Resenha: “Sweetener” – Ariana Grande (2018)

Ariana Grande
Na última sexta-feira, 17 de agosto, Ariana Grande lançou seu quarto álbum de estúdio, “Sweetener”. Com grande expectativa colocada no trabalho, o disco rendeu opiniões diversas nas redes sociais, mas, no final, parece ter vencido o lado que gostou – seja na primeira ou na quinta ouvida.

“Sweetener” tem 15 faixas e segue o antecessor “Dangerous Woman” (2016), sucesso de público e crítica. Ele é produzido e co-escrito por Pharrell Williams e Max Martin em conjunto com Grande, dando um novo ar à música da cantora. Uma das curiosidades sobre o trabalho pode ser visto nos títulos das músicas, todos em letra minúscula, com a exceção da palavra “God”.

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A primeira canção é “raindrops (an angel cried)”, que funciona como uma introdução feita em acapella, mostrando o poder e emoção da voz de Ariana. São 38 segundos e 4 versos dizendo que “quando gotas de chuva caíram do céu // o dia que você me deixou, um anjo chorou”.

Logo em seguida, “blazed” é a parceria de Pharrell e Grande com uma pegada bem funk e com tons de R&B, que inclusive aparecem muito pelo disco. Ela não exige muito da voz da cantora, mas ainda sim mostra outras características marcantes como a doçura e suavidade. A terceira faixa é “the light is coming”, segunda colaboração de “Sweetener”, dessa vez com Nicki Minaj, e que já havia sido divulgada anteriormente. Ela tem a marca de Williams e também foge do costume de Ariana.

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“R.E.M” foi escolhida como favorita por Ariana Grande. É mais uma música que valoriza o R&B e soul, dando uma nova cara ao pop feito pela cantora. Caindo como uma luva na voz de Grande, ela aponta um futuro cheio de novas possibilidades para sua carreira.

A quinta faixa é “God is a woman”, último single divulgado antes do lançamento oficial de “Sweetener”. Com um videoclipe grandioso e uma das melhores canções do trabalho, ela é destaque com seu refrão de melodia e coro marcantes, além de uma mensagem de força e poder para as mulheres.

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A faixa-título, “sweetener”, é uma mistura de projetos passados de Pharrell e Ariana, talvez, por esse motivo, ela parece soar como algo que já foi ouvido antes. Um som que já existe, mas você não consegue lembrar muito bem o que, qual e onde. A alegre “successful” segue a mesma fórmula com repetições, falsetes, sintetizadores e batidas características. O tom animado segue em “everytime”, apesar de ser uma balada sobre o final de um relacionamento.

“breathin” é o maior acontecimento de “Sweetener”, já que, mesmo sem ser lançado como single, atingiu o topo das paradas norte-americanas e despontou como a queridinha dos fãs. A música é sobre ansiedade e tenta passar os sentimentos envolvidos em um ataque de pânico. A expansão e compressão de ritmos, além dos suspiros de Ariana Grande, passam a verdade da artista e atingem o objetivo principal.

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A próxima é também o primeiro single do novo trabalho: “no tears left to cry”, assim como “God is a woman”, foi uma ótima escolha para apresentar o projeto ao público. É divertida, pegajosa e bem produzida. E o clipe é único. Mais uma colaboração do disco chega em “borderline” com Missy Elliott, é também mais uma com a cara de Pharrell Williams. Ela entra no mesmo espectro do álbum que estão “successful” e “everytime”.

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“better off” diminui o ritmo de “Sweetener” pela primeira vez, mas ainda mantém uma vibe R&B. Aqui Ariana canta sobre estar “melhor sem ele” e como ser livre é um triunfo, se referindo a uma relação tóxica. Apesar das especulações sobre Mac Miller, ex-namorado da cantora, Grande já havia afirmado que a canção faz parte de exclusões dos álbuns anteriores.

A décima terceira faixa é “goodnight n go”, ela foi construída com mesmo título e a partir de samples da música de um dos artistas preferidos de Ariana, Imogen Heap. A penúltima canção é “pete davidson”, feita para o noivo dela e que funciona como um interlude. Com uma série de questionamentos sobre o título – que antes era só “pete” e depois ganhou o sobrenome do comediante -, a cantora afirmou que fez uma música sobre ele e que não tinha outro título a não ser o nome do próprio.

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“Sweetener” é encerrado por “get well soon”, uma canção otimista feita com a intenção de ser uma carta aos fãs, os incentivando nos momentos difíceis. Ela é também a homenagem às vítimas do atentado ocorrido em Manchester. A duração da faixa é de 5 minutos e 22 segundos, em alusão a data do ataque, 22 de maio de 2017. Para que o tempo fosse exatamente esse, foram adicionados 40 segundos de silêncio.

De todas as críticas especializadas divulgadas pelos maiores veículos, “Sweetener” é o álbum mais bem avaliado de Ariana Grande até o momento. Com algumas mudanças de estilo que agradaram mais a uns do que outros, o quarto disco de estúdio da cantora tem o poder de comover e alegrar. Com apenas uma balada, ele também te faz dançar e curtir um trabalho muito bem produzido.

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Mesmo após ao ataque terrorista ocorrido em Manchester em maio de 2017 – e com as devidas homenagens apresentadas -, “Sweetener” é doce, otimista e alegre pela maioria das vezes.

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Giovana Romania
Giovana Romania
Música é uma das minhas coisas favoritas do mundo. Formada em Jornalismo, amante da cultura pop e little monster sofrida.
De todas as críticas especializadas divulgadas pelos maiores veículos, “Sweetener” é o álbum mais bem avaliado de Ariana Grande até o momento. Com algumas mudanças de estilo que agradaram mais a uns do que outros, o quarto disco de estúdio da cantora tem o poder de comover e alegrar. Com apenas uma balada, ele também te faz dançar e curtir um trabalho muito bem produzido.Resenha: "Sweetener" - Ariana Grande (2018)