Resenha: “No Sound Without Silence” (2014) – The Script

Dois anos se passaram do álbum “#3” do The Script até que o “No Sound Without Silence” fosse lançado. E apesar do vocalista Danny O’Donoghue ter dito que no quarto álbum é permitido tentar coisas novas, o disco volta ao início da carreira da banda, se distanciando da influência R&B que tiveram no CD lançado em 2012.

O álbum lançado no dia 12 de setembro de 2014 conta com 11 faixas foi basicamente gravado enquanto a banda estava em turnê, e apresenta um pouco mais do mesmo que estamos acostumados, se tornando nada mais do que óbvio. Lembrando-se de singles como “Breakeven” e “The First Time”, é inegável se pegar pensando em o que aconteceu para que um disco tão fácil de ser esquecido fosse produzido.

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O disco é aberto com a canção “No Good in Goodbye” com uma longa introdução seguida da bela voz de Danny e um estilo de letras que já estamos acostumados. “Where’s the ‘good’ in goodbye? Where’s the ‘nice’ in nice try?” (Onde está o bom em adeus? Onde está o bom em boa tentativa?) mostram mais um pouco de músicas sobre um coração partido, acompanhadas da guitarra, piano e bateria que já conhecemos bem. A faixa seguinte, “Superheroes”, foi o primeiro single liberado pela banda, e alcançou o terceiro lugar nas paradas do Reino Unido e o topo na Irlanda, e ao escutá-la, a única coisa que se passava na minha cabeça era “Hall of Fame”. Pelo menos a receita ainda tem dado certo para a banda, não é? “Mano n a Wire” é uma metáfora sobre estar em uma relação ruim ou que chegou ao fim e que mesmo pensando que você está em uma corda bamba e pode cair a qualquer momento, você nunca quer que a outra pessoa veja isso.

Por que parece que eu já ouvi a introdução de “It’s Not Right For You” em algum lugar? A música segue o mesmo esquema do que já conhecemos, e traz letras que podem inspirar um pouco. “Ela disse, não é o suficiente você tentar viver a sua vida. Mas não seguir os seus sonhos faz com que você se sinta morto por dentro, se você não ama o que você faz”.  Confesso que essa foi uma das primeiras letras que eu realmente prestei atenção ou gostei. “The Energy Never Dies” é mais uma faixa que traz alguns “ohs” em sua composição, e fala sobre o tempo passando e como a energia nunca morre. Apesar de uma melodia gostosa de guitarra batidas poderosas, não é uma canção memorável.

“Flares” traz um lado obscuro e sentimento profundo ao falar sobre a mãe de Danny. O instrumental foi composto pela delicada melodia do piano, além de guitarra e baixo – como de costume. Essa é uma faixa memorável para o álbum, porque não traz algo com que estamos acostumados. Na sequência, “Army Of Angels” traz um pouco mais sobre a batalha do coração, em forma de metáfora. “Se ódio é veneno, então amor é a cura”. “Never Seen Anything Quite Like You” traz uma lembrança de “I’m Yours”. É uma lenta e bela melodia que também chamou a minha atenção.

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“Paint The Town Green” traz um pouco da cultura irlandesa, fala sobre a saudade de Dublin, uma grande festa e celebração do seu legado. Parece que estamos em uma festa típica com vários copos de cerveja. “Whitout Those Songs” é mais uma faixa que sai um pouco do óbvio. Não tem uma letra tão memorável, mas traz uma melodia gostosa com o violão, strings e um pouco de ritmo com a bateria. A harmonia dos vocais também traz uma sensação boa ao escutá-la.

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A última música do disco é intitulada “Howl at the Moon”. Podemos ver as habilidades vocais de O’Donogue, junto com os violinos que aparecem no refrão, fechando o álbum de uma forma mais calma.

A questão, não é que o álbum seja ruim. Ele apenas traz mais do que nós já conhecemos e não se destaca em nada. Todas faixas seguem uma fórmula similar, fáceis de serem gravadas, e nada inovador. Essa é a decepção. Ao invés de andarem um passo para a frente, acabaram dando alguns para trás.

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Faixas:

01 – No Good in Goodbye

02 – Superheroes

03 – Man on a Wire

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04 – It’s Not Right For You

05 – The Energy Never Dies

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06 – Flares

07 – Army of Angels

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08 – Never Seen Anything “Quite Like You”

09 – Paint the Town Green

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10 – Without Those Songs

11 – Hail Rain or Sunshine

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Nota: 6

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Andressa Oliveira
Andressa Oliveira
Metade campograndense, metade paulistana, jornalista e apaixonada por música. Escreve para o Nação da Música desde 2012, estuda música desde pequena, é obcecada por reality shows musicais, odeia atender telefone, mas não vive sem seu celular. Seriados, livros e comida também não podem faltar em sua vida.