Na companhia de um céu aberto que dava espaço para o sol reinar, com nuvens que não chegavam nem a ameaçar molhar ninguém, a quarta-feira (15) de Popload foi calorosa como deve ser um festival – sem frio nem chuva para estragar.
A edição de 2017 do evento teve seu pontapé inicial com o show da banda Neon Indian, que apesar de toda a sua energia no palco tocou para uma plateia ainda tímida. O público foi chegando aos poucos no Memorial da América Latina, de forma que não houveram grandes filas para entrar e para recolher as pulseiras na bilheteria.
A seguir, foi a vez do trio Ventre com uma apresentação marcada por músicas repletas de efeitos sonoros e por manifestações da baterista Larissa Conforto, que discursou acerca da decisão da ilegalidade do aborto por parte de políticos homens, igualdade de gênero e sobre discriminação racial.
Às três e cinquenta, o sol castigava tanto o público presente – que há essa altura já estava bem maior do que no início do festival – quanto os membros do Carne Doce, que fez um show energético e dançante, revelando a habilidade da banda e a potência da voz de Salma Jô.
Os londrinos do Daughter subiram ao palco do Popload para refrescar o festival com o seu indie folk melódico, que deu fôlego e ânimo à plateia para o próximo show.
PJ Harvey trouxe a sua big band – que contava com backings masculinos graves, grandes tambores e metais de sopro – para uma performance teatral e sombria, que calhou com a caída da noite.
Após o show da PJ – que você confere o setlist aqui – um palco secreto trazido pela Heineken foi inaugurado, levando aos presentes um show surpresa da dupla britânica de música eletrônica AlunaGeorge – que convidou a brasileira Iza para uma participação especial.
Há 20 anos juntos, o Phoenix trouxe um show bombástico do começo ao fim que acabou com o restante do fôlego da galera e aqueceu os corações de seus fãs.
A banda abriu o setlist da noite com “J-Boy”, que foi seguida por uma tsunami de sucessos em sequência – “Lasso”, “Entertainment”, “Lisztomania” e “Trying To Be Cool”, todas acompanhadas de efeitos de luz e imagens de fundo que hipnotizavam o público, como foi em toda a performance dos franceses.
Em certo ponto da apresentação, o vocalista Thomas Mars agradeceu o carinho dos fãs no Popload e chegou pertinho da plateia para cantar junto. Em um outro momento, as ilustrações de constelações ao fundo da banda – que combinavam de maneira incrível com os celulares capturando o momento – deixaram todos extasiados enquanto eles tocavam uma de suas canções.
A performance de “Ti Amo”, faixa que dá nome ao novo álbum do Phoenix, foi acompanhada por imagens de filmes antigos da Itália e pontos turísticos do país que foi inspiração para o seu trabalho mais recente.
Após a enxurrada de emoções que a banda nos trouxe, a conclusão do festival foi catártica. Depois de tocarem “1901”, “Ti Amo” foi base para uma jam feita pelos caras, o que deu espaço para Thomas se jogar de vez na galera – fazendo crowdsurfing, ficando de pé no meio do público e até aproveitando para dar uns goles na bebida dos fãs que entregavam seus copos para ele.
A Nação da Música também capturou os diversos momentos dos shows do Popload em imagens, confira as 50 fotos do festival aqui.
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