No dia 13 de junho, chegava aos ouvidos do público “Tem Conserto”, terceiro disco de estúdio de Clarice Falcão, com nove faixas inéditas. Inteiramente composto pela cantora, ele trata assuntos pessoais de maneira oscilante, ora divertida, ora séria e direto ao ponto.
Começamos toda a jornada com “Minha Cabeça”, onde de maneira bem delicada, Falcão fala sobre as confusões da própria mente. A faixa até conta com uns sons meio psicodélicos de fundo, mas tudo bem trabalhado de um jeito suave, onde somente a voz da cantora fique em evidência, funcionando como ecos.
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Os sintetizadores chegam com tudo em “Mal Pra Saúde”, que mais parece uma canção dos anos 80, uma viagem no tempo. Todo o entorno é arquitetado para que a faixa soe divertida, o que não seria possível se fosse entoada em outro ritmo, certamente tomando uma direção mais dramática.
O clima fica um tanto sério em “Morrer Tanto”, mas a técnica utilizada é quase a mesma: o áudio mais parece uma sessão isolada da voz de Clarice. É interessante e traz uma sensação de conforto, fácil de se ouvir.
O sentimento passado através das letras é totalmente sentido em “Esvaziou”, que como já pode se imaginar, fala sobre ter a impressão de que está vazio. Nesta, temos também um violino, que é uma adição e tanto para a faixa que, não se pode chamar de dramática, mas certamente uma das mais lentas do disco.
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Sair de “Esvaziou” e ir para “Horizontalmente” é quase que um susto, já que desde o primeiro segundo se ouve a voz de Falcão. Assim, sem nenhum instrumental como introdução, é cantado de maneira figurada (podendo também ser literal) sobre não sair da cama.
Sem papas na língua, é assim que chegamos em “Dia D” e podemos perceber que Clarice não tem medo de falar o que pensa. A faixa é divertida, livre e fala sobre seus desejos sexuais.
Ainda numa vibe “sintetizadora”, “CDJ” nada mais é que uma declaração para um DJ e mais uma vez abusa da facilidade que tem, como compositora, de usar seu jogo de palavras de maneira ambígua.
Entre dias de não querer levantar da cama e dias em que não se quer voltar para casa, “Só + 6”, trata a necessidade de se estar acompanhado e aproveitar a vida na noite, fora. Qualquer opção é um bom lugar e a única coisa que importa é se divertir.
E chegando ao fim, temos a faixa-título “Tem Conserto”, que novamente traz uma Clarice bem delicada e com um refrão quase falado, de tão devagar que se canta. Dar perdão, perdoar e se perdoar: a canção pode ser resumida desta maneira.
Ao se ouvir “Tem Conserto”, a sensação que fica é de que entramos em uma conversa cara a cara com Clarice, que sim, sempre foi sincera em todos os seus trabalhos, mas neste nos permite de alguma forma acessar o que pensa. É uma maneira interessante e corajosa de se abordar um álbum, e que funcionou de maneira certeira.
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