Resenha: “Happiness Begins” – Jonas Brothers (2019)

jonas brothers

Desde o início de suas carreiras na Disney Channel, o estouro mundial e sua separação, os Jonas Brothers nunca deixaram o imaginário dos fãs apaixonados que ansiavam por uma volta. Apesar de terem trilhado caminhos distintos e muito bem sucedidos, em fevereiro de 2019 os irmãos anunciaram seu retorno e em junho lançaram o novo disco, “Happiness Begins”, que alcançou o topo da Billboard pela primeira vez em todos estes anos.

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O álbum é iniciado com seu primeiro single divulgado, ou seja, aquele responsável tornar a volta dos Jonas Brothers oficial. “Sucker” funciona num ritmo corrido, daqueles que dá para acompanhar com rápidas batidas de palma e cumpre ao que se propõe: o trio voltou e continua de onde parou, mas com o adicional de uns anos de maturidade. A pretensão é causar familiaridade sem ser exatamente igual ao que já ouvimos anteriormente dos irmãos.

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Na sequência temos “Cool“, que é cheia de referências atuais da cultura pop. Desde “Game Of Thrones” (Joe é casado com a atriz Sofie Turner) até Post Malone e trata basicamente sobre se sentir bem e ter um dia agradável, simples assim. Os falsetes de Joe que eram tão familiares nos tempos de DNCE, voltam a ter destaque nesta era do grupo.

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Produzida pelo requisitado Shellback, que já trabalhou com Maroon 5 e Justin Timberlake, “Only Human” é leve, divertida e trabalha de maneira combinada entre os vocais e seu instrumental. Sabe quando você ouve uma canção e parece que a voz e todo o seu som se misturam? É essa a sensação que ela causa.

Mudando um pouco o clima, “I Believe” foi descrita pelo próprio Nick como uma carta de amor à sua esposa, a também atriz Priyanka Chopra. Uma balada suave, com uma pegada romântica e que trata justamente sobre como outras pessoas podem julgar a velocidade com a qual um relacionamento se desenvolve, fazendo referência direta à sua história.

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Ainda de acordo com os próprios irmãos, “Used To Be” foi inspirada em Post Malone, o que é uma informação interessante se adquirida ao ouvir a canção e poder entender que sim, ela remete ao som do cantor. Apesar de falar sobre um coração partido, a canção é abordada como um pop mais melódico e está longe de ser uma faixa dramática.

Com uma pegada forte de soul e R&B, “Every Single Time” nos levam diretamente à carreira solo de Nick, que abusa de “oh yeah’s” e “ooh’s”. A canção, no entanto, soa um tanto repetitiva, apesar de certamente ser difícil ficar parado ao ouvi-la.

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Com muita coisa a dizer, Nick e Joe dividem o vocal numa canção que trata sobre ressentimento e pode muito bem ser aplicada aos problemas que tiveram no passado. Ainda que não seja revelada a fonte da inspiração, “Don’t Throw It Away” é agitada na medida certa e utiliza bastante de batidas ao fundo, dando espaço para a guitarra no coro.

Não se trata apenas da semelhança no título, mas “Lover Her” é apresentada como uma balada minimalista e se aproxima bastante de “Love Yourself”, de Justin Bieber. Talvez a falta de originalidade comprometa o desenvolvimento da canção, que não apresenta grandes momentos ou uma forte característica do som dos irmãos.

Happy When I’m Sad” é sarcástica e trata a relação do trio com a mídia, que começou desde cedo. Eles falam sobre a falta de compreensão com seus verdadeiros sentimentos e pelo ritmo agitado, a letra com um recado direto pode passar despercebida. Nick Jonas foi o responsável pela composição.

Com destaque para a guitarra e os falsetes (que não param de aparecer ao longo da canção), “Trust” parece um daqueles hits feitos para tocar na rádio e funciona de maneira mais lenta que os singles já divulgados, quase que de maneira sexy.

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Se em algum momento isso foi esquecido, “Strangers” nos relembra que os Jonas Brothers de fato cresceram e como algumas canções presentes no disco, este é exatamente o som que poderíamos imaginar que os meninos estariam fazendo se a banda não tivesse entrado em uma pausa.

Em “Hesitate” existe todo um drama melódico que casa perfeitamente com a letra da canção. Um coro de fundo todo um significado para a faixa, que é provavelmente uma das mais lentas presentes no disco. Nesta, é o nome de Joe que aparece como um dos compositores responsáveis.

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De cunho extremamente pessoal, “Rollercoaster” parece em cada frase passar por todas as fases dos irmãos, citando até mesmo a fé. É definitivamente uma canção nostálgica e que funciona muito bem como a penúltima músico do álbum.

Chegamos ao fim com “Comeback“, que fala sobre pessoas especiais retornando à sua vida. O instrumental é caprichado mas sem grandes exageros e assim a faixa segue seu curso, sem soar pretensiosa porém com grandes momentos.

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Com uma mistura de baladas românticas, canções divertidas e até mesmo nostálgicas, os Jonas Brothers conseguiram dosar exatamente tudo o que era necessário para que o álbum não fosse cansativo e repetitivo. Seus caminhos individuais nos últimos anos certamente se alinharam para que a produção obtivesse este nível de qualidade e conquistassem com ela, feitos inéditos em sua carreira.

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