Nesta sexta-feira (13), o AC/DC lançará o décimo sétimo disco de estúdio da carreira. Após uma pausa de 6 anos, os fãs finalmente poderão consumir material inéditos da banda australiana com o incrível “Power Up”.
À convite da Sony, o NM ouviu o disco na íntegra antes de ser lançado e nessa resenha te contaremos o que você pode esperar desse novo projeto. Vale lembrar que esse compilado marca o retorno Brian Johnson (vocais), após recuperar sua audição, Phill Rudd (bateria) e Cliff Williams (baixo). Stevie Young segue na guitarra rítmica, como foi anunciado desde o afastamento de Malcolm Young em 2014, em decorrência do estado avançado de demência, que acarretou em seu falecimento em 2017.
“Power Up” foi produzido por Brendan O’Brien, com quem eles já haviam trabalhado anteriormente em “Rock Or Bust” (2014). Todas as faixas são creditadas à Angus e Malcolm Young, conforme foi revelado pelo guitarrista e co-fundador do AC/DC, em vídeo postado no canal oficial da banda no Youtube; “Está conosco em espírito”.
O AC/DC está na estrada desde os anos 70 e, por serem uma banda já consolidada no mundo da música, bem como entre os fãs, no decorrer desses anos houveram poucas mudanças sonoras. Nesse álbum, isso não é modificado. Ainda há uma forte presença da guitarra rítmica, o baixo bastante marcado e a bateria sempre num ritmo perfeito com todo o restante. As doze faixas conversam muito bem entre si e todas possuem a marca registrada da banda, conforme desejo de Angus Young.
“Realize” é a faixa de abertura, mas foi o último single divulgado pela banda para promover o projeto, que já deixa claro que o seu propósito é hipnotizar o ouvinte e embalar sua ida ao paraíso, fazendo com que sinta emoções até a espinha, como a própria diz. “Feel a chill up and down your spine”.
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Em seguida, a bateria de “Rejection” relembra hits mais antigos deles, como a clássica “You Shook Me All Night Long”, presente em “Back In Black” (1980). O narrador aqui quer deixar bem claro que não aceitará ser desrespeitado ou rejeitado e, caso isso aconteça, a pessoa terá de lidar com as consequência. “Disrespect me / And you get burned / Best keep me satisfied / Or you know I’ll eat you alive”.
A transição final para a introdução do single “Shot In The Dark” funciona de maneira impecável, sendo definitivamente de um dos destaques para mim no álbum. A faixa fala sobre o fato de que se arriscar em uma aventura pode ser melhor do que uma caminhada tranquila no parque.
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Em entrevista concedida à Folha de São Paulo, Brian Johnson, vocalista do AC/DC, declarou que “Through The Mists Of Time” é a canção que mais lembra a época do já citado “Black In Black”. Nessa “Power Up” dá uma desacelerada, com o narrador falando sobre uma crise nostálgica pela qual ele está passando. Podemos dizer que é uma canção mais introspectiva. “And the painted ladies / Yeah, the painted ladies / Through the mist of time / The mists of time”.
“Kick You When You’re Down”, onde a bateria também tem destaque, é um desabafo sobre o quanto a vida gosta de nos bater quando nós já estamos caídos e, possivelmente, derrotados. “Is this is the way, the way it’s meant to be?”, questiona o narrador.
Em seguida temos “Witch’s Spell”, que segue o mesmo tom de homenagem aos sons antigos também presente na abertura de “Demon Fire”, que contém introdução assombrosa contando a história de um demônio. Ambas as músicas carregam o tom místico do álbum, sendo duas das minhas favoritas deste trabalho do AC/DC.
O personagem de “Wild Reputation” não tem tempo para perder e não vai deixar ninguém entrar no seu caminho, afastando-o do seu objetivo final. “(Oh, yeah) Gotta keep away / (Hey, yeah) I ain’t stoppin’ for nobody / (Oh, yeah) I’ve got a wild reputation / (Hey, yeah)”. Em “No Man’s Land”, os irmãos Young falam sobre a vida na estrada nos prende de forma a não ter retorno, depois de um tempo. “You know I sought and I found /
It’s hard to get out / I said, I fought and I found / There’s no comin’ back for me”.
“System Down” é a combustão antes da explosão, o momento em que sentimos todos os sentimentos emergindo de um único lugar até estourar e atingir quem quer que esteja por perto. “We got a chain reaction / It needs immediate action / This furnace is about to blast”. Angus Young contou à Rolling Stone que a faixa “Money Shot” não deveria ser intencionalmente pornográfica, mas foi inspirada nos fotógrafos que tiram fotos dos artistas e dizem que àquele clique “vale dinheiro”.
O ator final de “Power Up” fica nas mãos de “Code Red”, cor de maior destaque na capa desse compilado, e fala exatamente sobre esse sentimento de recordação dos velhos tempos e agora todos estão em “alerta”. “Weapons ready / Code red / Fire one, fire two / Code red”. A faixa foi escrita antes da gravação citada por Brian na previamente citada entrevista à Folha, mas não deixa de fazer um paralelo com a declaração: “Vamos para a batalha, isso é uma guerra. Se eu não puder fazer dessa forma, devo simplesmente parar”.
Mais do que nunca, a banda australiana AC/DC estão pronta para a guerra, demonstrando toda a sua energia nesse disco de estúdio, que marca o retorno de um dos grupos mais influentes do rock das últimas décadas, da maneira que os fãs já esperavam, provavelmente: com um estouro e na potência máxima! Agora só nos resta esperar essa pandemia acabar e torcer pela possibilidade de uma turnê mundial!
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