Resenha: The Wonder Years toca em São Paulo pela primeira vez

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11 anos separavam a criação da banda The Wonder Years até a sonhada vinda ao Brasil. Contudo, foi na noite do último sábado, 20 de agosto, que a banda colocou fim a longa espera e pisou pela primeira vez no Brasil para promover o disco mais recente, “No Closer To Heaven”, de 2015. O show aconteceu na histórica casa de shows Hangar 110, famosa por realizar shows da cena underground nacional, localizada no centro de São Paulo.

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A abertura ficou por conta do Dinamite Club (já contei sobre a carreira deles aqui), que, com 6 anos de história, é uma referência na cena pop-punk paulistana e que também já abriu a turnê brasileira completa do The Story So Far, em janeiro deste ano.

O Dinamite conhece bem aquele palco, e fez um show bastante descontraído e cheio de carisma. A maior parte das pessoas que já estavam por lá acompanharam ao show cantando as músicas ou balançando a cabeça e os pés. Porém, enquanto de um lado do Hangar a banda se apresentava, do outro, no bar, uma TV ligada no jogo do Brasil na final do futebol masculino das Olimpíadas prendia a atenção de um grande grupo de pessoas. Os meninos pareciam não se importar com aquilo, fizeram piadas sobre e até informaram o placar para quem assistia ao show. Até que, durante a penúltima música, o jogo, que já estava nos pênaltis, chegou ao fim e os gritos de comemoração da vitória do Brasil se misturaram com a música -o que foi a parte mais engraçada da noite.

Toda aquela energia e felicidade com o primeiro ouro do futebol masculino brasileiro em uma Olimpíada foram colocadas para fora em “Contra o Mundo”, que encerrou o set do Dinamite Club da melhor forma possível. Logo que eles deixaram o palco, músicas de outras bandas tomaram conta do ambiente, mas a ansiedade em ver os estadunidenses pela primeira vez era tanta que logo foi encoberta pelos fãs cantando as canções do The Wonder Years.

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Chegada a hora, as cortinas se abriram e lá estava o sexteto recebendo todos os gritos possíveis de uma galera jovem que esperou anos por eles. “I Don’t Like Who I Was Then” foi a primeira a ser tocada e apresentou a euforia dos fãs brasileiros aos caras. Todo mundo se espremeu o mais perto possível do palco e cantou fielmente cada letra de cada música, e foi assim até o fim.

Sem grades entre o público e o palco, não demorou até que a primeira pessoa subisse no palco para dar stage dive. O vocalista Soupy visivelmente não gostou disso. Pulou a segunda pessoa, a terceira…um membro da equipe se posicionou no canto do palco para impedir que as pessoas subissem, mas logo arrumaram outra forma disso acontecer. Até que Soupy se rendeu ao público, percebendo que o pessoal só queria mesmo se divertir e até ajudou alguns a subirem no palco.

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Se tem duas palavras que descrevem perfeitamente o show são: emoção e energia. O setlist varia pouco de turnê para turnê, e é curioso ver que mesmo assim Soupy ainda consegue expor tanta emoção na sua performance. Muitas músicas pareciam estar sendo cantadas pela primeira vez, julgando pela expressão do vocalista.

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Não eram só os fãs que estavam realizando o sonho de ver a banda, os caras também estavam. Depois de passar com a turnê em cinco países da América Latina (Costa Rica, Colômbia, Peru, Chile e Argentina), eles contaram que o país mais aguardado por eles era o Brasil, pela fama dos fãs. O vocalista até relembrou o que contou em entrevista a Nação da Música sobre ter o Brasil marcado como lugar que ele deseja ir em um mapa dado pela sua mãe (Aliás, ele finalmente já pode tirar o pino colorido fixado no Brasil e colocar um normal).

A energia dos fãs obviamente também foi comentada. As músicas passavam, mas ninguém parava de pular, cantar e gritar; um cenário de pura amizade, com direito a muitos abraços entre quem estava na platéia. Soupy falou que toda essa alegria tinha a ver com o ouro do Brasil, e contou que, horas antes, se sentiu dentro de um estádio de futebol com toda a gritaria comemorativa do jogo que vinha das janelas dos prédios vizinhos do hotel que estava hospedado.

Depois de deixar o palco por um instante enquanto os fãs imploravam por mais canções, The Wonder Years voltou e fechou a noite com “Came Out Swinging”. O show foi curto, marcado para começar às 21h, às 21h50 as cortinas já haviam de fechado novamente. No total, 13 músicas foram tocadas, e a casa de shows não estava cheia, mas a conhecida intensidade brasileira e a ótima apresentação da banda fizeram um show bonito de se ver e de se curtir.

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Setlist:

  1. I Don’t Like Who I Was Then
  2. Local Man Ruins Everything
  3. Cardinals
  4. Dismantling Summer
  5. Don’t Let Me Cave In
  6. Cigarettes & Saints
  7. A Song for Ernest Hemingway
  8. Melrose Diner
  9. Washington Square Park
  10. The Devil in My Bloodstream
  11. There, There
  12. Passing Through a Screen Door
  13. Came Out Swinging

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Bárbara Araujo
Bárbara Araujo
Bárbara Araujo: Carioca que tem São Paulo como casa desde 2009, estuda Jornalismo e escreve para a Nação da Música desde 2014. Passa mais tempo ouvindo música e assistindo a vídeos de shows do que qualquer outra coisa. Ainda compra CD, ama pop-punk, cachorros e é facilmente encontrada em shows.