideração o convidado da vez.

Com Young Thug e J Hus, “Feels” tem uma forte pegada de hip hop e um coro rápido, onde fala sobre seus sentimentos por uma garota.

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Ella Mai aparece em “Put It All On Me“, que foi um belo casamento entre sua voz e de Sheeran, que criou um R&B com refrão daqueles que gruda na cabeça e não sai mais.

E de novo, aqui vamos nós, com “Nothing On You” e o britânico deixando bem claro que prefere o sossego do que festas. Com Paulo Londra, rapper argentino, e Dave, ele surge com uma mistura interessante.

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Sobre grandes momentos, nós podemos presenciar um exatamente na faixa “I Don’t Want Your Money“, que recebe H.E.R.. Sincera, a canção trata sobre as dificuldades de lidar com sua vida pessoal enquanto se está em turnê, trazendo um senso extremo de empatia aos que ouvem.

No quesito composição, “1000 Nights” deixa (e muito) a desejar. Com Meek Mill e A Boogie Wit da Hoodie, Ed fala sobre o quanto não imaginava ser grande deste ano e sempre nos lembra o quanto trabalhou para estar ali. A esta altura, nós já ouvimos algumas coisas parecidas do cantor.

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Produzida e co-escrita por Skrillex, “Way To Break My Heart” é uma das poucas inovadoras presente no disco e contou também com a participação de Steve Mac, que colaborou com Ed em “Shape Of You”. A melodia é crescente, atrai o ouvinte e funciona de maneira fantástica.

A colaboração mais inesperada foi, obviamente, apresentada no final com “Blow“. Chris Stapleton e Bruno Mars se juntam à Ed Sheeran, para: uma música de rock. A proposta é curiosa, cada um em seu gênero diferente para uma realização destas chega a ser ambicioso. Toda a mistura funciona e o final é satisfatório.

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O projeto tem uma premissa legal e a lista de participações é de fato impressionante. Como já dito anteriormente, é inegável o poder que Ed Sheeran possui em passear por diversos estilos, mas o que parece deixar a desejar são os quesitos originalidade e composição, que já não soam mais tão próprias e características como costumavam ser.

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